Seguidores

29 de jun. de 2010

Copel fecha contrato inédito de compra de energia por biodigestão

São seis contratos que totalizam potência de até 524 quilowatts

A Copel (Companhia Paranaense de Energia) comunicou hoje que firmou em 3 de fevereiro os primeiros contratos no setor elétrico brasileiro para compra de energia produzida a partir da biodigestão de resíduos orgânicos. São seis contratos que totalizam potência de até 524 quilowatts (kW), energia suficiente para atender uma centena de moradias de padrão médio, que será fornecida por quatro produtores: Sanepar, Cooperativa Lar, Granja Colombari e Star Milk. Os contratos têm vigência até o fim de 2012.

A iniciativa tem respaldo em autorização concedida no fim de julho de 2008 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), como resultado de testes bem sucedidos feitos pela Copel em parceria com a Itaipu. Os ensaios e experiências tiveram início em 2007 com o propósito de reduzir impactos ambientais e estudar a viabilidade técnica e econômica de instalação de biodigestores em propriedades rurais dedicadas à suinocultura para, com o gás metano produzido pela decomposição da matéria orgânica coletada, gerar eletricidade para consumo na própria instalação e para venda de excedentes à Copel Distribuição por meio da geração distribuída.
Fonte: http://www.camponews.com.br/noticia.asp?codigo=3152

referente a: iGoogle (ver no Google Sidewiki)

ELETRICIDADE GERADA POR BIODIGESTORES

BiodigestorUm sistema alternativo atrai a atenção de suinocultores paulistas e se transforma em forte aliado na geração de energia elétrica e redução do impacto ambiental: a produção de gás em biodigestores, o chamado biogás, formado a partir da decomposição das fezes dos animais em confinamento.

A economia gerada pela transformação do lixo orgânico em energia já conquistou nos últimos anos cerca de 1.000 produtores no Estado de São Paulo e outros 3.000 na região sul do Brasil, segundo estimativa da Embrapa Suínos e Aves. O barateamento dos custos de instalação contribui para que o produtor invista cada vez mais no projeto, criado na década de 1970 e depois aperfeiçoado.

O biodigestor oferece aos produtores de suínos a chance de se tornar auto-suficiente em geração de energia elétrica, que pode ser usada no aquecimento de leitões em creches, tratamento de água e até para suprir o próprio gerador da propriedade.

Além disso, o excedente pode ser vendido, gerando mais uma fonte de renda para a propriedade. O interesse também aumenta quando se leva em conta o barateamento da implantação (hoje um biodigestor custa, em média, R$ 25 mil) e o promissor mercado de créditos de carbono, certificados previstos no Protocolo de Kyoto.

Processo - Para a produção do biogás, o primeiro passo é a construção dos biodigestores, os reservatórios onde são processadas as fezes dos animais. Nesse tanque, os dejetos dissolvidos em água são decompostos por bactérias, que demoram de 24 a 28 dias para tratar o material. O processo gera o biogás (que é canalizado) e o biofertilizante, parte sólida restante no processo, que pode ser usada para adubar plantações.

"Os biodigestores são revestidos e isso diminui os riscos de infiltração dos resíduos nos lençóis freáticos dos aqüíferos", afirma Aírton Kunz, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves.

A criação em confinamento, segundo Kunz, é ideal para a transformação das fezes em energia. O pesquisador alerta, no entanto, que a técnica não elimina o problema ambiental. "O sistema não resolve o problema porque ainda é tecnologicamente limitado", explica.

A maior parte dos usuários de biodigestores são médios e grandes proprietários. Mas o biogás também pode ser alternativa viável para pequenos produtores. "O custo de implantação é 50% mais barato se comparado a outros sistemas de tratamento anaeróbio", diz Kunz. "Mas dependerá do que o produtor pretende implementar em termos de produção e a tecnologia utilizada", acrescenta.

Economia na conta de luz

A fazenda Água Branca, em Indaiatuba, é considerada modelo na utilização do sistema. Seu biodigestor, implantado há dois anos, recebe dejetos de 60 mil suínos. Os animais produzem diariamente 500 mil litros de dejetos, que vão para o reservatório instalado próximo ao local de confinamento.

Essa quantidade dejetos rende 450 metros cúbicos de adubo orgânico (biofertilizante) e 4.700 metros cúbicos de gás. O gás faz funcionar um gerador que fornece 100 KW/hora de energia elétrica, utilizada em atividades como o aquecimento de leitões nos galpões.

