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21 de dez. de 2011

Clima - para onde vamos só com boas intenções

O universo todo a apenas um clique (Revista DAE)

O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia, do Observatório Nacional, desenvolveu o Portal Científico, com dados dos principais projetos do setor. O portal possibilita que pesquisadores de astronomia de todo o mundo compartilhem informações e estudos. leia mais

Clima - para onde vamos só com boas intenções (Revista DAE)

O mundo das palavras é sempre muito fértil, costuma permitir interpretações diferentes para o mesmo objeto descrito - às vezes, até contraditórias entre elas. leia mais

 

"O Código Florestal promove uma festa de incentivos econômico-financeiros:Pagamento por serviços ambientais, novas linhas de crédito agrícola, programas de conversão de multas, isenção de impostos para insumos e  equipamentos e anistia das multas ambientais." Por Edélcio Vigna, assessor. LEIA MAIS

 

Estudo avalia Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (ENVOLVERDE)

Comissão Europeia divulga uma análise dos méritos e imperfeições do MDL e sug ere reformas que garantam uma maior padronização e qualidade dos créditos, o que pode significar a exclusão dos projetos hidroelétricos. Leia mais

 

Corrida por biocombustíveis traz prejuízos sociais (ENVOLVERDE)

Estudo da Coalizão para a Terra indica que de todas as grandes aquisições de áreas ocorridas de 2000 a 2010, apenas 25% tiveram relação com a produção de alimentos, sendo a geração de biocombustíveis responsável por mais de 40%. Leia mais

 

Carta ressalta incoerências do novo Código Florestal (ENVOLVERDE)

O Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, uma coalizão de ONGs socioambientais, distribuiu uma carta aberta a parlamentares analisando em profundidade o texto da proposta de reforma do Código Florestal. Leia mais

DESCARTE INADEQUADO DE PNEUS VELHOS CAUSA PROBLEMA AMBIENTAL

As Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), n° 258/99 e 416/09, que obrigam fabricantes e importadores a dar destinação adequada para pneus inservíveis, não surtiram o efeito desejado. De 2002 ao primeiro quadrimestre de 2011, as empresas brasileiras deixaram de dar destinação adequada a cerca de 425 de milhões de pneus que não servem mais para rodar em automóveis, ônibus e caminhões, o que corresponde a 2,1 milhões de toneladas desse artefato. Nesse período, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas estabelecidas; fabricantes, 47,3%; e importadores de pneus usados, 12,92%.


É o que mostra uma pesquisa feita pelo engenheiro mecânico Carlos Lagarinhos, em sua tese de doutorado Reciclagem de Pneus: Análise do Impacto da Legislação Ambiental Através da Logística Reversa, defendida em outubro no Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Escola Politécnica (Poli) da USP. O estudo comparou as políticas de reciclagem de pneus da Europa e do Brasil e avaliou o sistema de logística reversa, implementado pela associação que representa os fabricantes do País, e desenvolveu um modelo de logística reversa para a reciclagem.

Durante seu trabalho, Lagarinhos constatou que o alto custo da coleta e do transporte de pneus descartados é a principal dificuldade para a solução definitiva para a destinação correta desse material. Tampouco existe um trabalho conjunto entre os fabricantes e importadores de pneus do Brasil para o desenvolvimento de um modelo de logística reversa que reduza os custos, aumente a oferta de pneus servíveis (que podem rodar) para as empresas de reforma, por meio da seleção e triagem nos pontos de coleta. E não existem ações que visem aumentar a oferta de pneus inservíveis para atender a capacidade das empresas de pré-tratamento, coprocessamento, pirólise e queima em caldeiras.


E o consumidor?


Os consumidores também não fazem a sua parte para diminuir o problema. Segundo o engenheiro, hoje, ao fazerem a troca de pneus nas lojas e revendas, 36% dos consumidores levam os usados para casa, achando que ainda existe algum valor neles. “Os fabricantes, importadores, revendas e distribuidores não divulgam programas de coleta e destinação dos pneus inservíveis para incentivar o descarte após a troca, pela população”, diz o pesquisador. A título de exemplo, para os 6,6 milhões de veículos licenciados no município de São Paulo, há na cidade apenas quatro pontos de coleta em convênio com a prefeitura, o que dificulta a coleta sistemática dos pneus inservíveis.


Para piorar, o descarte de pneus não é uma tarefa fácil. A maior parte acaba amontoada em grandes depósitos a céu aberto, que funcionam como verdadeiros criadouros de mosquitos transmissores de dengue, febre amarela e malária. “A disposição em aterros é inviável, porque são difíceis de comprimir, não sofrem biodegradação e formam um resíduo volumoso, que ocupa muito espaço”, explica o pesquisador. “Como se não bastasse, os pneus podem reter ar e gases em seu interior, fazendo com que tendam a subir para a superfície do aterro, rompendo a camada de cobertura. Com isso, os resíduos ficam expostos atraindo insetos, roedores e pássaros e permitindo que os gases escapem para a atmosfera.”

Diante desse quadro, Lagarinhos acredita que o aproveitamento dos pneus usados como componente para asfalto seria uma forma de reduzir a quantidade deles nos depósitos a céu aberto e aterros sanitários. Ele propõe que os governos, em todos os níveis, dêem incentivos para a utilização do asfalto-borracha na pavimentação de ruas e estradas. “A utilização do asfalto-borracha ainda é incipiente no País”, lamenta. De 2001 a 2010 foram pavimentados 4.900 km de rodovias no Brasil, com aproveitamento insignificante dos pneus descartados.


Outra medida seria o endurecimento da lei em relação à reciclagem de pneus. A Resolução do CONAMA nº 258/99, que, no ano de 2005, obrigava fabricantes e importadores a reciclar cinco pneus inservíveis para cada quatro pneus fabricados, foi substituída pela Resolução nº 416/09, segundo a qual os fabricantes e importadores só precisam reciclar os pneus vendidos no mercado de reposição. Ou seja, boa parte do passivo de pneus fabricados no País, continua sem destinação adequada.

“Apesar de não atingir as metas estabelecidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), houve um avanço, uma vez que as metas eram muito difíceis de serem alcançadas”, pondera o pesquisador. “Criou-se, a partir da Resolução CONAMA n° 258/99, um sistema de logística reversa que não havia anteriormente”, acrescenta.


Antes da aprovação da Resolução CONAMA n° 258/99, somente 10% dos pneus inservíveis eram reciclados. Em 2010, foram montados 469 pontos de coleta pelos fabricantes. Atualmente são 1.884 pontos de coleta montados pelos fabricantes e importadores de pneus, sendo que 73,04% estão instalados em municípios com população acima de 100 mil habitantes. A quantidade de pontos de coleta representa 47,1% das revendas e distribuidores de pneus no Brasil. Em 2010, existiam 124 empresas cadastradas no IBAMA para as atividades de reciclagem e valorização energética de pneus inservíveis. (Fonte: IA)

19 de dez. de 2011

RIO TERÁ PRIMEIRA "BOLSA VERDE" DO PAÍS

O Rio de Janeiro terá a primeira "Bolsa verde" do Brasil. O projeto inédito pretende desenvolver um mercado de ativos ambientais para promover a economia verde fluminense. Será o primeiro mercado de carbono do país, mas o leque de commodities negociadas será mais amplo: terá efluentes industriais, reposição florestal e até lixo. A previsão é que comece a operar em abril de 2012, às vésperas da Rio+20, a conferência sobre desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

O primeiro passo nessa direção é o acordo de cooperação que será firmado amanhã entre a Secretaria de Estado do Ambiente, a Fazenda municipal e uma associação civil sem fins lucrativos, a BVRio. "A Bolsa é um ambiente de negociação, onde quem precisa de determinados ativos compra de quem tem", explica Suzana Kahn, subsecretária de Economia Verde da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Rio. Entre esses ativos, o carbono é o mais importante.

