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23 de abr. de 2010

Óleo de cozinha: Piauí espera limpar esgoto com usina

“Óleo de cozinha que virava lixo, agora vira solução”. A fala do presidente da Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), Merlong Solano, reflete a esperança depositada sobre a usina de biodiesel inaugurada nesta sexta-feira na Estação de Tratamento de Esgoto do Pirajá. A usina nasce para beneficiar uma demanda mensal de 5 mil litros, coletada através do Programa Água Pura.

A demanda inicial a ser aproveitada pela Agespisa na Usina de Biodiesel é de 90 mil litros de óleo de cozinha. “Coletamos 90 mil litros. Uma parte nós direcionamos a usinas de outros Estados e há um estoque a ser utilizado a partir de agora”, explica o presidente da Agespisa. Com uma demanda de 5 mil litros por mês a ser beneficiado a usina tem um viés tanto operacional quanto ambiental. “A experiência é retirar o óleo que prejudica o nosso sistema e o meio ambiente e com isso o governo completa o projeto de reciclagem do óleo de cozinha e material de limpeza”, pontua. Do óleo coletado não será produzido apenas biodiesel. “90% será transformado em biodiesel e 10% em glicerina que é matéria para a produção de material de limpeza”, ressalta Merlong Solano. A glicerina produzida será utilizada em uma parceria social a ser feita pela Agespisa com Organizações Não Governamentais (ONG´s). “Estamos fazendo parcerias para a produção de materiais de limpeza. A Agespisa cederá o material e fornecerá cursos cobrando apenas que as pessoas apresentem sua conta em dia com a Agespisa”, relata o presidente da empresa sobre o projeto com a glicerina.

Além dos consumidores, várias empresas estão recolhendo óleo para o projeto. Cada litro recolhido representa um desconto de R$ 0,30 na conta de água no final do mês. Para o governador Wellington Dias (PT) o projeto representa uma solução tanto para o meio ambiente quanto para o próprio sistema de esgotamento sanitário. “Nós estamos fazendo uma política ambientalmente correta. O que fazer com o óleo depois que você faz o pastel, as frituras, o óleo inservível? Normalmente se despeja na pia, no esgoto ou no rio, onde invariavelmente vai para a natureza”, destaca o governador.

O biodiesel produzido através da usina será utilizado nos carros da Agespisa. “Tem um viés ambiental, operacional porque melhora o sistema e social porque insere grupos interessados”, comentou Merlong Solano. “Imagina o estrago que 100 mil litros jogados na pia fazem nos rios Parnaíba e Poti”, disse o governador.

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Rio das Pedras (SP) instala pontos de coleta de óleo de cozinha pela cidade

Utilizado em frituras com frequência, o óleo de cozinha pode fazer mal não só ao organismo, mas principalmente ao meio ambiente. Para combater os malefícios da substância, José Reinaldo de Freitas e José Maria iniciaram o projeto ambiental que ficou conhecido como Rovu (Reciclagem de Óleo Vegetal Usado), na cidade de Rio das Pedras. O projeto, que englobava inicialmente só as escolas Ignez Brioschi Rubim e a creche Dona Otávia, será expandido para toda cidade, com recolhimento nos bairros que contam com escolas municipais.

O início da coleta acontece no próximo dia 27. Uma caminhonete contendo barris para o despejo do óleo passará nas casas com o intuito de reciclar o material recolhido pelas donas de casa dos bairros de Rio das Pedras. "Todo óleo coletado será reutilizado na fabricação de produtos como sabão, tinta, massa para colocação de vidros e biodiesel", comenta José Maria, conhecido popularmente na cidade como Zezinho da Caldeira.

O projeto também levará palestras às escolas, sobre a importância da reciclagem. Os idealizadores entendem que apenas o ato de reciclar pode acabar com a contaminação do solo. O descarte inadequado do óleo vegetal contamina os lençóis freáticos, nascentes e mananciais de rios e lagoas. "O refugo daquilo que usamos é um dos problemas mais graves enfrentados pela população mundial na atualidade. Eu acredito que a reciclagem tem ajudado e deve ser levada a sério", observa Zezinho.

