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17 de dez. de 2010

Dinheiro que dá em árvore

Acordos de Cancún ratificaram a insensibilidade às demandas sociais e o projeto do mercado como solução para as mudanças climáticas
Não bastam os diversos desastres ambientais registrados mundo afora. O documento elaborado em Cochabamba, Bolívia, durante a Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas, na qual estavam mais de 35 mil pessoas em abril deste ano, tampouco foi suficiente. Não bastaram os mais de 200 protestos realizados em 37 países no marco da jornada de lutas “Milhares de Cancún”. Também não bastaram as duas marchas puxadas pela Via Campesina e os três fóruns realizados – por distintas organizações sociais – paralelamente à Conferência do Clima da ONU (COP 16) em Cancún, México.
Nas palavras do equatoriano Luis Andrango, dirigente da Coordenadoria Latino-Americana de Organizações do Campo (Cloc), “a COP 16 discutiu só soluções de mercado para os efeitos da crise climática que criou e deixou nas mãos do povo, de novo, o dever de enfrentar as suas causas”.

Acordos
Por um lado, a constatação de Andrango se comprova por um não acordo. Nada foi definido na COP 16 sobre a renovação do Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Portanto, nenhuma meta juridicamente vinculante foi estabelecida sobre redução das emissões de gases de efeito estufa. O texto de Cancún prevê apenas o estabelecimento de metas voluntárias por parte dos países e, ainda, permite a elevação da temperatura global em 2°C, com previsões de revisão desse objetivo, entre 2013 e 2015, para 1,5°C.
Por outro lado, os acordos mais importantes tirados em Cancún estabelecem a operação de um Fundo Verde que deverá “mobilizar” 100 bilhões de dólares por ano, até 2020, para combater o aquecimento global em países pobres. O Banco Mundial será seu tesoureiro. Também foi aprovado o programa de Redução de Emissões procedentes do Desmatamento e Degradação (REDD), para financiar a “proteção” de florestas.
Diante do fracasso da COP 15, em Copenhague, Dinamarca, os acordos de Cancún foram celebrados pelo comitê organizador mexicano como uma vitória do multilateralismo e foram motivos de aplausos entusiasmados por parte de quase todas as delegações oficiais.

A voz da oposição
Coube à Bolívia – e, em menor intensidade, aos países da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) e às nações insulares – manter a posição firme pela definição de metas obrigatórias e contrária a mecanismos de mercado como solução. Em comunicado oficial, o governo boliviano considerou os acordos como uma “vitória vazia e falsa, imposta sem consenso e seu custo será medido em vidas humanas”.
Para a Bolívia, houve uma campanha deliberada, pós-COP 15, para reduzir as expectativas de um acordo realmente comprometido e, durante a COP 16, uma campanha para isolar o país. Em seu último pronunciamento na conferência, o embaixador da Bolívia na ONU (Organização das Nações Unidas), Pablo Sólon, exemplificou a manobra:
“As propostas de Cochabamba foram incorporadas ao texto de negociação, entretanto, o texto de Cancún excluiu sistematicamente essas vozes (...) Em termos de florestas, propomos um mecanismo para deter o desmatamento que não nos dirija a lançar um mercado de carbono (...). Mas, como se fosse mágica, só incluíram mercados, e os outros mecanismos não são mencionados. Não se menciona diretamente o mercado de carbono, mas apontam diretamente ao mercado, porque querem pôr preço nas árvores (...). Quando a Bolívia disse que não estava de acordo com o texto nas últimas horas da conversação, a objeção foi rechaçada.”
Por considerar que o acordo final violou o regulamento da ONU na aprovação de documentos, a Bolívia anunciou que recorrerá à Corte Internacional de Justiça de Haia para contestar as resoluções da COP 16.