O mercado mais forte de créditos de carbono no mundo é o europeu. Movimentou mais de € 100 bilhões em 2010. A base é o estabelecimento de um teto de emissões de gases-estufa (conhecido em inglês por "cap") e a comercialização de licenças para emitir ("trade"). Algumas vezes tais licenças são doadas pelos governos às empresas; outras, são vendidas.

A empresa que emite mais do que seu teto tem débito e compra créditos da outra, que emitiu menos - sistema de compensação e comércio conhecido por "cap & trade". "Queremos estimular a melhor eficiência e incentivar quem consegue reduzir emissões a custo menor", diz Suzana. No futuro, a Bolsa deverá abranger também energia renovável e biomassa.

O mesmo raciocínio se aplica aos efluentes industriais na Baía da Guanabara ou para créditos de logística reversa e reciclagem. No último caso, a lei determina que os produtos ou suas embalagens voltem às indústrias depois do consumo. A lógica aqui é permitir que empresas ou cooperativas que realizarem atividades de logística reversa vendam seus créditos a quem precise. "O crédito atesta que alguém reciclou uma tonelada de aço", ilustra Pedro Moura Costa, presidente-executivo da BVRio.

"Uma empresa precisa reciclar aço, mas pode comprar os créditos de alguém que fez o trabalho para ela", explica Moura Costa. "Você delega o que tem que fazer a empresas especializadas, que podem realizar o trabalho a um custo menor do que você faria e de um modo melhor."

A BVRio é uma associação civil sem fins lucrativos, que quer desenvolver os tais ativos ambientais. Os associados da BVRio são representantes de empresas, tanto de indústrias como de outros setores (inclusive bancos) ONGs e cientistas ou pessoas envolvidas com finanças ambientais. Terá câmaras temáticas para discutir como esse espaço de negociação "pode nos ajudar a migrar para a economia verde", diz Suzana.

Outro setor de transação na Bolsa verde será voltado aos proprietários rurais que tiverem uma área de florestas maior do que a exigida por lei (a chamada reserva legal). Eles poderão vender seus certificados para outros proprietários, que precisarem recuperar áreas. É um esquema similar aos créditos de reposição de retirada de vegetação. Nesse tópico, quem usa madeira retirada de florestas nativas tem obrigação de repor o que tirou. Empresas que fizerem plantio de modo voluntário poderão vender créditos às que têm a obrigação de repor a mata.

"O governo tem que criar a demanda para cada uma dessas commodities", explica Moura Costa. "Estamos trabalhando para que o Estado tenha metas de redução", diz Suzana, referindo-se aos gases-estufa. Ela adianta que há contatos com siderúrgicas, empresas de petróleo e gás, cimento, para identificar o custo de cortar emissões. "Ao mesmo tempo, queremos criar um mecanismo de mercado para que possam cumprir suas metas", explica a subsecretária. "De um lado estaremos apertando, mas de outro, criando condições para que a economia verde deslanche."

Se o objetivo imediato da Bolsa fluminense é estimular a economia verde no Estado, a iniciativa pode ter estímulos indiretos. Um deles, por exemplo, é atrair para o Rio um setor de prestação de serviços ambientais que, em Londres, já representa 9.000 empresas, em prega 160 mil pessoas e tem faturamento anual de 23 bilhões de libras esterlinas, diz Moura Costa.

Ele foi o fundador de uma das maiores empresas do mercado de carbono do mundo, a Ecosecurities, adquirida em 2009 pelo J.P.Morgan. "Quero agora fazer algo semelhante no Brasil", diz. Engenheiro agrônomo com especialização florestal, Moura Costa acredita que a Bolsa verde pode aumentar a qualidade das metas ambientais que já existem, "que serão implementadas de modo melhor e por um custo menor".

"É muito difícil estimar o volume de operação dessa Bolsa", registra Eduarda La Rocque, secretária municipal da Fazenda do Rio. As conversas entre o governo estadual e o municipal se iniciaram há três meses, conta ela. "Queremos trazer o mercado financeiro mais para perto da economia verde", diz ela. "Essa iniciativa carrega junto todo um entorno de serviços, que envolve advogados, corretoras e uma Bolsa de valores."

Há muitos anos, o mercado de ações do Rio foi transferido para São Paulo. "Vamos ter que conseguir uma Bolsa parceira no projeto, que pode ser a de São Paulo, desde que toda a 'inteligência' da Bolsa verde esteja aqui", diz Eduarda. "Bolsa hoje é virtual. Em tese, as transações podem ser feitas independentemente de onde se esteja."

Há várias iniciativas similares à do Rio em estudo no Brasil. O governo federal há anos estuda o desenvolvimento de um mercado nacional de créditos de carbono. "Isso não é simples. Estamos, agora, estudando todas as regras", antecipa Suzana. Segundo ela, a recente conferência internacional sobre mudança climática da ONU em Durban, na África do Sul, foi positiva (mesmo que os avanços tenham sido tênues) nesse sentido.

"Durban apontou com clareza que há uma tendência irreversível para a economia de baixo carbono", diz. "Isso cria, no mercado, uma expectativa positiva. Ninguém vai querer investir em uma tecnologia que será obsoleta em 10 ou 15 anos."

Fonte: Daniela Chiaretti e publicada pelo jornal Valor, 19-12-2011.

13 de dez. de 2011

ÍNDICE DE CIDADES VERDES TRAÇA PERFIL DAS CIDADES MAIS SUSTENTÁVEIS DA AMÉRICA LATINA

O índice avaliou o desempenho ambiental das 17 maiores cidades latino-americanas

Problemas ambientais, como o desmatamento e a poluição de grandes rios e mares, ainda nos chocam pela constância e intensidade que acontecem em todo o mundo. Porém, existem também outras questões, ainda mais próximas da realidade da maioria da população global, que precisam de soluções inteligente e rápidas. Esta avaliação é do  Índice de Cidades Verdes (GCI, na sigla em inglês) produzido pela Economist Intelligence Unit, com o patrocínio da Siemens. 

O documento alerta e classifica a situação das cidades, avaliando questões ambientais urbanas que afetam de maneira imediata os cidadãos. Em 2009, o estudo apresentou dados das cidades europeias e, em novembro de 2010, divulgou o resultado do desempenho ambiental de 17 maiores cidades latino-americanas.

De acordo com a Divisão Populacional das Nações Unidas, a América Latina é a região mais urbanizada no mundo em desenvolvimento, inclusive mais do que diversos países já desenvolvidos. E o percentual da população que vive em cidades latino-americanas deverá crescer ainda mais. Até 2030, deverá chegar a 86%, acompanhando a Europa Ocidental.