Segundo Freitas, hoje as escolas possuem um reservatório com capacidade para 200 litros de óleo, que segue as normas da Cetesb, para que os alunos e funcionários possam depositar o óleo utilizado em casa ou na própria escola. Quando este reservatório estiver cheio, a direção da escola entra em contato com as empresas que trabalham com a reutilização do óleo para a retirada do produto.

Desde o inicio do projeto, o Rovu já recolheu dez toneladas de óleo vegetal.

Impacto do descarte irregular
- O óleo descartado de forma irregular causa uma série de problemas ao meio ambiente.

- Se jogado na privada, o óleo permanece retido no encanamento, causando entupimento das tubulações se não for separado por uma estação de tratamento e saneamento básico;

- Se a substância chegar aos rios e lagos, acaba se espalhando na superfície da água, causando danos à fauna aquática;

- Se o óleo for descartado diretamente no solo, acaba impermeabilizando a superfície, contribuindo com enchentes. Também pode entrar em decomposição, soltando gás metano;

- Segundo especialistas, o ideal é o recolhimento em local exclusivo, como acontece nos postos de gasolina, recolhidos por transportadores específicos.

FELIPE RODRIGUES

Editorial Gazeta de Piracicaba
Na região, a iniciativa privada de Piracicaba saiu na frente e implantou a coleta de óleo de fritura nas residências, empresas e demais estabelecimentos interessados e conscientes da importância da reciclagem para a natureza e o próprio homem. A iniciativa se expandiu. Agora, também por vontade de particulares, a cidade de Rio das Pedras terá coleta de óleo utilizado nas cozinhas.

As escolas do vizinho município aderiram ao programa e contarão com recipientes próprios para armazenar o óleo utilizado ou receber o produto trazido de casa pelos alunos. Além das escolas, o Rovu - Reciclagem de Óleo Vegetal Usado - irá ainda percorrer os bairros riopedrenses para fazer a coleta. O óleo de fritura tem inúmeras utilidades, pode ser usado na produção de biodiesel, serve para fazer sabão ou massa de vidro.

O que não pode é o óleo ser jogado nos ralos das pias, nos quintais, nos bueiros, pois contamina os lençóis freáticos, nascentes, rios e lagoas, prejudicam o encanamento hidráulico das casas e também o solo. Para que o cidadão de Rio das Pedras entenda a importância da reciclagem e os prejuízos causados pelo descarte inadequado de óleo de fritura, o Rovu irá realizar palestras nas escolas. A ideia, ao transmitir os conhecimentos aos estudantes, é que eles l

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16 de abr. de 2010

Novos projetos mostram como criar empregos em uma economia de baixo carbono

O número de empresas que começa a se preocupar em inventariar suas emissões e tomar medidas para reduzi-las é cada vez maior, mesmo na ausência de uma regulação compulsória das emissões de gases do efeito estufa no Brasil.

Os próximos anos prometem grandes mudanças em muitos estados brasileiros. Por exemplo, a lei de mudanças climáticas de São Paulo, que determina que até 2020 seja reduzida em 20% a emissão de gases do efeito estufa. Devem surgir também novas normas da ABNT para regular o mercado voluntário brasileiro e aprimoramento de políticas públicas.

Para Juarez Campos, sócio da consultoria Gestão Origami, a concepção de um mercado interno de carbono exige que o Brasil comece a criar uma cultura de inventário de emissões, o que já está acontecendo com a abertura da segunda fase de aplicação do padrão GHG Protocol nas empresas. A primeira fase envolveu 27 companhias brasileiras servindo como piloto para a metodologia que foi aprimorada para se encaixar no perfil nacional de emissões.