Problemas nos acordos
Solón também criticou a forma como se desenhou o Fundo Verde, pois a gerência do Banco Mundial nunca foi um consenso e porque não se definiu a origem dos recursos. O embaixador defendeu que os países desenvolvidos arcassem integralmente com esse fundo, como forma de pagar sua dívida climática, e que se estabelecesse claramente percentuais, para evitar ou limitar, por exemplo, que os investimentos de empresas na compra de créditos de carbono representem parte considerável do Fundo Verde. Nesse sentido, a Bolívia solicitou que o verbo da expressão “mobilizar recursos” fosse substituído por “prover”, mas ela não foi atendida.
A tolerância em relação ao aumento da temperatura global em 2°C também foi criticada. “Para a Bolívia, isso significaria a desaparição de nossas montanhas com neve perene, tomando em conta que nos últimos 20 anos perdemos um terço delas. Segundo o próprio IPC [instituto de pesquisa da ONU], a elevação de 2°C só dá 50% de probabilidade de que não haja um impacto irreversível para a vida no planeta”, disse Solón.
A Bolívia também denunciou como descaso da COP 16 o fato de não haver uma menção sobre a criação de um Tribunal de Justiça Climática sobre os impactos das guerras nas mudanças climáticas e sobre o início de um processo oficial de debate da Declaração de Direitos da Mãe Terra.

REDD
De acordo com a pesquisadora Silvia Ribero, o REDD é o pior ponto desses acordos. A ideia do programa é compensar economicamente quem deixe de desmatar. “Por isso dizem ‘desmatamento evitado’: primeiro, há que se desmatar, para depois vender ou deixar de fazê-lo. O REDD premia como ‘desmatamento evitado’ até aqueles que deixam 10% da área original de pé”, explica Ribero.
A quantidade de carbono que se deixa de emitir ao se evitar as queimadas e os cortes se transformam em créditos por compensação de emissões de carbono, que podem ser vendidos a governos ou empresas dispostas a pagar por delegar a terceiros sua responsabilidade. Ao programa original, agregaram-se as versões REDD+ e REDD++ – ainda não sacramentadas pela ONU –, que incluem pagamentos por acrescentar capacidade de armazenar carbono e por conservação e manejo sustentável da floresta.
De acordo com a pesquisadora, no primeiro caso, se paga por colocar, no lugar da vegetação devastada, monocultivo de árvores, como o eucalipto, por exemplo, conhecido por danificar o ecossistema em que está localizado. No segundo, agentes externos dirão às comunidades o que se pode fazer ou não com seu território, de modo a garantir a capacidade de absorção de carbono. Estas, por sua vez, “assinarão ‘voluntariamente’ a alienação do manejo autônomo em troca de alguns ‘pesos’ [dinheiro]. Empresas altamente poluentes comprarão essa capacidade para seguir contaminando e ainda poderão revender seus créditos de carbono em um mercado secundário, onde se registra o maior volume monetário dos mercados de carbono. Ou seja, venda e revenda de, literalmente, ar puro”, concluiu.
Apesar das previsões de Ribero, a forma como se financiarão as ações de REDD ainda não foram definidas pela ONU. Estão em jogo a possibilidade de financiamento exclusivamente por meio de fundos públicos ou a permissão para participação do mercado de créditos de carbono. Entretanto, a COP 16 adiou essa decisão para o ano que vem. (Leia mais na edição 407 do Brasil de Fato, já nas bancas)

15 de dez. de 2010

CONCLUSÕES DAS NEGOCIAÇÕES DA COP 16 - CANCÚN

A segunda semana da COP foi um pouco menos movimentada do ponto de vista de side-events internacionais. Eles seguiram as tendências da primeira semana, especialmente os de finanças e agricultura. Os dois grandes destaques que tomaram conta do período foram as negociações ministeriais e os eventos que envolveram o Brasil.

Visão Geral das Negociações
Como é de praxe, a segunda semana de negociações foi liderada por chefes de Estado e ministros de diversos países. Dentro dessa nova estrutura, a importância de negociações bilaterais tornou-se mais evidente, sendo estas realizadas dentro do processo de transparência prometido pelos líderes da conferência. Para facilitar esses debates, foram selecionados dois países: a Inglaterra, como facilitadora das discussões da Ação Cooperativa de Longo Prazo (LCA), e o Brasil, para as discussões do Protocolo de Quioto (KP).
A escolhida para liderar a delegação brasileira e, logo, facilitar as discussões bilaterais, foi Izabella Teixeira, a nossa ministra do Meio Ambiente. Demonstrando conhecimento tanto técnico como político do conteúdo das negociações, sua atuação como facilitadora foi elogiada de forma unânime dentro da conferência. Foi ressaltado ainda o efeito positivo da interação da delegação brasileira com a China, Japão e Estados Unidos, alcançando uma evolução nos posicionamentos de cada país que foram refletidos no texto final da conferência.
Após uma semana de intensas negociações e crescentes expectativas, a conferência surpreendeu a todos com um acordo internacional. Relativamente denso, sua maior contribuição é dar novo fôlego às negociações, alcançando uma evolução considerável nas áreas de finanças climáticas e do tratamento da questão da redução de desmatamento.