O índice identificou as principais práticas de toda a região, fazendo uma descrição detalhada das iniciativas de cada uma delas. Traçou assim um perfil, baseado em oito categorias:

·  Energia e CO2,

·  Uso do solo e prédios,

·  Transporte,

·  Resíduos,

·  Água,

·  Saneamento básico,

·  Qualidade do ar

·  Governança ambiental

O estudo também identificou que, no futuro, os desafios ambientais das áreas urbanas latino-americanas serão ainda maiores. A infraestrutura ficará sob pressão por conta do crescimento da população e da área, especialmente em cidades de médio porte, e também por conta dos efeitos meteorológicos, provocados pelas mudanças climáticas, como enchentes, secas e tempestades. Além disso, o crescimento das cidades fora da estrutura formal de planejamento também continuará.

Para Nicholas You, presidente do Comitê de Coordenação da Campanha Urbana Mundial da ONU-Habitat, diversos obstáculos impedem as cidades de tratar de maneira abrangente os desafios ambientais, como políticas de curto prazo versus as de longo prazo, descentralização e falta de delegação de poderes às autoridades locais, além da sobreposição de jurisdições. Porém, ele acredita que o maior desafio está em conscientizar as populações de que todos são responsáveis por uma fatia do problema.

Para You, as melhores práticas devem ser implementadas na elaboração de políticas ao mais alto nível, deixando de ser iniciativas isoladas. Além disso, ele defende que é preciso levar o planejamento a sério. “Eu não estou dizendo planejamento ‘setorial’, em que cada setor planeja independentemente. Precisamos olhar para as cidades ou para a região metropolitana como um todo”, conclui.

Principais resultados das cidades latino-americanas

A capital do Paraná, Curitiba, foi considerada a metrópole mais verde entre outras 17 da América Latina. Habitada por 1,7 milhão de pessoas, Curitiba foi a única das cidades analisadas que conquistou um resultado "bem acima da média” quanto a implantação de normas ambientais, sendo a única nesse nível de classificação.

No segundo dos cinco níveis, “acima da média”, ficaram as cidades de Bogotá, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Resultados na "média" da classificação foram obtidos por Medellín, Cidade do México, Puebla e Monterrey, Porto Alegre, Quito e Santiago do Chile. Já "abaixo da média” ficaram Buenos Aires e Montevidéu, enquanto a mexicana Guadalajara e Lima, capital do Peru, foram classificadas no nível "muito abaixo" da média.

Para os realizadores do GCI, alguns dos resultados do índice podem surpreender. São Paulo, por exemplo, cidade com reputação de congestionamento crônico no tráfego e vasto crescimento urbano desordenado, está classificada como acima da média de maneira global. No entanto, Buenos Aires e Montevidéu, duas cidades agradáveis, têm desempenho geral abaixo da média.

Segundo eles, nem o índice nem essas percepções comuns estão errados. Eles se baseiam em informações diferentes. “A percepção das cidades é baseada em observações subjetivas sobre a qualidade de vida, incluindo fatores como beleza arquitetônica e existência de instituições de lazer ou culturais. A percepção ambiental dos residentes tende a focar em questões altamente problemáticas e visíveis, tais como congestionamento do tráfego, resíduos não coletados, ar ou rios poluídos”, afirma o relatório.

Cidades brasileiras

Pioneira em sustentabilidade de longa data na região, Curitiba é a líder disparada do índice. O berço do sistema de “trânsito rápido de ônibus” (BRT), a primeira cidade com ruas exclusivas para pedestres e a única da lista a se classificar bem acima da média, a cidade também alcançou essa distinção exclusiva em duas categorias individuais: qualidade do ar e resíduos. E está acima da média em cinco outras. A supervisão ambiental da cidade também é consistentemente forte e, além disso, com apenas algumas poucas exceções, está entre as melhores políticas em cada categoria.


Curitiba foi a única cidade considerada "bem acima de média" / Foto: marcusrg

Além de Curitiba, outras quatro das seis cidades que terminaram acima da média ou bem acima da média geral no índice são do Brasil. Mas, embora as cidades tenham uma parcela muito alta de energia de hidrelétricas, o que lhes dá a vantagem do desempenho em energia e CO2, em geral, elas não têm outros pontos fortes em particular. O desempenho individual varia bastante dentro das categorias, como acontece com a seção de resíduos, em que Curitiba está bem acima da média e Brasília, bastante abaixo.

No entanto, há um ponto primordial comum entre as cidades brasileiras, inclusive Porto Alegre: políticas ambientais sólidas. Essa questão fica clara quando os indicadores quantitativos são retirados da análise. Cinco das seis cidades brasileiras têm melhor desempenho quando somente os indicadores da política são avaliados. São Paulo, por exemplo, tem um dos planos de ação para mudanças climáticas mais sólidos no índice. Belo Horizonte apresenta bom desempenho com suas políticas de prédios ecológicos e qualidades da água e do ar, enquanto o Rio de Janeiro se destaca por suas políticas de energia limpa. A exceção é Brasília, que cai de acima da média para média geral quando somente os indicadores de política são levados em consideração.

Desempenho ambiental e renda

Outro destaque da pesquisa é a constatação de que não há um relacionamento claro entre o desempenho ambiental geral e a renda de cada cidade no índice, definido como a média do PIB per capita. A renda média para Curitiba, por exemplo, está dentro dos 15% das cifras de renda para três outras cidades com desempenhos largamente distintos: Rio de Janeiro (acima da média), Porto Alegre (média) e Guadalajara (bem abaixo da média). Ao contrário do que foi levantado em estudos similares da EIU em outras regiões, inclusive no Índice de Cidades Verdes da Europa, não houve ligação entre desempenho ambiental e o PIB por pessoa.

Apesar disso, os latino-americanos não suspenderam totalmente as leis da economia, como frisou o professor Roberto Sánchez-Rodríguez, da Universidade da Califórnia e especialista em questões ambientais urbanas. “As cidades mais ricas têm mais recursos. Com renda crescente, há a tendência da população tornar-se mais consciente sobre as questões ambientais e considerá-las importantes”, afirmou. Porém, quando cidadãos mais ricos compram mais carros, por exemplo, o desempenho ambiental da cidade tende a diminuir.

Nas cidades mais pobres, sem infraestrutura básica, não há dúvida também que o dinheiro poderia resolver alguns problemas ambientais, diz o estudo. O índice, no entanto, indica um relacionamento pouco claro entre riqueza e desempenho ambiental. Isso sugere que algum outro aspecto esteja impedindo as cidades mais ricas de usarem somente dinheiro para melhorarem seus resultados ambientais.

Desafios do crescimento

Grande parte da resposta da falta de clareza na questão da renda da América Latina está em como as cidades responderam ao crescimento demográfico rápido e ao resultante crescimento urbano desordenado. A área metropolitana da Cidade do México, por exemplo, passou de cerca de 11 milhões para 18 milhões de pessoas entre 1975 e 2000. De maneira semelhante, entre 1970 e 1990, a população da área metropolitana de São Paulo expandiu quase 90%, de 8,1 milhões para 15,4 milhões.

Em decorrência disso, as autoridades estão tentando adequar-se, diz a pesquisa. Mesmo as cidades mais ricas tendem a fixar-se nos problemas mais imediatos somente quando há uma demanda política forte por uma solução, em vez de se envolverem em ações abrangentes ou planejamento antecipado. “Até que haja algum tipo de crise – pode ser uma crise política devido aos protestos ou porque uma agência não tem como fornecer um determinado serviço ou fica sem dinheiro – as questões ambientais não estão posicionadas no topo da lista de prioridades e muito pouco é feito”, diz o professor Alan Gilbert, da University College de Londres, especialista em urbanização e meio ambiente latino-americanos.