Para o desenvolvimento de projetos que envolvem energias renováveis e eficiência energética, o selo de qualidade Gold Standard começa a se estabelecer na América Latina. Já são 16 projetos em diversas fases de desenvolvimento sendo aplicados em setores como a melhoria da eficiência de fornos para cozinhar, pequenas centrais hidroelétricas, usinas eólicas e co-geração de energia.

Focando na reciclagem de refrigeradores, a empresa suíça Fox & Earth em sua fábrica em Cabreúva (SP) resolveu atacar diretamente o problema do descarte irresponsável dos aparelhos que guardam gases HFC e CFC.

A fábrica tem capacidade de tratar HFC e CFC, evitando o lançamento para a atmosfera destes gases com alto poder de aquecimento global e prejudicial à camada de ozônio. Além disso, a empresa ainda recicla o restante dos componentes dos refrigerados.

“A reciclagem de refrigeradores é uma forma muito eficiente de capturar gases do efeito estufa”, diz Philip Bohr, diretor da Fox & Earth.

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Empresas terão de estabelecer metas de reciclagem

O Estado de São Paulo acabou de dar mais um passo à frente na questão da disposição adequada de resíduos. Com a Resolução SMA 24, de 30 de março, produtos considerados geradores de resíduos de significativo impacto ambiental foram apontados para que suas embalagens sejam recolhidas e destinadas adequadamente pelas empresas responsáveis pela sua fabricação, distribuição e importação.

A resolução vem como resultado da Política Estadual de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.300, aprovada em 2006. Os fabricantes, distribuidores ou importadores dos produtos da lista publicada na resolução ficam obrigados a criar postos de entrega voluntária para os resíduos pós-consumo, orientar os consumidores quanto à necessidade de devolução dos resíduos pós-consumo, cumprir metas de recolhimento e declarar a quantidade de produtos listados produzidos, a quantidade de resíduos recolhidos e sua destinação no Sistema Declaratório Anual de Resíduos Sólidos.

O objetivo da resolução é ajudar a fechar o ciclo produtivo, assim reduzindo a emissão de resíduos, além de envolver as empresas e os próprios consumidores na destinação adequada desses resíduos. A lista de produtos foi definida pela Comissão Estadual de Resíduos Sólidos e poderá ser atualizada. Até o dia 31 de dezembro de 2010, a comissão, junto com os setores empresariais responsáveis, estabelecerá metas de recolhimento para os produtos. Aqueles que não cumprirem as metas poderão ser multados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb, em valores que ainda serão definidos.

Os produtos citados na resolução são:

* Filtros de óleo lubrificante automotivo;
* Embalagens de óleo lubrificante automotivo;
* Lâmpadas fluorescentes;
* Baterias automotivas;
* Pneus;
* Produtos eletroeletrônicos;
* Embalagens primárias, secundárias e terciárias de:

a) alimentos e bebidas;
b) produtos de higiene pessoal;
c) produtos de limpeza;
d) bens de consumo duráveis.

(Envolverde/Secretaria do Meio Ambiente )

Fonte: Silcon Ambiental - 15/04/2010

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15 de abr. de 2010

Brasil vai criar 10 milhões de hectares de unidades de conservação

Em reunião com os presidentes dos parlamentos da Noruega, Dag Tarje Andersen, e do Povo Sami, Egil Olli, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (12/4)que iniciativas como o Fundo Amazônia podem mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de assumir seus compromissos e reduzir o desmatamento da Floresta Amazônica.

Ela falou à comitiva norueguesa que o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) faz parte da estratégia brasileira para criar novas unidades de conservação (UC), e adiantou que serão criados 10 milhões de hectares de Ucs na Amazônia nos próximos 10 anos, na segunda fase do Arpa. Nos últimos sete anos, o Brasil foi responsável pela criação de 70% de todas as unidades de conservação criadas no mundo. Para a ministra, o Fundo Amazônia é a base para a implementação do Programa.