A fazenda não precisou investir no projeto. O custo de implantação foi bancado por uma empresa parceira. Mas ela já prevê retorno do negócio em cinco anos, uma vez que a utilização do biogás gera uma economia de pelo menos R$ 8 mil por mês.

O gerente de produção da fazenda Água Branca, Alessandro José de Morais, diz que a empresa pretende suprir toda a demanda de energia elétrica com o novo método. Ele destaca ainda o fator ambiental. "Hoje são 4.700 metros cúbicos de gás que deixam de ser lançados na atmosfera", afirma Morais, também responsável pela implantação do biodigestor.

Antes do sistema, os dejetos eram colocados em lagoas existentes na fazenda. Com isso, o metano resultante da fermentação era totalmente liberado na atmosfera. O gás é 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.

A Fazenda Água Limpa, em Uberlândia, também aproveita as feze

referente a: iGoogle (ver no Google Sidewiki)

14 de jun. de 2010

Resíduos orgânicos já podem ser reciclados por meio de tecnologia brasileira

(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil poderia economizar cerca de R$ 8 bilhões por ano se reciclasse todos os resíduos encaminhados aos lixões e aterros sanitários

A reciclagem gera hoje para o Brasil entre R$ 1,5 bilhões a R$ 3 bilhões anualmente, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Além dos benefícios econômicos, a atividade traz vantagens ambientais para o país. No entanto, hoje apenas 14% da população brasileira conta com o serviço de coleta seletiva e somente 3% dos resíduos sólidos urbanos são destinados à reciclagem.

“Muitos países têm buscado outras soluções para os resíduos orgânicos e, com orgulho, podemos afirmar que o Brasil também já tem uma solução para este tipo de resíduo: a Tecnologia Micro-ondas para beneficiamento de biomassa, em especial o lixo urbano, que considera os aspectos de eficiência energética, sustentabilidade, responsabilidade social e gestão de variáveis georreferenciadas, em sua aplicação”, explica Luciano Prozillo, Diretor da MicroAmbiental.

A MicroAmbiental fechou um acordo de cooperação tecnológica com a Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Escola Politécnica – LAPOL (Laboratório de Planejamento e Gestão de Sistemas Georreferenciados), tendo como objetivo o fortalecimento do processo de melhoria contínua e a integração com a indústria.

Segundo o Prof. Dr. Giorgio de Tomi, Coordenador do LAPOL, este modelo de cooperação acertado entre a MicroAmbiental e a USP já é bastante difundido em países com tradição em inovação, onde o investimento privado e a pesquisa aplicada das Universidades buscam desenvolver inovações que contribuam efetivamente para a sociedade. “Nosso objetivo é transformar o conceito referente ao lixo, ou seja, não o mostrando como um resíduo, mas sim como uma fonte de energia para a sociedade. Desta forma, conseguiremos gerar energia limpa e paralelamente oferecer uma solução sustentável para o lixo, com grande atratividade econômica”, explica.

Projetos em andamento

A MicroAmbiental já está com dois projetos em instalação no Brasil: Matozinhos, em Minas Gerais, e Irajá, no Rio de Janeiro. Segundo Prozillo, em Matozinhos até o final de maio 25% da obra estará concluída. “A 1ª fase é a implantação do aterro sanitário que se encerra no final de julho, e a 2ª fase consiste na construção da Unidade de Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos utilizando a tecnologia de Micro-ondas.”

O projeto do Rio de Janeiro está sendo implantado em parceria com o Governo do Estado, por meio das Secretárias de Meio Ambiente e Agricultura, estará localizado dentro do Ceasa e deverá produzir 10MW com até mil toneladas de lixo retiradas da central de abastecimento.

Processo

Um “Reator de Micro-ondas” age nos resíduos, transfere energia eletromagnética para o material, eliminando agentes patogênicos e grande parte da umidade residual. Esse processo é rápido e seu resultado, uma biomassa sem cheiro e sem contaminação, é transferida para uma Unidade Termogeradora que produzirá energia elétrica para o sistema.

O balanço energético é positivo: o sistema consome internamente apenas 15% do conteúdo energético, sendo assim totalmente autossustentável. O produto deste beneficiamento pode ser aproveitado para a geração de energia elétrica ou transformado em material combustível para aproveitamento em outros processos.