O crescimento urbano desordenado também impôs limites às opções das políticas. De acordo com o estudo, o número de veículos tem efeito negativo não só no transporte, mas também na qualidade do ar e nas emissões de gases estufa, apesar disso, algumas cidades estão tendo dificuldades em criar políticas que limitem o uso do veículo.

Outra consequência do crescimento urbano desordenado é que muitas das cidades maiores cresceram de tal forma que atravessam diversas jurisdições municipais, com governos locais diferentes, algumas vezes nas mãos de partidos políticos opostos. O professor Sánchez-Rodríguez explicou que é difícil juntar esses stakeholders ou mesmo fazer com que concordem em uma visão comum para a cidade. Assim sendo, não é só complicado ir além da solução dos problemas locais imediatos, mas é mais difícil ainda acessar recursos econômicos da cidade toda.

Fonte:ECODESENVOLVIMENTO

7 de dez. de 2011

PROTOCOLO DE KYOTO ESTÁ RUMO A RENOVAÇÃO, APONTA SECRETÁRIA DA ONU

A executiva da ONU Christiana Figueres(esq.) ao lado da presidente da COP Maite Nkoana-Mashabane./ Foto: Kincuri

A secretária-executiva da ONU para mudanças climáticas, Christiana Figueres, expôs nesta segunda-feira, 5 de dezembro que segundo informações que recebeu da negociação desta parte da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizado até o dia 9 de dezembro em Durban, na África do Sul, o que está em discussão é de que maneira o Protocolo de Kyoto será renovado, e não mais se ele será renovado.

A União Europeia é a favor de um novo projeto e está disposta a se comprometer com um segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto, o que não se vê em relação a outros signatários, tais como Rússia, Japão e Canadá, mas condiciona a renovação ao estabelecimento de um plano de médio e longo prazo de redução de emissões que inclua as economias emergentes.

Países como China, Índia e Brasil, apesar de estarem entre os maiores emissores de carbono, devido ao porte de sua economia, não se comprometeram internacionalmente com a diminuição dos índices de carbono porque se considera que tenham menos responsabilidade histórica nas mudanças climáticas, uma vez que se industrializaram tardiamente.

É importante lembrar que Japão, Rússia e Canadá não devem participar de um segundo período do protocolo, o que faz com que seus integrantes totalizem menos de 20% do total de emissões no planeta. Esse é um dos motivos pelo qual Kyoto é apontado como tratado pouco efetivo.

A China, voltou a afirmar que está pronta para assumir um compromisso de cumprimento obrigatório se outros países também o fizerem.

“Todos os países devem assumir responsabilidades e obrigações de acordo com suas próprias capacidades. E a China pode tomar parte nisso”, explicou o negociador chinês Xie Zhenhua.

O chefe da delegação americana, Todd Stern, explicou que seu país "não vê nenhum problema conceitual num acordo legalmente vinculante", mas que há um "excesso de foco" nesse assunto na conferência de Durban.

Segundo Stern, os EUA só aceitariam um acordo desse tipo se houvesse "uma verdadeira paridade legal" entre os governos participantes ou seja, sem condições, sem exigência de dinheiro e sem alterações nas regras de propriedade intelectual para tecnologias, que beneficiam os ricos e que os emergentes querem flexibilizar.

Os EUA dependem da aprovação de dois terços do Senado para que qualquer tratado internacional possa virar lei no país. E essa maioria qualificada é difícil de obter para quase qualquer tipo de acordo ainda mais para um acordo que afete o funcionamento de setores poderosos da economia americana, como o de carvão e o de petróleo. por Redação EcoD

 

4 de dez. de 2011

AMÉRICA LATINA REGISTRA DIMINUIÇÃO DA DESIGUALDADE

Forte desempenho econômico e melhoras na educação são fatores que motivaram queda nos índices de desigualdade na região

A pobreza pode estar crescendo na Europa e nos Estados Unidos, mas na América Latina, ela continua a cair. Na sua estimativa anual, lançada nessa semana, a Comissão Econômica da América Latina e do Caribe (CELAC) afirma que 30,4% da população da região vive abaixo da linha de pobreza. Estes não são apenas os números mais baixos desde que as estatísticas passaram a ser coletadas nos anos 1970 (e provavelmente de toda a história), como também sinalizam um uma queda contínua nos índices de pobreza.

Na verdade, o crescimento populacional significa que em termos absolutos, os números na pobreza não caíram tanto assim: de 225 milhões em 2002 para 174 milhões em 2011. Mas a CELAC confirma outra tendência positiva detectada por outros pesquisadores: embora a América Latina permaneça como a região mais desigual do planeta, a desigualdade de renda na região também começou a cair. Dos 18 países examinados, apenas a República Dominicana e (especialmente) a Guatemala registraram aumentos na desigualdade entre 2002 e 2008, e desde 2008, esses números só aumentaram na República Dominicana, no Equador e no Paraguai.

Há duas forças por trás desse progresso social. A maior delas é o forte desempenho econômico dos últimos anos: o PIB da América Latina teve uma expansão de 5,9% no ano passado, e muitos analistas esperam que os números desse ano estejam por volta de 4,5%. Essa forte recuperação significa que a recessão de 2008 teve um pequeno impacto na região. A maior parte desse declínio na desigualdade é atribuída aos aumentos salariais, que por sua vez, são decorrentes nas melhorias no campo da educação na América Latina. O segundo fator determinante no declínio da desigualdade são políticas sociais com alvos mais bem definidos, especialmente os programas de transferência de recursos para a população mais pobre.

Mas sustentar esse progresso pode se tornar mais difícil. Problemas em outras áreas mostram que a América Latina terá sorte se conseguir um crescimento superior a 3,5% em 2012. Aumentos nos preços de alimentos culminaram em um aumento na pobreza no México e em Honduras em 2010. E a pobreza extrema da região permanece estacionada em 13%. A CELAC também destaca um par de fatores que funcionam contra uma maior igualdade de renda. Um deles é o fato que mulheres mais pobres e menos educadas têm mais filhos, e menos acesso à saúde infantil, que mulheres mais ricas. Outro fator é que a produção está desproporcionalmente concentrada em poucas empresas grandes.

Muitos dirão que para que haja mais quedas na pobreza e na desigualdade serão necessário esforços maiores para aumentar a produtividade, para continuar melhorando a educação e para diminuir a economia informal. Mesmo no momento em que celebram seu progresso, os políticos latinoamericanos deveriam encarar esse sucesso como um motivo para ações mais incisivas.

 

27 de out. de 2011

Buraco na camada de ozônio na Antártida é tão grande quanto a América do Norte

ostado em 26/10/2011 às 08h55

O primeiro buraco de ozônio significativo sobre a Antártida está revelando um talho na camada protetora da atmosfera tão grande quanto a América do Norte, afirmam cientistas. Abrangendo cerca de 25 milhões de quilômetros quadrados, o buraco sobre o Pólo Sul atingiu seu tamanho máximo anual em 14 de setembro, tornando-se o quinto maior já registrado.