A Noruega foi o primeiro país a fazer doação para o Fundo Amazônia. No primeiro ano, foram doados US$ 140 milhões. O governo norueguês anunciou, no entanto, que suas doações podem totalizar US$ 1 bilhão até 2015, condicionadas à redução do desmatamento nos anos anteriores. A ministra disse que o governo brasileiro trabalha na capacitação social para que todos os grupos da região amazônica interessados possam enviar seus projetos e requerer recursos do Fundo.

Ela destacou a redução de 51% do desmatamento da Amazônia de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, comparado ao mesmo período anterior. "É uma queda sobre o menor índice da história", salientou Izabella, ao lembrar que entre agosto de 2008 e julho de 2009 o Brasil registrou a menor taxa de devastação dos últimos 21 anos (quando o monitoramento começou a ser feito), com 7 km² de floresta desmatada.

A ministra explicou ao presidente Andersen que a queda é resultado tanto das ações de repressão ao crime ambiental executadas pela Comissão Interministerial de Combate ao Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) - que conta com o Ibama, Polícia Federal e Força Nacional - quanto das alternativas sustentáveis para os municípios e povos da floresta. Dentre elas, as políticas para a sociobiodiversidade, como a que garante preço mínimo para produtos como o açaí, babaçu, borracha, carnaúba, castanha, pequi e piaçava.

Para este ano, Izabella adiantou que dez novos itens serão incluídos nesta lista. A garantia de preço mínimo para esses produtos proporciona renda para as comunidades tradicionais e amplia a proteção da floresta, uma vez que as árvores em pé garantem o sustento das populações locais.

A ministra também citou a operação Arco Verde, que leva alternativas de desenvolvimento sustentável para os 43 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2008.

Para ela, o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal vai permitir o desenvolvimento sustentável da região, tanto na área urbana quanto na rural.

Mudança climática

Izabella pediu ainda o apoio dos noruegueses à convenção do clima, que acontecerá em dezembro em Cancún. Segundo ela, o Brasil vai "trabalhar fortemente" pelo diálogo entre os países a fim de alcançar um bom resultado na conferência.

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Especialistas defendem mudanças para melhorar o MDL

Mudanças climáticas

Mesmo sem um acordo internacional forte para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) não está morto, porém precisa de muitas modificações para alcançar de todo o seu potencial

Por Fernanda B. Muller, do CarbonoBrasil

“Quioto pode estar aqui para ficar”, disse Andrew Howard gerente da Unidade de Desenvolvimento Estratégico do secretariado de mudanças do clima da ONU (UNFCCC, em inglês). “O Protocolo não expira em 2012, apenas as metas dos países. Portanto, o MDL só acabará quando assim for determinado pela ONU”, explicou Howard.

As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) geradas por projetos de MDL são aceitas e utilizadas em diversos esquemas, como, por exemplo, no mercado europeu que já tem metas bem determinadas até 2020. O futuro esquema norte-americano também deve utilizá-las.

Para Howard, o MDL pode ser um “fornecedor global de compensações (de emissão)”, mesmo se não houver um segundo período de compromissos sob o Protocolo de Quioto.

Mudanças

Entretanto, para que MDL continue sendo um mecanismo importante na redução de emissões precisa sofrer modificações significativas.

Felipe Bottin, da empresa brasileira Green Domus, explica que a oferta de RCEs no mercado é crescente, porém a taxas cada vez menores. Os volumes de redução de emissões também diminuíram, mas segundo ele isto se explica pelo fato de agora estarem sendo aceitos projetos menores.

O que falta para o mercado se desenvolver melhor, de acordo com Bottin, é confiança da parte do investidor, especialmente no período pós 2012, além de regras mais claras e simplificadas.

Ricardo Esparta, co-fundador do grupo Ecopart e membro do painel de acreditação do MDL, confessa que mesmo após quase dez anos da criação do conceito de adicionalidade ainda é difícil de entendê-lo.