No que se refere a finanças, o acordo cria o Green Climate Fund, com o objetivo de investir US$ 100 bilhões anuais até 2020. As principais características desse fundo são:

  • Foco na elaboração de projetos de adaptação e desenvolvimento de baixo carbono em países de menor desenvolvimento relativo.
  • Comitê de gestão composto por um grupo de 24 membros de países desenvolvidos, em desenvolvimento e de menor desenvolvimento relativo.
  • O gestor de ativos e trustee deste fundo será o Banco Mundial, posição a ser reavaliada após os primeiros três anos do fundo.
  • Um Comitê de Transição será responsável pela estruturação do fundo, contando com 40 membros de diferentes regiões do mundo. A América Latina contará com sete participantes.

A criação do fundo representa um grande avanço para a convenção. Porém, possui pouco efeito prático para o Brasil, uma vez que, dentro da descrição citada acima, não seriamos possíveis recipientes desse financiamento. Por outro lado, o País pode se posicionar como provedor de soluções e tecnologias a serem utilizadas para alcançar a adaptação e mitigação financiadas pelo fundo em outras nações.
Na questão de florestas, o acordo formaliza o chamado quadro de REDD+, que inclui as seguintes atividades em países em desenvolvimento:

  • Redução de emissões por desmatamento;
  • Redução de emissões por degradação de florestas;
  • Conservação de estoques de carbono;
  • Manejo sustentável de florestas;
  • Aumento de estoques florestais.

Desta forma, a convenção dá um importante passo para a criação de maiores diretrizes sobre REDD, tendo como um dos focos a conservação de estoques de carbono. Nenhum mecanismo é criado a partir deste acordo, o que é determinado é a necessidade de diretrizes nacionais focadas em desmatamento, especificamente:

  • Uma estratégia nacional de redução de desmatamento;
  • Um ou mais níveis de referência nacionais ou regionais;
  • Um sistema de monitoramento e reporte robusto ;
  • Um sistema que lide com a questão de salvaguardas.

Em outras palavras, o acordo começa a instituir uma base sólida para a criação de novos mecanismos para lidar com estoques de carbono em países em desenvolvimento. A questão de financiamento ainda permanece aberta, porém, o acordo ‘urge’ os países a apoiarem, por meio de canais multilaterais e bilaterais, o desenvolvimento de políticas e a implementação de ações nas atividades mencionadas, de acordo com as circunstâncias e capacidades nacionais.
Um aspecto final importante a ser reconhecido pelo acordo é a necessidade de metas mais ambiciosas para um futuro próximo. Embora esse reconhecimento seja importante, não existe indicação de como a busca por essas metas será desenvolvida. Os documentos acordados no final da conferência podem ser encontrados em sua versão final no site da UNFCCC http://unfccc.int/2860.php.
A vitória final também veio para o Protocolo de Quioto, que teve sua existência ameaçada diversas vezes durante a conferência. O acordo final do Protocolo reconhece que o processo de discussão deve continuar e alcançou também alguns consensos como:

  • O Ano base para as emissões do próximo período de compromisso será 1990;
  • Mecanismos de Flexibilização e de mercado serão utilizados para o alcance de metas;
  • O GWP continuará sendo utilizado como a métrica para projetos e metas.

Porém, muitos indicam como o maior sucesso da conferência o simples fato de que um processo multilateral alcançou um consenso. Isso dá esperança para as próximas negociações, indicando uma mudança de mindset de diversos países em prol de uma ação conjunta. A exceção que impede o acordo de ser considerado um consenso geral de todas as partes é a Bolívia. O país desde o início do ano vem bloqueando as negociações em diversos âmbitos, especialmente no que se refere a mecanismos de mercado.
Resta-nos continuar acompanhando os desenvolvimentos das próximas negociações pré COP-17, buscando constatar que essa mudança de mentalidade realmente se instaurou na UNFCCC.