O maior buraco de ozônio na Antártica já registrado ocorreu em 2006, com um tamanho de 27,5 milhões de quilômetros quadrados, documentado por observação pelo Earth-observing Aura satellite, conforme informado pelo LiveScience

O buraco na camada de ozônio na Antártica foi descoberto no final de 1970, durante a primeira missão do satélite que podia medir o ozônio - uma nave espacial chamada POES, gerida pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). O buraco continuou crescendo de forma constante durante 1980 e 90, embora desde o início de 2000, o crescimento tenha sido estabilizado. Mesmo assim os cientistas viram uma grande variabilidade no tamanho de ano para ano.

Na superfície da Terra, o ozônio é um poluente, mas na estratosfera forma uma camada protetora que reflete a radiação ultravioleta de volta ao espaço, protegendo-nos dos raios ultravioletas prejudiciais.

Para os cientistas, os grandes buracos na camada de ozônio estão mais associados com invernos muito frios sobre a Antártida e de ventos polares que impedem a mistura do ar rico em ozônio de fora da circulação polar com o esgotamento do ozônio do ar interior.

Há uma grande variação de ano para ano, em 2007, o buraco de ozônio diminuiu 30% desde o recorde de inverno de 2006.

Em 2007, Ronald van der A - cientista sênior do projeto do Instituto de Meteorologia Royal Dutch, na Holanda, disse que "Embora o buraco seja um pouco menor do que o habitual, não podemos concluir que a camada de ozônio já esteja se recuperando".

Este ano, a região de ozônio sobre a Antártica caiu 30,5 milhões de toneladas, em comparação com o recorde de 2006, com perda de 44,1 milhões de toneladas. Van der A disse que variações naturais nas mudanças de temperatura e na atmosfera são responsáveis ​​pela diminuição da perda de ozônio, e isso não é indicativo de uma recuperação em longo prazo.

Ao longo de dois a três meses, aproximadamente 50% do valor da coluna total de ozônio na atmosfera desaparece. Em alguns níveis, as perdas chegam a 90%. Na primavera, as temperaturas começam a subir, o gelo evapora e a camada de ozônio começa a se recuperar.

O frio intenso na alta atmosfera do último inverno ártico criou reações químicas nas superfícies dos cristais de gelo nas nuvens, liberando formas ativas de CFCs e criando o primeiro buraco de ozônio significativo já registrado sobre as regiões setentrionais, segundo relataram os cientistas na revista Nature.

Este ano, pela primeira vez, os cientistas também encontraram um esgotamento de ozônio sobre o Ártico, que se assemelhava a sua contraparte, o pólo sul.

Os dados mostram uma grande variabilidade, mesmo após a proibição do uso de CFCs. Inicialmente os cientistas previram uma recuperação parcial. Mais tarde eles ajustaram os modelos e pronunciaram que a recuperação levaria décadas. Com informações do ICECAP.

+ Aumenta destruição da camada de ozônio, adv

 

24 de out. de 2011

SOCIEDADE ORGANIZADA QUER PROTAGONISMO DO BRASIL NA RIO+20

A sociedade organizada brasileira acredita que o país deve exercer papel de protagonista na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro. A conclusão faz parte do Relatório Final de uma consulta pública promovida pelo Ministério do Meio Ambiente para coletar subsídios à elaboração do documento que o Brasil submeterá à ONU em 1º de novembro, contendo suas propostas e visões para a Rio+20.

 

A consulta foi realizada entre os dias 5 e 25 de setembro, por meio de questionário online disponibilizado no endereço http://hotsite.mma.gov.br/rio20. As 11 questões trataram do progresso da agenda do desenvolvimento sustentável nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, e sobre os temas da conferência: (1) economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e do combate à pobreza e (2) estrutura de governança institucional para o desenvolvimento sustentável.

 

No total, o ministério recebeu 139 questionários, de todas as cinco regiões do Brasil, sendo 103 da sociedade civil, 16 de empresas, 9 da comunidade acadêmica e 11 de governos locais. As respostas foram compiladas pela equipe da Assessoria Extraordinária do MMA para a Rio+20 (ASRIO). O resultado (Relatório Final) será levado à Comissão Nacional Organizadora da Rio+20 em reunião no próximo dia 26.

 

Tendo em vista o pouco tempo que a consulta ficou aberta, o resultado superou nossas expectativas â€" tanto em termos de quantidade quanto de qualidade das propostas”, diz Yana Dumaresq Sobral, assessora extraordinária adjunta da ASRIO. Além disso, segundo ela, foi possível notar uma série de convergências em relação ao posicionamento que o Brasil deve apresentar à ONU. A maior parte dos temas levantados pelos participantes já vêm sendo discutidas pelo Governo, como os que envolvem segurança alimentar e nutricional, empregos verdes e energia conta.

 

Liderança

 

Todos os setores que participaram da consulta pública requerem um papel de liderança do Brasil na Rio+20, quer seja por sua riqueza natural e cultural, quer seja pelos êxitos alcançados, desde 1992, nos três pilares do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental.

 

“Há um forte alinhamento de todos os setores ouvidos no sentido de que o Brasil proponha um novo modelo de desenvolvimento global, monitorado por meio de indicadores de sustentabilidade, informa o Relatório Final da consulta pública. Ainda de acordo com o documento, um grande número de participantes sugeriu que a liderança internacional do Brasil seja acompanhada de coerência no trato das questões socioambientais internas.

 

Com relação ao legado da conferência para o Brasil, os participantes da consulta pública acreditam que a Rio+20 deve criar uma plataforma de diálogo permanente entre governos, sociedade e setor privado que perdure após 2012. Os setores também apontaram a criação de indicadores mensuráveis como forma de renovar o compromisso internacional com o desenvolvimento sustentável.

 

Avanços e lacunas

 

Quando questionados sobre os avanços e lacunas na implementação de documentos resultantes de conferências anteriores sobre desenvolvimento sustentável (Rio de Janeiro em 1992 e Joanesburgo em 2002), os participantes da consulta pública destacaram, como avanços, a maior conscientização entre os diversos setores da sociedade sobre os temas de sustentabilidade, a participação da sociedade civil nos processos decisórios e a inclusão de novos temas na agenda global de sustentabilidade. Entre as principais lacunas, os setores apontaram o déficit de implementação da Agenda 21. Outra lacuna apontada foi a questão do financiamento para o desenvolvimento sustentável: como mobilizar os recursos e como fazê-los fluir de forma eficiente, conta a assessora extraordinária adjunta da ASRIO.

 

Economia verde

 

" No quesito economia verde™, uma dos temas da Rio+20, os participantes acreditam que ela pode ser compatível com as estratégias de crescimento econômico e de combate à pobreza, e deve integrar as estratégias governamentais. O tema das compras públicas (estatais) sustentáveis como vetor de mudança nos padrões de produção e consumo foi citado por número relevante de consultados.

 

Todos os setores consultados se sentem parte da mudança pretendida rumo à sustentabilidade, articulando-se entre si em torno de temas como segurança alimentar, empregos verdes, energias renováveis, educação ambiental, planejamento urbano, novas métricas de riqueza, recursos hídricos etc. A consulta revelou que a sociedade acredita ser possível a integração dos três pilares da sustentabilidade. Ou seja, que é possível se ter uma estratégia de crescimento econômico calcada na inclusão social e no uso racional dos ativos ambientais, comenta Yana.