“A adicionalidade é o que o comitê executivo (do MDL) quer que seja. Infelizmente hoje pendeu para a adicionalidade financeira”, disse. Clamando por maior comunicação entre os atores do MDL, Esparta falou que apenas sendo membro do painel é possível opinar e finalmente questionar como as coisas serão implantadas.

“É preciso torná-lo algo que seja aplicado no mundo real”, comentou em relação ao MDL.

No ponto de vista do comprador, o gerente geral da Green Initiative Carbon Assets (GICA) Guglielmo Cioni cita que o grande problema são os baixos volumes sendo que a previsão inicial do MDL era a geração de 1,7 bilhões de RCEs e atualmente as estimativas giram em torno de um bilhão.

“Algo está errado, o mercado deveria ser maior”, critica Cioni que cita o exemplo do mecanismo de Implementação Conjunta onde contratos bilaterais são fechados. Por exemplo, a Ucrânia pode gerar os projetos e após a validação e verificação as Emissions Reductions Units (ERUS) são expedidas sem ter que passar por um longo processo como no MDL. Ele defende que o Brasil já está também estruturado e questiona por que o país não pode seguir o mesmo caminho.

América Latina

Além dos problemas enfrentados pelo MDL, os países da América Latina encaram outro obstáculo. Eles foram pioneiros no contexto do mecanismo, porém não é segredo que nos últimos anos estes países tem ficado para trás em comparação com China e Índia, fornecedores de grandes volumes de RCEs.

Para reverter esta tendência existem algumas opções, que para Luz Abusaid, do BNP Paribas, envolve o MDL Programático. Esta abordagem pode reunir diversos pequenos projetos, que sozinhos não seriam viáveis economicamente, e criar projetos com volumes mais significativos de RCEs que poderiam concorrer com os gigantes asiáticos.

Além disso, Luz comentou que presenciou em Copenhague uma grande desunião dos latino-americanos e que estas divisões políticas debilitam muito estes países face ao mercado de carbono. “É necessária uma posição unificadas para que a região se fortaleça”, insiste.

Fonte: Carbono Brasil

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13 de abr. de 2010

Incentivo econômico para municípios que ecologizam o uso e ocupação do solo

A concessão de incentivos econômicos por leis como as do ICMS ecológico, adotadas em alguns estados brasileiros, mostrou bons resultados ao motivarem os municípios a priorizar temas como criação e manutenção de unidades de conservação, investimentos em saneamento, investimentos em proteção ao patrimônio cultural. Prejuízos causados por deslizamentos de encostas e inundações urbanas podem ser prevenidos caso se estendam tais incentivos a municípios que exerçam sua responsabilidade ambiental, com efetivo controle ambiental do uso do solo integrado com a gestão das águas. Incentivar economicamente as ações de proteção de áreas não edificáveis, de recomposição ambiental e contenção da ocupação de encostas e de áreas de risco, de macro e micro drenagem, sistemas de alerta catalisaria a articulação e coordenação de ações, para dar respostas social e ecologicamente adequadas a essa questão.

Os Estados e o governo federal podem auxiliar efetivamente os municípios a atuarem preventivamente, por meio de incentivos econômicos. Podem criar motivações para que seja priorizada a ecologização do uso e ocupação do solo, o que significa aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas, e especialmente da ecologia urbana, às decisões sobre o uso e ocupação do solo.

Ao invés de se distribuir aos municípios verbas para atuarem em emergências, depois que os desastres já ocorreram, um sistema como o do ICMS ecológico premiaria os municípios que atuassem preventivamente. A ação preventiva é freqüentemente mais eficaz e mais econômica do que a ação corretiva, depois que ocorreram desastres.

Pela Constituição Brasileira os municípios são os entes responsáveis pelo uso e ocupação do solo, em suas áreas urbanas e rurais. Em sua maioria os municípios não exercem essa atribuição legal. Quando ocorre uma calamidade, buscam a defesa civil para socorrer as vítimas, recorrem à ajuda de outras esferas de governo e à solidariedade social. Um comportamento comum dos municípios é recorrer aos cofres federais ou estaduais quando sua população assentada em áreas frágeis é atingida por uma enchente ou deslizamento de encosta. Então, o governo federal e os estaduais atuam corretivamente ao dar socorro financeiro a municípios nesses momentos de desastres.