 
Eventos Paralelos
Megaeventos

Um tema que foi abordado diversas vezes durante a conferência e que merece uma atenção especial são os eventos a serem sediados no Rio de Janeiro nos próximos anos. Dentre esses ‘megaeventos’ temos a Conferência Rio+20, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Os olhos estão certamente voltados para o Brasil e se espera que a sustentabilidade seja parte fundamental da organização de todos esses eventos.
Essas discussões foram lideradas pela prefeitura do Rio de Janeiro e contaram com o apoio de outras instituições como o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Carbono (ABEMC). A discussão sobre o legado a ser deixado por essas conferências envolveu diversas partes interessadas, tanto nacionais como internacionais. Tudo indica que a ambição do governo do Rio é grande, mas que ainda há muito a ser feito.
Existe uma grande demanda por sugestões de novos projetos a serem implementados nos próximos anos que visam ‘remodelar’ o Rio de Janeiro, tornando a sustentabilidade uma parte fundamental do dia a dia da cidade. Desenvolvedores de projetos estão sendo encorajados a apresentarem propostas a serem implementadas nos próximos anos.

 
Política Nacional de Mudanças Climáticas
Durante a segunda semana de negociações o Brasil esteve em evidência diversas vezes. Recebeu posição de destaque especialmente em uma das publicações mais importantes da conferência, a ECO, organizada por diversas ONGs. O País foi reconhecido por seus esforços na redução de desmatamento, sendo nosso novo recorde considerado um exemplo a ser seguido por outros países.
Dentro dessa discussão, surgiram rumores de que os planos setoriais da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) já estariam prontos e seriam logo revelados. Em um evento paralelo no Espaço Brasil, foi detalhado um desses planos, do setor de agricultura. O Plano ABC - Agricultura de Baixo Carbono conta com alguns pontos interessantes:

O papel da agricultura no combate a mudança do clima é significativo, a questão entrou para o debate e não deve mais sair. O foco está em agregar valor à atividade agrícola através da modernização e aumento de eficiência dos processos, com ações divididas como segue:

Ações de Mitigação
As ações de mitigação previstas pelo plano setorial focam em: capacitação; assistência técnica; estudos de mercado; evolução do sistema de financiamento e concessão de crédito; processo de certificação, visando incentivar melhores práticas; e pesquisa, assegurando a evolução tecnológica e monitoramento contínuo do processo.
Desenvolvimento de projetos ligados a: recuperação de pastagens; plantio direto; integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF); fixação biológica de nitrogênio; e tratamento de dejetos suínos, tema inserido mais recente na agenda do Plano ABC. Sempre que possível essas ações estarão atreladas às ações nacionais de mitigação (NAMAs).
No plano de safra 2010/2011, já estão previstos R$ 2 bilhões com taxa 5,5% a.a.; no longo prazo há ainda outras linhas (como PRODUSA/PROPFLORA/PRONAF) para financiar os projetos citados acima. Grande parte do foco do plano é aumentar a eficiência do setor e a produtividade de fazendas, visando aumentar a produção sem a expansão física.

Ações de adaptação
Parte das ações de adaptação segue o mesmo processo de evolução dos projetos de mitigação, iniciando com a capacitação, assistência técnica e evoluindo para o desenvolvimento de novas tecnologias para reduzir vulnerabilidade, pagamento por serviços ambientais (PAS), aumento de resiliência e a preservação de recursos hídricos. Segundo Branca Americana, do Ministério do Meio Ambiente, os recursos a fundo perdido do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) serão destinados para as ações de adaptação.

Conclusões Finais
Dentre as principais tendências identificadas temos:

  • A questão de biodiversidade se tornará cada vez mais conectada às mudanças climáticas. Biodiversidade e carbono serão complementares nas próximas negociações, criando novas oportunidades para o desenvolvimento de projetos e metodologias de valoração de ativos.
  • Financiamento se torna um tema cada vez mais exclusivo de fundos multilaterais e bilaterais. O avanço alcançado no Acordo de Cancún, um fundo focado em países pobres, leva-nos a acreditar que fluxos de financiamento climático para o Brasil partirão de iniciativas como as do Banco Mundial, BID, KfW e BNDES, e não de fundos conectados à convenção. 
  • Mecanismos de mercado, entre eles o MDL, continuarão sendo de grande importância no futuro climático. Porém, as reformas a serem realizadas dentro do MDL são grandes e devem ser realizadas o mais rápido possível. Novas possibilidades também dão espaço a novos projetos, como Programas de Atividades e a padronização de linhas de base.
  • Provisão de alimentos é uma questão central dentro dos eventos paralelos, sendo de especial interesse de ONGs e outras instituições multilaterais como a FAO. A questão climática e a segurança alimentar começam a formar elos mais explícitos, mas que devem ser desenvolvidos com maior detalhe em um futuro próximo. 
  • Para o setor de transportes, destaque para a solicitação da Conferência ao Conselho Executivo (EB) de trabalhar nas linhas de base padronizadas para os projetos do setor no MDL. Em termos de redução de emissões, não foi definido nada específico, a única conclusão é de que a Associação Internacional de Aviação Civil (ICAO) e a Organização Internacional Marítima (IMO) devem continuar relatando seus progressos à SBSTA.

 
Os pontos mencionados acima são resultado da leitura dos eventos ocorridos na COP 16 pela equipe da Keyassociados. Para maiores informações, entre em contato com a empresa. Para updates  sobre o tema, visite o Blog da equipe no Portal Exame: http://portalexame.abril.com.br/rede-de-blogs/termometro-global/
 
 

26 de out. de 2010

Prefeitura lança programa para reciclagem do óleo de cozinha

http://www.inteligenciaambiental.com.br/img/noticias/menor_8937.jpgO prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, lançou na manhã deste sábado no Mercadão Municipal o Recol (Programa de Coleta e Reciclagem de Óleos Residuais de Cozinha).

 

Com o programa, o objetivo do programa é dar uma destinação final, ambientalmente adequada, para o óleo de cozinha usado que é jogado na pia, no lixo, no vaso sanitário, nos ralos ou no solo e causa danos ao meio ambiente. De acordo com o prefeito, aumenta em 40% o tratamento da rede de esgoto quando nela é jogado o óleo de cozinha. “Nós queremos conscientizar a população para a preservação do meio ambiente. Isso é a modernidade, quem não acompanha está atrasado”, destacou o prefeito.

 

Para a implantação do programa, a prefeitura instalou ecopontos – tambores para a colocação do óleo de cozinha – em quatro locais da cidade: um Mercadão Municipal, na Feira Central, no bairro São Conrado e no Jardim Balsamo. De acordo com o secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo, só Mercadão produz diariamente 200 litros de óleo por dia.

 

Além destes quatro locais, a prefeitura está firmando parcerias com condomínios e restaurantes para que também destinem corretamente o óleo de cozinha. Projeto de lei de autoria do vereador Paulo Siufi, pretende transformar em obrigação a destinação correta desses resíduos. “Com essa lei, esses locais serão obrigados a destinar de forma ambientalmente correta esse óleo de cozinha”, afirmou Cristaldo.

 

Três empresas estão cadastradas pela prefeitura para fazer a coleta desses resíduos no ecopontos, condomínios e restaurantes. Com o reaproveitamento do óleo, pode ser feito graxa, biodiesel, sabão, biogás e até ração. “Nós estamos dando a destinação final para o óleo de cozinha”, explicou Elias Alves, representante da Kardol Indústria Química, que é uma das empresas que fará a coleta dos resíduos.

 

De acordo com o presidente da Associação do Mercadão Municipal, Ronald Kanashiro, a separação do óleo de cozinha utilizado para fritar pastel já é feito no Mercadão, mas “agora temos a certeza que terá uma destinação correta”.

 

Segundo o secretário da Semadur, Campo Grande é a primeira Capital a dar está destinação a este tipo de resíduo, e este programa é o primeiro entre as ações que a prefeitura irá fazer para a destinação correta do lixo urbano. “Nós vamos fazer o programa para a coleta de pilhas e baterias, para coleta de lâmpadas e lixo eletrônico. Nós queremos trazer a educação ambiental para a população de Campo Grande”, disse.