As Unidades são moduladas a partir de 50 toneladas de processamento de lixo por dia, dependendo da demanda do município ou empresa.

www.flotereschauff.com.br

 

8 de jun. de 2010

REDD - A Esperança verde

No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, conservação, manejo florestal e aumento de estoques de carbono) é um aspecto positivo e deveria assumir a prioridade das discussões.

Um dos poucos temas que obtiveram avanço expressivo na Conferência de Copenhague, o REDD+ é um instrumento para valorizar economicamente os benefícios das florestas para o equilíbrio do clima e representa a melhor oportunidade de conservação mundial de florestas tropicais, especialmente na Amazônia.

Sob a liderança da Noruega, países estão estabelecendo as bases para o financiamento a programas e iniciativas de REDD+, com recursos de US$ 3,5 bilhões para os próximos três anos.

A União Europeia e os EUA, por exemplo, amadurecem a legislação para incluir esses créditos nos mercados de carbono. É oportuno o debate sobre uma lei em trâmite no Congresso, que deverá criar a base para um Sistema Nacional de REDD+.

O projeto do deputado Lupércio Ramos é matéria de um substitutivo, de relatoria da deputada Rebecca Garcia, cujo processo de discussão é marcado pela transparência e objetividade.

É do interesse nacional que esse sistema baseie-se na redução do desmatamento. As florestas são essenciais para manter as chuvas, que alimentam a produção agropecuária, a geração de energia e o abastecimento de água nas cidades.

A redução requer a valorização econômica da floresta em pé, não apenas ações de policiamento ambiental.

O Sistema Nacional de REDD+ deve prever benefícios e responsabilidades para União, estados, municípios.

No Brasil, buscar a melhoria da qualidade de vida dos guardiões da floresta e promover a redução do desmatamento, remunerar os produtores rurais, funcionando como um indutor da regularização fundiária e do cumprimento do Código Florestal.

Programas e projetos de REDD+ devem contar com financiamento público e privado - ambos funcionando simultânea e complementarmente.

Deve prever salvaguardas para o respeito aos direitos de povos indígenas e populações tradicionais, repartição de benefícios para comunidades vizinhas, transparência e metodologia para o cálculo de carbono, entre outros.

A definição da legislação federal sobre REDD+ deve ser flexível e permitir uma regulamentação capaz de detalhar especificações, deixar margem para negociações internacionais que poderão ser ratificadas pelo Brasil e para o detalhamento de sistemas estaduais de acordo com as particularidades e circunstâncias de cada estado, além de definir a natureza jurídica do carbono florestal, permitindo a celebração de contratos juridicamente sólidos.

A construção desse marco legal no Brasil poderá constituir-se em referência para o avanço das negociações no âmbito da UNFCCC, que caminham de forma mais lenta do que a urgência das mudanças climáticas impõe.

Por tudo isso, os avanços são motivo de esperança para o futuro das florestas do Brasil e do planeta.

----------------------------------------------------------

Virgílio Viana é superintendente-geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS)

referente a: iGoogle (ver no Google Sidewiki)

3 de jun. de 2010

Comissão aprova política de pagamento por serviços ambientais

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou na quarta-feira (26) a criação da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, que vai oferecer dinheiro às pessoas que preservarem ou recuperarem o meio ambiente.

Pela proposta, serão remuneradas iniciativas de proteção ou renovação dos solos; manutenção da biodiversidade; controle das emissões de gases causadores do efeito estufa; manutenção do ciclo da água, entre outras. Os recursos dos programas serão arrecadados por um fundo específico, e o valor a ser pago pela preservação será definido por uma comissão multidisciplinar.

A proposta ainda define como prioridade o pagamento pelos serviços ambientais prestados em ecossistemas sob maior risco socioambiental, e determina que só pode participar do programa quem comprovar o uso ou ocupação regular do imóvel.

Substitutivo O texto aprovado é o substitutivo do deputado Fábio Souto (DEM-BA) ao Projeto de Lei 792/07, do deputado Anselmo de Jesus (PT-RO), incorporando ao texto original parte do PL 5487/09, do Executivo, com o objetivo de criar uma política mais abrangente.