Criar e oferecer incentivos econômicos para os municípios que demonstrem agir de forma responsável com o uso e ocupação do solo pode ser uma forma eficaz de motivá-los.

Em contextos de escassez de recursos financeiros, a disposição a receber é mais alta do que a disposição a pagar. Com os incentivos financeiros, aqueles que protegem, recebem; já aqueles que permanecem dando um uso inadequado ao solo, perdem dinheiro para os que os usam de forma responsável. As municipalidades que não investirem em uso e ocupação do solo responsável não receberão o recurso.

A adoção desse sistema depende da existência de governos comprometidos em reduzir desigualdades entre áreas pobres e ricas; conscientes da necessidade de ecologizar das políticas públicas e do uso e ocupação do solo. É essencial a existência de um conselho de política ambiental ativo, que operacionalize o incentivo econômico.

O incentivo promove a competição entre municípios e valoriza o exemplo daqueles que alcançam resultados. Para usufruírem dos benefícios do ICMS, os municípios precisam fazer o dever de casa, agir tecnicamente, abandonar expectativas de conseguir recursos sem realizar previamente seu trabalho. Precisam dispor de pessoal técnico qualificado para elaborar projetos e para implementá-los. É importante a existência de pessoas motivadas nas instituições públicas, capazes de formular e implementar a engenharia técnica da lei e de seus regulamentos.

A ação de incentivo pode ser combinada com a penalização dos gestores nos diferentes níveis de governo que não demonstram responsabilidade ambiental, ao gerenciar de forma inadequada o uso e ocupação do solo.

Os prefeitos municip

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8 de abr. de 2010

Pesquisa identifica árvores mais adequadas para arborização de pastagens na Amazônia

Depois de três anos de trabalho, pesquisadores da Embrapa Acre e da Embrapa Rondônia, unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, identificaram espécies nativas da Amazônia com maior potencial para arborização de pastagens. A pesquisa encontra-se agora na fase de sistematização de resultados. Foram utilizados como parâmetro 14 fatores de classificação, como arquitetura de copa e produção de frutos comestíveis, que permitiram o ranqueamento das melhores árvores. Especialmente em regiões quentes, como no Norte do Brasil, pesquisas mostram que o gado criado em pastagens sombreadas vive melhor, ganha peso mais rápido e produz mais leite.

A pesquisa teve início em 2007, quando foram feitas as primeiras atividades em campo. Os pesquisadores visitaram propriedades em que árvores nativas conviviam com as pastagens para coletar informações e o material botânico que permitiu a identificação precisa de cada espécie.

Um dos aspectos levados em consideração foi a arquitetura da copa. Zootecnista e pesquisadora da Embrapa Rondônia, Ana Karina Dias Salman explica que, uma boa planta para arborizar pastagens deve ao mesmo tempo oferecer sombra aos animais e permitir passagem de luz suficiente para que a gramínea não morra

Outro aspecto importante a ser observado é a disposição das raízes. Como os animais costumam deixar sob as árvores, é importante que as raízes não sejam superficiais e expostas, o que causaria desconforto. A presença de frutos comestíveis é um ponto positivo, mas é preciso evitar as árvores com folhas ou frutos tóxicos aos animais. Tolerância a ataque de insetos e rápido crescimento também foram avaliados.

Todas essas características foram sistematizadas e as espécies ganharam uma nota de 1 a 5 por indicador. Os indicadores são utilizados para compor o Índice de Seleção Arbórea (ISA), que indica se uma planta, no final das contas, é boa ou não para arborização de pastagens.