 

Fonte: Capital News- 25/10/2010

25 de out. de 2010

Projeto vai acabar com lixões e gerar energia

Projeto de engenheiro mecânico faz a coleta de resíduos sólidos, recicla-os e os transforma em carvão para gerar luz em termelétrica. Produção comercial deve começar em três meses

 

Um projeto inovador pode revolucionar o tratamento dos resíduos sólidos do país e acabar com os indesejáveis lixões, como o da Estrutural. Em uma usina em Unaí (MG), o lixo, além de ser reciclado, será usado para gerar energia. A tecnologia, 100% brasileira, mais precisamente sergipana, está sendo testada no município mineiro a 200 quilômetros da capital federal. A termelétrica tem capacidade de produzir 1 MW/h (megawatt/hora), o que, segundo o inventor do projeto, daria para levar luz a até 10 mil famílias. A expectativa é de que a produção comercial comece em três meses.

 

Antes de virar energia, o lixo é transformado em carvão vegetal. Todo o processo começa nas ruas de Unaí. Parte dos resíduos sólidos coletada é levada no caminhão até a usina. O lixo é despejado num silo, do jeito que foi retirado pelos lixeiros. Ele é transportado em uma esteira até o autoforno, onde é carbonizado a uma temperatura que pode chegar a 800ºC — tudo é mecanizado, sem contato manual.

 

Transformação

 

O lixo não entra em contato com o fogo, ficando isolado em um tanque de aço. Por isso, não há combustão durante o processo de carbonização. É possível carbonizar três toneladas de resíduos por hora. “O lixo não é queimado, é aquecido”, explica o inventor da usina, o engenheiro mecânico Railton Lima. Um destilador acoplado ao forno dá forma líquida ao gás que sai do lixo carbonizado. Do líquido, é possível extrair: óleo vegetal, alcatrão, lignina e água ácida. Todas essas substâncias podem ser aproveitadas pelo mercado — desde a indústria química à de cosméticos. O óleo vegetal, uma vez limpo, mais 10% de álcool, já é o biodiesel, que pode ser utilizado em automóveis.

 

Resíduos de origem animal e vegetal são desidratados e depois se desintegram para formar uma massa de carvão. Essa massa é compactada em toras, que servem de combustível para o próprio forno. O que não vira um novo produto dentro da usina, pode virar fora dela. É o caso de produtos de origem mineral. Objetos de vidro, ferro, lata, alumínio saem limpos e sem os rótulos de origem. Prontos para serem transformados em novos bens de consumo.

“Toda vez que eu venho aqui eu me emociono ao perceber o benefício que nós estamos dando ao meio ambiente. A grande vantagem é que tudo é feito a baixo custo”, afirma o investidor Mário Martins, 50 anos, dono da usina.

Energia
O lixo é transformado em carvão, que pode gerar energia. Uma termelétrica está sendo montada ao lado da usina de carbonização. Daqui a três meses, ela estará levando eletricidade a milhares de famílias do município de menos de 90 mil habitantes. Segundo Mário, a parceria já foi selada com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), responsável por fornecer luz ao município. “Faltam apenas alguns ajustes.”

 

Na termelétrica de Unaí, é preciso 350 quilos de carvão para produzir 1MW/h, enquanto em outras convencionais para gerar essa mesma energia seriam necessárias de 3,5 toneladas a 4 toneladas de carvão, de acordo com o idealizador do projeto, Railton Lima. O megawatt produzido será vendido a R$ 130, valor abaixo do praticado no mercado. “É a primeira tecnologia do mundo que pega 100% do lixo e transforma em energia térmica ou em outros produtos, sem nenhum desperdício e sem nenhum retorno ao meio ambiente”, garante.

 

A ideia inovadora e ambientalmente louvável despertou o interesse de outros empreendedores. O investidor Paulo Chiu Taniguchi, 55 anos, pretende estender o projeto, intitulado Natureza limpa, para a grande Belo Horizonte. “É uma iniciativa surpreendente”, elogia ele, que será o primeiro parceiro do paranaense Mário Martins.

 

Antes de começar a colher os louros do investimento, Mário enfrentou obstáculos financeiros e venceu a torcida do contra. Quatro anos se foram entre as fases de análise e desenvolvimento do projeto. “Alguns diziam que eu era doido, que iria perder tudo. Fui atrás de empréstimos em banco, patrocínio do governo, mas não acreditaram no projeto. Não desisti. Vendi imóveis e contei com a ajuda de dois amigos”, lembra. Passadas as dificuldades, o telefone de Mário não para de tocar. É gente o tempo todo oferecendo parcerias e querendo saber mais sobre a usina e a termelétrica.