 

Em relação ao modelo de governança internacional para o desenvolvimento sustentável, outro tema a ser debatido durante a conferência, a consulta pública registrou percepções diversas. Os participantes apontaram, porém, que a estrutura das Nações Unidas, em especial o PNUMA [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], não corresponde ao nível de efetividade esperado. As propostas apresentadas transitaram desde uma reestruturação do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) até a criação de organismo com poderes equiparados aos do Conselho de Segurança, informa o Relatório.

 

Uma importante mensagem que a consulta pública deixa é que a sociedade organizada brasileira, de forma geral, espera que os ganhos oriundos da Rio+20 não se restrinjam aos avanços internacionais, mas, principalmente, sejam traduzidas na construção de um legado nacional espelhado em melhores práticas públicas e privadas”, conclui Yana Dumaresq Sobral.

 

Fonte  MMA: Leia aqui o Relatório Final da Consulta Pública Rio+20. 

http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/relatorio_consulta_publica_final_revisado2010_182.pdf

19 de out. de 2011

Cientistas em rede: compartilhando informação acadêmica

É possível combinar as características das redes sociais da Internet, como Orkut e Facebook, com pesquisa científica? Alguns programas vem provando que sim.

Embora as redes científicas não sejam uma coisa nova (termos como gatekeepers ou "colégios invisíveis" já fazem parte da literatura sobre comunicação científica há bastante tempo), o fato de existirem sites específicos para o compartilhamento de informação acadêmica aponta para uma tentativa de reforçar os laços de cooperação entre pares. Por meio desses sites, os próprios autores podem divulgar seus trabalhos, inclusive os que ainda não passaram pelo longo processo de aprovação de um periódico científico. Também significa que algumas editoras acadêmicas encontraram nessas redes um caminho para divulgar seus próprios serviços.

É o caso, por exemplo, da Social Science Research Network. O site é administrado pela Social Science Eletronic Publishing, Inc., e tem como objetivo encorajar os leitores a compartilhar informações diretamente com outros usuários que tenham tópicos de pesquisa semelhantes. A rede é focada na área de Ciências Sociais, e por meio dela autores podem divulgar seus artigos, optando por postar os resumos de seus trabalhos (atualmente o banco de resumos possui cerca de 250.100 registros) ou mesmo incluir o trabalho completo na biblioteca eletrônica da rede (já são cerca de 206.000).

O princípio de compartilhamento também fica claro em redes como a Sermo, voltada para a área médica. Trata-se de uma rede direcionada não apenas a dividir informação acadêmica, como também divulgar outras informações relevantes a profissionais da área, como oportunidades de trabalho, dados sobre remédios e legislação médica. A ferramenta mistura elementos de blogs (é possível fazer postagens relacionadas a diversos assuntos da área médica) e microblogs, já que também é possível acompanhar postagens em tempo real.

Há também outras redes interessantes e de domínio geral. Uma delas é a Research Gate Scientific Network, que permite a conexão com colegas de pesquisa, possibilitando ao pesquisador criar sua própria rede. Também permite ferramentas de colaboração, como postagens sobre um determinado tópico e comentários sobre artigos. De acordo com a própria rede, a intenção é divulgar informação científica tendo como princípio a "Ciência 2.0″, uma junção da comunicação científica tradicional com ferramentas de Web 2.0 como blogs e outras redes sociais.

A NatureNetwork (o nome indica tratar-se de uma rede administrada pela revista Nature) e a CiteULike (patrocinada pela editora Springer) também se baseiam no mesmo princípio: conectar-se com outros pesquisadores, discutir tópicos comuns de pesquisa, explorar o que já foi publicado ou está prestes a ser divulgado e fazer pesquisas sobre assuntos de interesse, formando uma biblioteca particular que pode ser compartilhada com outros usuários.

Mais do que sites de compartilhamento, portanto, as redes científicas também possibilitam formas alternativas de buscar material bibliográfico interessante, já previamente avaliado por aqueles que investigam assuntos relacionados. Colaborar, afinal, tornou-se a principal forma de construir conhecimento.

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Fonte: bibliofflch

NOTICIAS MDL Logística Reversa: editais passam a ser publicados

Logística Reversa: editais passam a ser publicados (Ecodesenvolvimento)

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançará este mês os dois primeiros editais para criação de acordos setoriais com orientações estratégicas para a implementação da logística reversa de lâmpadas fluorescentes e de embalagens e resíduos de óleos lubrificantes. A iniciativa é mais um passo rumo à implantação da lei. (Leia mais...)

 

Apenas 11% dos brasileiros sabem o que é a Rio+20 (Ecodesenvolvimento)

Segundo o estudo, realizado pelo Instituto Vitae Civilis em parceria com a Market Analysis, a divulgação da conferência está mais acessível às classes mais altas e aos consumidores com elevada escolaridade. A população mais informada sobre a Rio+20 está concentrada em Recife. O evento será realizado em junho de 2012. (Leia mais...)

17 de out. de 2011

CHAMADA DA CAPES E CNPQ INCENTIVA EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS BRASILEIROS

Inscrições estão abertas até o dia 23 de novembro.

Estão abertas as inscrições para a chamada MCTI/CNPq/MEC/Capes Nº 15/2011, que tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem incentivar a editoração e publicação de periódicos científicos brasileiros de alta especialização em todas as áreas do conhecimento de forma a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e inovação do país.

 

As propostas devem ser acompanhadas de arquivo contendo o projeto e devem ser encaminhadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), exclusivamente via internet, por meio do formulário de propostas online disponível na Plataforma Carlos Chagas. A relação das propostas aprovadas será divulgada na página eletrônica do CNPq e publicada no Diário Oficial da União a partir da segunda quinzena de dezembro.

 

Benefícios - As propostas aprovadas serão financiadas no valor global estimado de R$ 6 milhões, sendo 50% provenientes do CNPq e 50% da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a serem liberados em uma parcela, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira das agências, sendo os recursos oriundos do Tesouro Nacional.

 

Os recursos serão destinados ao financiamento de itens de custeio, compreendendo aquisição de material de consumo, componentes e/ou peças de reposição de equipamentos, software, instalação, recuperação e manutenção de equipamentos; serviços de terceiros; contratação de serviços gráficos de arte-final e impressão do periódico por empresas especializadas; e prestação de serviços para a preparação, geração e manutenção da página hospedeira da publicação eletrônica.

 

As propostas deverão ter seu prazo máximo de execução estabelecido em doze meses.

Mais informações pelo e-mail editoracao@cnpq.br. Dúvidas com relação ao formulário de propostas on-line devem ser esclarecidas pelo e-mail suporte@cnpq.br ou pelos telefones (61) 3211-4566 ou 3211-9354.

 

Fonte: Ascom da Capes

15 de out. de 2011

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CRIA POSTE SOLAR AO CUSTO DE R$ 2 MIL E INTENSIFICA ESTUDOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

O Poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas

 

A busca por fontes alternativas e limpas de energia, que liberam menos gases e resíduos no meio ambiente, tem sido uma aposta do governo e das instituições de pesquisa para evitar impactos negativos na natureza. A luz do sol, fonte de energia limpa em abundância, tem despertado o desenvolvimento de uma série de pesquisas para a obtenção de materiais mais eficientes que convertam a energia da luz solar em energia elétrica, processo conhecido como efeito fotovoltaico.

 

Recentemente, a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) instalou na entrada principal da entidade um poste de iluminação pública que funciona com energia solar. O projeto foi elaborado pela instituição em parceria com alunos do departamento de engenharia de energia do Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais (IPUC/PUC Minas).