O trabalho classificou ao todo 37 árvores. A que se mostrou mais adequada para arborização é conhecida popularmente no Acre como bordão-de-velho e em Rondônia como baginha. Entre os cientistas ela é conhecida como Samanea tubulosa, uma planta leguminosa que, além de proporcionar sombra na medida adequada, produz um fruto doce bastante apreciado pelo gado.

Serviços ambientais

Além de oferecer sombra para o gado, as árvores prestam serviços ambientais à propriedade. As raízes ajudam a reter água no solo e evitam erosão. Algumas espécies, especialmente as leguminosas, possuem a capaciade de fixar no solo, em associação com microrganismos, o nitrogênio atmosférico, cuja deficiência representa um dos principais fatores de degradação de pastagens cultivadas em regiões tropicais. Em outras palavras, além do gado, a gramínea forrageira também se beneficia com a presença das árvores.

O ranking das 37 melhores árvores nativas para arborização de pastagens deve dar origem a um guia de campo. “A ideia é que ele seja uma referência para o produtor, de modo que ele possa escolher as árvores mais adequadas para manter na pastagem”, explica a pesquisadora Ana Karina. Assim que finalizados, os resultados de pesquisa serão publicados pela Embrapa e disponibilizados à população.

Bordão-de-velho apresentou as melhores características para arborização de pastagens.
Embrapa Rondônia
www.cpafro.embrapa.br
Porto Velho (RO): BR 364 (sentido Cuiabá) – km 5,5

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6 de abr. de 2010

Óleo de cozinha: Piauí espera limpar esgoto com usina

solução”. A fala do presidente da Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), Merlong Solano, reflete a esperança depositada sobre a usina de biodiesel inaugurada nesta sexta-feira na Estação de Tratamento de Esgoto do Pirajá. A usina nasce para beneficiar uma demanda mensal de 5 mil litros, coletada através do Programa Água Pura.

A demanda inicial a ser aproveitada pela Agespisa na Usina de Biodiesel é de 90 mil litros de óleo de cozinha. “Coletamos 90 mil litros. Uma parte nós direcionamos a usinas de outros Estados e há um estoque a ser utilizado a partir de agora”, explica o presidente da Agespisa. Com uma demanda de 5 mil litros por mês a ser beneficiado a usina tem um viés tanto operacional quanto ambiental. “A experiência é retirar o óleo que prejudica o nosso sistema e o meio ambiente e com isso o governo completa o projeto de reciclagem do óleo de cozinha e material de limpeza”, pontua. Do óleo coletado não será produzido apenas biodiesel. “90% será transformado em biodiesel e 10% em glicerina que é matéria para a produção de material de limpeza”, ressalta Merlong Solano. A glicerina produzida será utilizada em uma parceria social a ser feita pela Agespisa com Organizações Não Governamentais (ONG´s). “Estamos fazendo parcerias para a produção de materiais de limpeza. A Agespisa cederá o material e fornecerá cursos cobrando apenas que as pessoas apresentem sua conta em dia com a Agespisa”, relata o presidente da empresa sobre o projeto com a glicerina.

Além dos consumidores, várias empresas estão recolhendo óleo para o projeto. Cada litro recolhido representa um desconto de R$ 0,30 na conta de água no final do mês. Para o governador Wellington Dias (PT) o projeto representa uma solução tanto para o meio ambiente quanto para o próprio sistema de esgotamento sanitário. “Nós estamos fazendo uma política ambientalmente correta. O que fazer com o óleo depois que você faz o pastel, as frituras, o óleo inservível? Normalmente se despeja na pia, no esgoto ou no rio, onde invariavelmente vai para a natureza”, destaca o governador.

O biodiesel produzido através da usina será utilizado nos carros da Agespisa. “Tem um viés ambiental, operacional porque melhora o sistema e social porque insere grupos interessados”, comentou Merlong Solano. “Imagina o estrago que 100 mil litros jogados na pia fazem nos rios Parnaíba e Poti”, disse o governador.