“A ideia é que não basta apenas cobrar de quem polui ou degrada, é preciso destinar recursos a quem voluntariamente garante a oferta de serviços ambientais, dando caráter prático ao princípio do provedor-recebedor”, argumentou Fábio Souto, que destacou experiências nacionais e internacionais de pagamento por serviços ambientais.

Na avaliação do deputado Anselmo de Jesus, a opção por incorporar o projeto do Executivo baseia-se no fato de o texto do governo criar o fundo que vai financiar a política de pagamento por serviços ambientais. “Como o Executivo é a esfera política que tem poder para criar a fonte financiadora, é natural que ele tenha destaque”, disse o deputado. Segundo ele, a espinha dorsal do seu projeto está contemplado na proposta aprovada.

Consenso Para Anselmo de Jesus, a aprovação do texto na Comissão de Agricultura mostra que ruralistas e ambientalistas chegaram a um consenso sobre o pagamento de serviços ambientais.
28/05/2010 - Fonte: Agencia Camara
A proposta, segundo ele, atende aos interesses de ambientalistas e de produtores, pois vai acabar a posição desfavorável do agricultor que preserva comprometendo a renda da área produtiva. “Vamos acabar com as injustiças entre aquele agricultor que preserva a sua área e não gera renda familiar e os vizinhos que devastam e ganham mais dinheiro”, argumentou.

Tramitação A proposta ainda será examinada de forma conclusivaRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. Pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

referente a: iGoogle (ver no Google Sidewiki)

1 de jun. de 2010

TERRAMÉRICA - Nasce um mercado com o Mecanismo de Desenvolvimento Verde

Por Stephen Leahy*

O projeto de criar um Mecanismo de Desenvolvimento Verde para encarregar o mercado da preservação da biodiversidade recebe críticas como seu similar destinado a enfrentar a mudança climática.

Nairóbi, 31 de maio (Terramérica).- O setor privado poderia aportar muito dinheiro para frear a perda de biodiversidade, como faz com o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para mitigar a mudança climática. Mas a proposta, apresentada na capital do Quênia, provoca debate entre ambientalistas. Até 2020, o Mecanismo de Desenvolvimento Verde (MDV) poderá contar com cerca de US$ 5 bilhões anuais, que chegariam diretamente para os que realizam tarefas de conservação, disse Francis Vorhies, da Earth Mind, uma organização não governamental que aposta em “potencializar sinergias para a sustentabilidade”.

“É um enfoque baseado no mercado e projetado para movimentar dinheiro para a conservação. E muitos destes fundos também serão investidos em um bom desenvolvimento”, explicou Vorhies ao Terramérica. O MDV é impulsionado como uma tentativa de frear o corte de árvores e o desaparecimento de pântanos, por exemplo, afetados por suculentos projetos extrativistas e agropecuários. Por esta via, a comunidade, organização ou governo que desejar conservar uma floresta, um mangue, região costeira ou arrecife coralino criará um plano de uso sustentável pelo período de dez anos.

Após uma auditoria independente, é dado ao plano um certificado de “hectares de biodiversidade protegida” para ser colocado no mercado de capitais, segundo projeto apresentado na III Reunião do Grupo de Trabalho Especial de Composição Aberta sobre a Revisão da Implementação do Convênio sobre a Diversidade Biológica, realizada entre 24 e 28 de maio, em Nairóbi. Não se trata de proteger apenas áreas virgens, mas, literalmente, qualquer atividade que potencialize a biodiversidade, desde um estabelecimento pecuário sustentável até fazendas orgânicas, um aquário comunitário para a conservação de peixes que dependem dos corais, ou um projeto de edificação que preserve um mangue.

Os compradores poderão ser corporações que queiram cumprir sua responsabilidade social ou investidores individuais que desejam adquirir um hectare de floresta tropical ou arrecife coralino sabendo que serão adequadamente manejados e conservados, disse Vorhies. “Se as 500 principais empresas multinacionais se comprometessem com apenas a centésima parte de 1% de seus ganhos anuais, seriam gerados US$ 2,5 bilhões ao ano para a conservação”, acrescentou.

Essas especulações foram consideradas “ingênuas” por Simone Lovera, da não governamental Coalizão Mundial pelas Florestas, com sede em Assunção, Paraguai. Se houvesse semelhante interesse empresarial em conservar a natureza “não teria havido, em primeiro lugar, nenhum problema para financiar a biodiversidade”, disse a ativista ao Terramérica. A ativista afirmou que por si só já é problemático criar um sistema de financiamento para proteger a biodiversidade que seja similar ao MDL, previsto no Protocolo de Kyoto.