 

Lixão da Estrutural

 

A maioria do lixo coletado no DF (80%) é conduzida diretamente para o Aterro do Jóquei , o Lixão da Estrutural, a apenas 15 quilômetros do Congresso Nacional. Todos os dias são levados para lá cerca de 2,5 mil toneladas de resíduos, segundo informações do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU). Tecnicamente chamado de Aterro Controlado, o Lixão da Estrutural é uma ameaça ambiental aos recursos hídricos, já escassos, do Distrito Federal. O depósito fica ao lado do Parque Nacional de Brasília, onde está localizada a barragem de Santa Maria, que abastece parte da população da capital federal. A desativação do Lixão da Estrutural depende da construção do Aterro Sanitário de Samambaia. A licitação do novo depósito de lixo, ambientalmente mais viável, no entanto, ainda não saiu.

 

 

CAMPANHA DE COLETA DO ÓLEO DE FRITURA USADO E AZEITE DE DENDÊ - COLETA NA BAHIA

O MAV coleta óleo proveniente de fritura usado e azeite de dendê e dá um destino ecologicamente correto.

O óleo de fritura e o azeite de dendê deve ser guardado em garrafas (PET), e entregues nos pontos de coletas.

O óleo reciclado poderá ser utilizado como matéria-prima na fabricação do biodiesel, detergente, e etc.

Fale conosco pelos fones: (75) 3491-1351ou 9173-3106 e informaremos o local mais próximo de você entregar sua coleta, e fornecemos gratuitamente coletores para condomínios, escolas, comércios, indústrias e eventos.

Pequenos atos podem fazer a diferença na preservação do Meio Ambiente. Faça a sua parte!

colabore com o projeto "ÁGUA VIVA",

Estamos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos. Fale conosco.

 

15 de out. de 2010

Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetal

Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetalOs ganhos do asfalto verde começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.[Imagem: Mike Krapfl/Iowa State University]

Ao estudar os efeitos da adição de óleo vegetal ao asfalto comum, um engenheiro norte-americano pode ter descoberto um asfalto verde, um possível substituto para o asfalto à base de petróleo.

O professor Christopher Williams, da Universidade do Estado de Iowa, estava testando composições capazes de aguentar melhor as intensas variações de temperatura a que os asfaltos estão sujeitos, sobretudo no Hemisfério Norte, com nevascas severas onde não nevava há anos, e verões que batem recordes de temperatura ano após ano.

Mas o resultado foi muito melhor do que o esperado - o asfalto não apenas assimila uma parcela maior de bio-óleo do que o esperado, como também sua qualidade aumenta muito, em condições de rodagem e em durabilidade.

Bioasfalto

Nasceu então o bioasfalto, cujos primeiros testes começaram a ser feitos neste mês. Os ganhos começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.

Como esses primeiros testes serão focados na durabilidade e na resistência às variações de temperatura, os pesquisadores escolheram uma ciclovia na própria universidade como laboratório.

O monitoramento sobre o bioasfalto será feito durante um ano, para cobrir todas as estações.

O professor Williams afirma que o bioasfalto permite que a mistura à base de petróleo seja substituída parcialmente por óleos derivados da biomassa de diversas plantas e árvores.

Pirólise rápida

O bio-óleo utilizado no bioasfalto é criado por um processo termoquímico chamado pirólise rápida, no qual talos de milho, resíduos de madeira ou outros tipos de biomassa são aquecidos rapidamente em um ambiente sem oxigênio.

O processo produz um óleo vegetal líquido que pode ser usado para a fabricação de combustíveis, produtos químicos e asfalto.

O processo gera ainda um produto sólido chamado biocarvão - um carvão vegetal - que pode ser usado para enriquecer os solos e para remover gases de efeito estufa da atmosfera.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/10/2010

Relatório da WWF diz que humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue oferecer

Perda, alteração e fragmentação de habitats, exploração de espécies selvagens, poluição e mudança do clima são as principais ameaças

RELATORIO_WWF

Nos últimos 40 anos, o consumo excessivo dos recursos naturais cresceu a um ritmo acelerado e hoje já consumimos 50% mais do que a capacidade de renovação do planeta, seja em ar limpo, água potável, terra ou recursos naturais e agrícolas. O resultado desse excesso é a perda da biodiversidade mundial, que chegou a 30% no período.