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As mil e uma utilidades de um líquido negro que vale ouro

Todo final de dezembro, muitas casas estão recheadas de brinquedos embaixo de uma árvore de natal, de garrafas de refrigerantes nas geladeiras e de velas entre os arranjos de frutas sobre a mesa. Ao consumir esses produtos, pouca gente imagina que a parafina da vela e o plástico das garrafas e dos brinquedos se originam do ouro negro extraído da terra e de águas profundas: o petróleo. Além de literalmente mover a economia, baseada em grande parte pelo transporte rodoviário de mercadorias, através de seus derivados combustíveis, o petróleo é a fonte inicial de matéria-prima para toda uma cadeia produtiva que envolve indústrias dos mais diversos setores.

O petróleo é um recurso mineral formado por uma grande mistura de compostos. A partir do seu refino, são extraídos diversos produtos, como gasolina, diesel, querosene, gás de cozinha, óleo combustível e lubrificante, parafina e compostos químicos que são matérias-primas para as indústrias de tintas, ceras, vernizes, resinas, extração de óleos e gorduras vegetais, pneus, borrachas, fósforos, chicletes, filmes fotográficos e fertilizantes.

Será então que a alta do barril do petróleo - matéria-prima inicial para tantos produtos finais de consumo -, no mercado internacional, afetaria os preços de toda a sua cadeia de derivados? "Afeta, obviamente, mas a intensidade e a velocidade dependem de muitas coisas", diz o economista Juarez Rizzieri, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe-USP). Rizzieri, que é coordenador-adjunto da equipe que mede o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), comenta: "O efeito maior e direto é sempre no combustível, mas mesmo assim, a Petrobras e o governo sempre estudam antes de repassar aumentos externos ou de câmbio". E em relação aos produtos gerados a partir do petróleo, ele avalia: "Quanto menor for o monopólio da Petrobras, menos pressão de custo para a indústria e para a cadeia direta dos derivados".

A primeira etapa do refino do petróleo, que envolve quatro fases, produz através da destilação por pressão atmosférica, além dos combustíveis, a matéria-prima básica para toda a cadeia de produção das resinas plásticas: a nafta. A Petrobras é a fornecedora exclusiva de nafta no Brasil, atendendo à demanda com a produção de suas refinarias e com importações. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o país produziu, de janeiro a setembro de 2002, 42,5 milhões de barris do produto e importou outros 12,6 milhões. A Petrobras fornece a nafta para três centrais de matérias-primas da indústria petroquímica: a Petroquímica União, de São Paulo, a Copesul, do Rio Grande do Sul, e a Braskem (antiga Copene), da Bahia. Essas centrais decompõem a nafta, produzindo para a segunda geração das indústrias do setor os petroquímicos básicos, como eteno, propeno, benzeno e tolueno, e os petroquímicos intermediários, como o cicloexano e o sulfato de amônia.
Nafta, produto incolor extraído do petróleo e matéria-prima básica para a produção de plástico.

"Na primeira etapa da decomposição, a nafta vai para fornos de alta temperatura, onde é quebrada" explica Jenner Bezerra, engenheiro químico da Braskem. "Depois, os gases que saem dos fornos são levados para uma área de compressão; por fim, é feita a separação dos compostos em baixa temperatura, por colunas de destilação ou fracionamento", continua. Um dos produtos dessa fase do processo petroquímico, o eteno - nome comercial do etileno (C2H4) - é matéria-prima para a produção de polímeros como o polietileno tereftalado (PET) e o policloreto de vinila (PVC), que por sua vez são fornecidos para as indústrias transformadoras de plástico, para as mais diversas aplicações. "Através de reatores de polimerização, as moléculas de eteno reagem, se juntam e formam as cadeias de polímeros", completa Bezerra.

A Braskem, que produz 4,25 milhões de toneladas de petroquímicos por ano e tem faturamento anual acima de R$ 7 bilhões, é a maior petroquímica da América Latina e uma das

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