As soluções para enfrentar a mudança climática que se baseiam no mercado foram rechaçadas categoricamente por vários países latino-americanos e pela sociedade civil na Conferência Mundial dos Povos contra a Mudança Climática e pelos Direitos da Mãe Terra, que aconteceu entre 19 e 22 de abril na cidade boliviana de Cochabamba. Porém, a principal crítica de Lovera ao MDV se refere à evidente omissão de “toda referência aos direitos e às necessidades de povos indígenas, mulheres, agricultores ou comunidades locais”.

Vorhies respondeu aos questionamentos de Lovera dizendo que ela está totalmente equivocada, pois o MDV não trata apenas de conservação, mas também de compartilhar equitativamente os ganhos e um uso sustentável para e pelos povos nativos. “Queremos investir nos guardiões da paisagem para lhes dar recursos a fim de continuarem sendo guardiões”, assegurou. Onde há disput

referente a: Bem-vindo ao Windows Live (ver no Google Sidewiki)

Mercado do MDL cai 59% em 2009

O valor total do mercado primário do MDL caiu 59% para US$ 2,7 bilhões em 2009, com 211 milhões de toneladas contratadas no mercado primário do MDL (48% a menos do que no anterior e 62% a menos que em 2007), conclui o relatório ‘Estado e tendências do mercado de carbono 2010’ do Banco Mundial.

A expedição de RCEs caiu para 132 milhões de toneladas em 2009, 10% a menos que em 2008 e apenas 30 milhões de RCEs foram expedidas no primeiro trimestre de 2010. No total, 400 milhões de RCEs foram expedidas até agora, bem inferior aos 700 milhões previstos em 2007.

Porém, como tanto oferta como demanda foram atingidas de forma parecida pela crise econômica, a competição pelos melhores ativos segurou os preços para que não caíssem tanto quanto os volumes.

Pipeline

O tempo médio atualmente para que um projeto de MDL passe por todo o processo , chamado pipeline, e consiga a expedição das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) é de três anos.

Isto está acontecendo por diversas razões, entre elas a complexidade e ineficiências das regulamentações e gargalos na capacidade do Comitê Executivo em analisar os projetos.

Lex de Jonge chefe da unidade de MDL e ministro do Meio Ambiente da Holanda, alega que parte dos atrasos no registro e expedição das RCEs são causados pela “qualidade insuficiente” dos documentos de concepção dos projetos (PDDs) que resultam em uma demanda maior por revisões. Apesar de assumir que o Secretariado da UNFCCC está sobrecarregado por não possuir equipe suficiente. Atualmente o número de projetos submetidos a análise no MDL aumentou para mais de 600 pedidos ao ano.

"O sistema atual...nunca será capaz de dar conta de um volume de 1 mil a 2 mil submissões de projetos ao ano em um regime pós-2012", comenta de Jonge refletindo sobre a necessidade de reformulação.

Ele sugere novas abordagens, como linhas de base e análises de adicionalidade mais padronizadas, que segundo ele podem ser "mais eficientes se aplicadas em uma escala maior do que atual avaliação projeto por projeto exigida pelas regras de Quioto".

O número médio de projetos novos entrando no pipeline do MDL cresceu entre 2005 e 2008 alcançando 116. A partir de então o número começou a cair, declinando 10% até fevereiro de 2010.

Pós 2012

O relatório alega que ironicamente a crise econômica e os atrasos na expedição das RCEs, que prejudicaram este mercado baseado em projetos, no fim pode acabar sendo uma notícia positiva para a demanda pós 2012. Estes fatores levarão as indústrias a utilizar menos RCEs e ERUs do que o limite de 1.4 milhões de toneladas durante a segunda fase do EU ETS. Portanto, se os preços das compensações continuarem inferiores aos das EUAs, a restrita terceira fase em conjunto com a limitação do uso das compensações, devem incentivar as indústrias a exaurir os seus limites de importação de créditos e sustentar a demanda, explica o relatório.

Volume

Os volumes das RCEs caíram 48% para 211 milhões de toneladas contratadas no mercado primário do MDL, especialmente devido aos atrasos e incertezas futuras que levaram a um aumento de custos transacionais, reduzindo também os valores de mercado.