Segundo do Cetec, trata-se do primeiro passo de uma série de ações que visam torná-lo referência em tecnologias para a cadeia de energia solar. “Queremos estabelecer na fundação uma plataforma para apoiar pesquisas nessa área”, aposta José Roberto Branco, coordenador do Setor de Materiais Ópticos e Eletrônicos (SDO), unidade responsável pelo projeto.

As atividades do grupo começaram em agosto deste ano. A instalação de postes em áreas pouco iluminadas da fundação foi a primeira proposta para testar a aplicabilidade da tecnologia. O “poste solar” instalado no Cetec, explica Branco, é um exemplo de sistema fotovoltaico, constituído por células ou módulos que convertem a luz solar em energia elétrica, mas também por outros elementos, como bateria (acumulador de energia); inversores de frequência; controlador de carga (responsável pela durabilidade da bateria e controle de energia) e carga (lâmpadas).

Durante o dia, explica Branco, a energia solar incide sobre o módulo fotovoltaico presente no poste, que converte a radiação do sol em eletricidade. Esta, por sua vez, é armazenada na bateria do sistema por meio de um processo eletroquímico. No início da noite, quando surge a necessidade de iluminação, a energia acumulada na bateria é disponibilizada para as lâmpadas.

O poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas, período que pode ser redimensionado, além de ter autonomia de dois dias sem incidência de raios solares. Ele possui duas lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, acionadas automaticamente por um interruptor fotossensível, que identifica a presença de luminosidade. Essas lâmpadas, além de serem mais eficientes em relação às incandescentes são de alta durabilidade, com preços mais acessíveis.

Toda a estrutura do poste custou aproximadamente R$ 2 mil. Os recursos para a realização do projeto são provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Segundo Branco, algumas empresas sinalizaram interesse em levar o potencial desse tipo de energia para o mercado. “As ações do Cetec nesta área estarão integradas com o governo de Minas Gerais, sob a liderança da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que almeja desenvolver e promover o uso de energia renovável no Estado”.

O pesquisador ressalta que a energia solar possui uma série de aplicações potenciais, que vão desde a energização de brinquedos e eletroeletrônicos até o atendimento a pequenas comunidades isoladas ou distantes da rede elétrica. A tecnologia também atende usinas geradoras de energia fotovoltaica, com dezenas de mega-watts de potência.

Mas, cada uma dessas aplicações, dispostas em regiões diversas em termos climáticos, explica, impõe condições de uso distintas. “Nesse projeto iniciamos o estudo de relações entre variáveis dos sistemas fotovoltaicos. A abordagem verticalizada que existe na fundação, por meio do exame de materiais, dispositivos e processos em toda a cadeia de valores da energia solar fotovoltaica é única no Brasil”, informa.

As vantagens econômicas do uso da energia solar vão depender de alguns fatores como distância da rede elétrica, confiabilidade e portabilidade necessárias. Para o pesquisador, em breve a certificação verde será fator de competitividade entre as organizações e de preferência dos consumidores. “O custo benefício de um poste de energia solar pode ser bem mais baixo do que um comum. A mesma linha de raciocínio vale para outras aplicações”.

Entre outros projetos de energia solar desenvolvidos no Cetec, destaque para a implantação de sistemas de carregamento de baterias variadas na instituição, com disponibilização de pontos de recarga de acumuladores de energia gratuita. O grupo também estuda o uso de módulos fotovoltaicos em processos de bombeamento de água e irrigação para comunidades carentes e tratamento de efluentes.

Potencial brasileiro

A tecnologia fotovoltaica está em uso em diversos países, como a Alemanha, por exemplo, onde foram realizadas várias ações de mobilização da sociedade e do setor acadêmico, com grande investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de políticas públicas de incentivo. O setor industrial alemão visualizou a oportunidade de negócio e investiu massivamente para produzir em grande escala matérias-primas, células, módulos fotovoltaicos e equipamentos eletroeletrônicos.

O Brasil, afirma Branco, possui todos os meios para criar e desenvolver um mercado fotovoltaico. Além do potencial de energia solar disponível e comprovado em todo território nacional, há grande conhecimento de toda a cadeia de produção pertinente. Todo esse conhecimento está localizado em instituições de pesquisas e universidades. “Sendo o Brasil um dos dez países que mais consomem energia no mundo, só ele e a Rússia ainda tem um uso inexpressivo de energia solar fotovoltaica”, ressalta.

Fonte: Revista Responsabilidade Social.com

 

14 de out. de 2011

NOTICIAS AMERICA LATINA SOSTENIBLE

INDICADORES RELEVANTES PARA LOS PUEBLOS INDÍGENAS: UN TEXTO DE REFERENCIA  (InfoAndina)

 

Tanto los gobiernos como las agencias internacionales recopilan datos que les sirven para tener una visión, en términos cuantificables, del estado de la sociedad y el medio ambiente. La información que recogen depende de los indicadores que hayan seleccionado para medir y monitorear los avances en los temas que consideran importantes. Sin embargo, relativamente pocas instituciones recopilan información estadística sobre los pueblos indígenas. En gran medida, la situación de los pueblos indígenas no se refleja en las estadísticas o queda oculta en las medias nacionales. Pese a ello, se siguen elaborando políticas y se siguen implementando programas que tienen un enorme impacto en los pueblos indígenas. Es necesario que se recojan datos para medir este impacto. Desarrollar indicadores relevantes para los pueblos indígenas significa desarrollar modos de expresar su situación y problemas en términos numéricos. Esto puede hacerse a través de la creación de nuevos indicadores, que requieren nuevas formas de recolección de datos o, simplemente, del desglose de datos para garantizar que se refleja claramente la situación de los pueblos indígenas. En el nivel más básico, el simple desglose de algunos de los datos recogidos en el nivel nacional puede ayudar para detectar la discriminación, la desigualdad y la exclusión. Permite también comparaciones directas entre los pueblos indígenas y otros grupos sociales. Pero, sea cual sea el enfoque que se adopte, es crucial que los pueblos indígenas participen en la definición de los temas a tratar y de los indicadores a utilizar y que se tengan en cuenta sus propios conceptos de bienestar.

 

ISBN: 978-971-93566-5-3 ‘ Número de páginas: 604 p.

Editorial: Centro para la Autonomía y Desarrollo de los Pueblos Indígenas (CADPI)

Año de edición: 2008 - Lugar de edición: Nicaragua ‘ Instituciones relacionadas: España. Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo.   ‘ Autor: Mairena, Dennis (ed)

 

 

NIMA ORGANIZA GRUPO DE ESTUDOS PARA DISCUTIR OS TEMAS QUE SERÃO OBJETO DA RIO + 20

O Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA) está organizando um Grupo de Estudo interdisciplinar de alunos e professores, destinado a estudar o tema: Mudança Climática e Planejamento Urbano, no contexto dos temas que serão objeto da Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá no próximo ano no Rio de Janeiro). Os encontros ocorrem às 15h30 no NIMA, nos dias 25/10, 01/11, 08/11, 22/11, 06/12, 20/12.

 

Esse grupo de estudos é parte das ações da PUC para o Climate Change Initiatice (CCI) da UN-Habitat. O Grupo será coordenado pela Professora Maria Fernanda Lemos do departamento de Arquitetura e Urbanismo. A primeira reunião ocorrerá no dia 25 de outubro as 15h30 no NIMA. As reuniões são abertas a todos os interessados.