As projeções para a oferta de RCEs até 2012 variam entre 0,97 a 1,09 bilhões.

Atividades no mercado

Com a crise econômica, o número de instituições financeiras ativas no mercado decresceu e conseqüentemente a originação de projetos também diminui.

Além disso, os players que precisavam de RCEs e saíram da crise econômica relativamente bem, buscaram portfólios desvalorizados de possíveis intermediários e agregadores ainda em crise, ao invés de lidarem com as complexidades relacionas à originação de RCEs.
Com a expedição de menos RCEs do que o esperado para muitos projetos, os vendedores freqüentemente se viram em déficit na entrega dos volumes contratados e correndo o risco de ter que comprar créditos em outros locais.

Assim como as instituições financeiras retraíram os investimen

referente a: Bem-vindo ao Windows Live (ver no Google Sidewiki)

Secretária de MA do RJ garante fim dos lixões em três anos

Todos os lixões irregulares do Estado estarão definitivamente erradicados em três anos, conforme assegurou nesta quarta-feira, a secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos. A afirmação é respaldada pelos avanços obtidos na gestão de resíduos sólidos urbanos no Estado nos dois últimos anos, desde que o Governo estadual deu início ao Pacto pelo Saneamento.

O programa, que inclui a total remediação dos lixões, recebeu R$ 22,8 milhões em investimentos para sua execução inicial do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam) e da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

Atualmente, além dos aterros já funcionando em condições adequadas - como o de Teresópolis e o de Nova Iguaçu, esse último considerado modelo de gestão - quase todo o território estadual está coberto por consórcios entre municípios para instalação de aterros sanitários controlados. Cada parceria envolve e quatro a oito cidades. As administrações municipais que não se consorciaram - como é o caso de Friburgo e Macaé - decidiram por construir e administrar unidades próprias de tratamento do lixo urbano.

Os projetos estão em diferentes etapas: dois em construção, em Vassouras e em Paracambi. O aterro de Quissamã está em processo de licitação e outros seis - Saquarema, São Fidélis, Mangaratiba, Resende, Maricá e Vassouras - estão com projetos prontos e em fase de licenciamento ambiental.

Associado a isso, o Governo do Estado está investindo em melhorias no sistema de coleta, reciclagem e em educação ambiental. A secretária Marilene Ramos esteve em Lisboa há duas semanas onde assinou dois termos de cooperação técnica com a ministra Dulce Álvaro Pássaro, do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território da República portuguesa. O acordo, com duração prevista de cinco anos, tem por objetivo a troca de experiências e intercâmbio de informações, além de capacitação de pessoal.

Portugal tem um dos mais eficientes sistemas de gestão de resíduos, incluindo práticas como responsabilidade compartilhada e de pós-consumo, reciclagem multimaterial e logística reversa. A experiência portuguesa no setor de resíduos sólidos será útil ao Governo do Rio de Janeiro, que está elaborando o Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - Pegir/RJ e os Programas Lixão Zero e Recicla Rio.

Os aterros sanitários têm entre os condicionantes a exigência de instalação de sistemas de captação de gás metano, liberado pela decomposição para ser usado como fonte de energia e a organização de estruturas para reciclagem, com unidades de triagem de materiais, logística dos fluxos específicos de resíduos e unidades de compostagem da fração orgânica do lixo.

Incluem-se entre os projetos estaduais ainda uma série de atividades com os municípios como o desenvolvimento de um sistema de coleta seletiva nas escolas que já abrange 46 cidades. O objetivo é que a maior parte do lixo produzido seja separada pela população e tudo que for possível reciclar receba a devida destinação.

s aterros sanitários, necessários para manutenção do sistema, devem representar a última etapa para a destinação dos resíduos sólidos, depois de devidamente separada a fração orgânica (compostagem) e os recicláveis (unidades de triagem). O que não puder ser reciclado ou compostado será encaminhado às incineradoras para geração de energia.

A estimativa é de que o sistema alcance um nível próximo do ideal no médio prazo. Para atingir essa meta, a Secretaria do Ambiente promoveu nesta quarta-feira mais um seminário, desta vez internacional, no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, onde foram discutidas alternativas que indiquem soluções efetivas para a correta destinação do lixo urbano no Estado.

referente a: Bem-vindo ao Windows Live (ver no Google Sidewiki)