 

O CCI-NIMA está conectado com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat), que é a agência da ONU responsável por garantir a Sustentabilidade Ambiental nos assentamentos urbanos e facilitar a troca de experiências e informações sobre moradia e desenvolvimento urbano-ambiental em nível mundial.

 

A meta do CCI-NIMA é criar uma rede de universidades na América Latina comprometida com as mudanças climáticas. O CCI-NIMA pretende desenvolver uma cultura na universidade que seja capaz de gerar projetos, pesquisas e produtos para a mitigação das mudanças climáticas. Os compromissos firmados para adequar a Universidade às diretrizes estabelecidas pelo UN-HABITAT são:

 

* Implementar nos Domínios Adicionais disciplinas de meio ambiente que tratem das mudanças climáticas e seus impactos nas cidades e na sociedade como um todo.

* Estimular a criação de disciplinas que tratem da questão das mudanças climáticas em temáticas específicas.

* Fomentar a médio prazo a criação de linhas de pesquisa e cursos de mestrado e doutorado em diferentes áreas do conhecimento na questão das mudanças climáticas.

* Estimular projetos multidisciplinares em parceria com o poder público na área de mudanças climáticas.

* Criação pelo NIMA de um grupo multidisciplinar de pesquisa visando estudar as ações de adaptação e mitigação que as cidades do Estado do Rio de Janeiro devem implementar para se adequar as conseqüências dos processos das mudanças climáticas.

* Organização de eventos regionais para integração das universidades do Brasil em torno das diretrizes.

 

13 de out. de 2011

LINK UTEIS PARA OS PESQUISADORES DA BIODIVERSIDADE NA AMERICA LATINA E CARIBE

EL ACUERDO PARA LA CONSERVACIÓN DE BOSQUES TROPICALES - ACBT (TROPICAL FOREST CONSERVATION ACT - TFCA)  - http://www.tfcaperu.org/esp/index.html

Un fondo de canje de deuda por naturaleza entre el Perú y los Estados Unidos, suscrito el 26 de junio del 2002, en el marco de la Ley de Conservación de Bosques Tropicales (Ley Portman), promulgada en el Congreso de los Estados Unidos en el año 1998. Mediante este acuerdo, el gobierno peruano realiza desembolsos parciales en un plazo de 12 años por un total de 10.6 millones de dólares para destinarlo al financiamiento de proyectos que contribuyan a la conservación de bosques tropicales.

Adicionalmente, Conservation Internacional - CI, The Nature Conservancy – TNC, World Wildlife Fund - WWF y el Gobierno de los EEUU suscribieron un acuerdo donde éstas se comprometieron a contribuir con US$ 1,1 millones con el fin de que el Gobierno de los EEUU autorice la cancelación de US$ 5,5 millones de la deuda del Gobierno del Perú. Posteriormente, el Gobierno de Perú, CI, TNC, WWF y Profonanpe (como administrador del fondo) suscribieron el Acuerdo para la Conservación de Bosques Tropicales con el fin de especificar la manera en que los pagos efectuados por el Gobierno peruano serían usados.

 

 

LA REDE DE FONDOS AMBIENTALES DE LATINOAMÉRICA Y EL CARIBE –  REDLAC

http://www.redlac.org/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=59&Itemid=237&lang=es

 

En diciembre de 1997 se reunieron en Mérida, México, los Fondos Ambientales establecidos en la región de Latinoamérica y el Caribe, con la finalidad de diseñar un mecanismo de integración para crear una red de cooperación, capacitación y fortalecimiento institucional. Durante este Taller se incorporó un comité promotor

encargado de dar forma a lo que sería la agenda de trabajo de la Red de 1999 a 2001.

En octubre de 1999 se creó la Red de Fondos Ambientales de Latinoamérica y el Caribe, RedLAC, llevándose a cabo la primera Asamblea de RedLAC, donde se realizaron diferentes actividades que tenían como objetivo apoyar el concepto de fortalecimiento de los miembros en capacidades estratégicas para su operación. Posteriormente se definió la Misión de RedLAC como: Construir un sistema efectivo de aprendizaje, fortalecimiento, capacitación y cooperación, a través de una Red de Fondos Ambientales con el fin de lograr una gestión ambiental sustentable y conservar el patrimonio natural de América Latina y El Caribe para beneficio de su población.

 

 

Bolsas para pesquisadores (Ver REDCal)

 

Taller 5 sobre Esquemas de Compensación y Offset abre inscripciones. El Proyecto de Capacitación de RedLAC abre inscripciones para el quinto taller sobre Oportunidades para los Fondos Ambientales en Esquemas de Compensación y Offset. El taller tendrá lugar en los días 11 a 13 de noviembre, justo después de la XIII Asamblea General de RedLAC en Paramaribo, Suriname. El taller será coordinado por el equipo de BBOP.

 

FIAES - FONDO DE LA INICIATIVA  PARA LAS AMÉRICAS (http://www.fiaes.org.sv/esp/enlaces.php )

 

Se origina en un Convenio Bilateral entre los Gobiernos de El Salvador y los Estados Unidos de América para condonar aproximadamente $464 millones de deuda externa, quedando pendientes $150 millones para ser repagados.  La propuesta fue ratificada en 1993, estableciendo que El Salvador pagaría unos $41.2 millones de los intereses de esa deuda durante 20 años, generando un fondo extinguible para financiar proyectos ambientales y de supervivencia infantil, bajo la administración de FIAES.

En reconocimiento a la labor del Fondo, fueron otorgados nuevos fondos en 2001 para apoyar proyectos en Bosques Tropicales por $14.4 millones para ser invertidos en un período de 25 años.

Es conducido por un Consejo de Administración integrado por ocho miembros: dos representantes designados por el Gobierno de El Salvador; un representante del Gobierno de los Estados Unidos de América y cinco representantes seleccionados por sus pares en la comunidad de Organizaciones No Gubernamentales (ONG) y Asociaciones de Desarrollo Comunal (ADESCOS).}}}

 

http://www.fiaes.org.sv/esp/ejecutoras.php => Varias agencias de fomento e financiamento de projetos sociais e ambientais na America Latina e Caribe=

*       Instituto Interamericano para la Agricultura- IICA  - http://www.iica.org.sv

IUCN –INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE -

Contribui para ajudar o mundo a encontrar soluções pragmáticas para o nosso ambiente mais prementes e desafios do desenvolvimento. Ele apoia a investigação científica, gerencia projetos de campo em todo o mundo e reúne governos, organizações não-governamentais, agências das Nações Unidas, empresas e comunidades locais em conjunto para desenvolver e implementar políticas, leis e melhores práticas.

 

PRONANPE - http://www.profonanpe.org.pe/experiencia03.html

La experiencia de PROFONANPE durante los últimos quince años ha permitido validar los aspectos fundamentales de su diseño institucional. Contar con un capital semilla inicial orientado tanto a darle un soporte institucional y al financiamiento de actividades de conservación en áreas protegidas ha constituido un mecanismo sumamente positivo.

La sostenibilidad ganada con este aporte ha sido clave para consolidar el proceso de desarrollo institucional de PROFONANPE y convertirlo en un mecanismo atractivo para la intermediación de fondos no reembolsables provenientes de diversas fuentes de cooperación internacional