Os dados são da edição de 2010 do Relatório do Planeta Vivo, da Rede WWF, publicada mundialmente na quarta-feira (13/10). Produzido a cada dois anos, o levantamento mede a saúde de quase 8.000 populações de mais de 2.500
espécies.

A pegada ecológica, um dos indicadores da devastação ambiental utilizados no relatório, mostra que a demanda da humanidade por recursos naturais duplicou desde 1996 e, atualmente, utilizamos o equivalente a um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida. Se continuarmos a viver além da capacidade do planeta, aponta o relatório, até 2030 precisaremos de uma capacidade produtiva equivalente à exploração de dois planetas. 

Segundo o relatório, os ricos demandam mais recursos, mas a degradação e a conseqüente perda da biodiversidade são mais acentuadas nas regiões tropicais – como o Brasil –, que também são as mais pobres, onde houve uma queda de 60% das espécies de plantas e animais.

Segundo o relatório, nas regiões temperadas (e mais ricas), houve uma recuperação de 29% das espécies, graças, em parte, ao aumento dos esforços de conservação da natureza e a um melhor controle da poluição e do lixo.
 
“É alarmante o ritmo da perda de biodiversidade que se verifica nos países de baixa renda, em sua maioria situados  nos trópicos, enquanto o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado pelo consumo excessivo e elevadas emissões de carbono”, alerta Jim Leape, diretor geral da Rede WWF.

O documento aponta a perda, alteração e fragmentação de habitats, a exploração excessiva de espécies selvagens, a poluição e a mudança do clima como os principais fatores que ameaçam a biodiversidade.

CLIQUE AQUI E BAIXE GRATUITAMENTE O RELATORIO COMPLETO

Consumo desigual
O relatório reafirma um dado que já é conhecido: além de excessivo, o consumo é desigual. O excesso é predominante em nações mais ricas. Apenas os 32 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo das economias mais ricas e industrializadas do planeta – são responsáveis pelo consumo de 40% dos recursos disponíveis. 

Brasil, Rússia, índia e China não fazem parte da OCDE, mas, somados, têm o dobro dos habitantes dos países do grupo. E o relatório alerta que, mantido o atual modelo de desenvolvimento, os chamados países emergentes seguirão a mesma trajetória de degradação ambiental dos ricos.

“Seriam necessários quatro planetas e meio para atender a uma população mundial (6,8 bilhões de pessoas) com um estilo de vida equiparável ao de quem vive hoje nos Emirados Árabes ou nos Estados Unidos", alerta Leape.

Mudanças climáticas
Segundo o documento, devido ao aumento da geração e emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais, o planeta entrou em uma espécie de “cheque sem fundo” ecológico.

Nossa pegada de gás carbônico, principal causador do efeito estufa, aumentou em 35% nos últimos 20 anos e atualmente é responsável por mais da metade da pegada ecológica global.

Segundo o documento, os dez países com a maior pegada ecológica per capita são: Emirados Árabes Unidos, Catar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estônia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.  O Brasil ocupa a 56º posição neste ranking.

Mais uma vez, a maior pegada é a dos países de alta renda. Em média, a pegada desses países é cinco vezes maior do que a dos países de baixa renda. 

“As espécies são a base dos ecossistemas,” afirmou Jonathan Baillie, diretor do Programa de Conservação da Sociedade Zoológica de Londres, entidade que participou do levantamento.  “Ecossistemas saudáveis constituem as fundações de tudo o que nós temos – se perdemos isso, destruímos o sistema do qual depende a vida”, completou Baillie.

Brasil

O Brasil possui uma alta biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade –, mas isso não nos coloca em uma situação confortável.

“A redução da desigualdade com aumento do poder aquisitivo da população brasileira é uma conquista positiva. No entanto, também nos coloca frente a um grande desafio que é o de crescer sem esgotar nossos recursos naturais”, destaca a Secretária-Geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, o consumo das riquezas naturais é indispensável para a vida no planeta e é fator determinante do crescimento econômico. “O que precisamos é consumir menos e diferente. Ou seja, consumir de forma mais responsável, buscando um equilíbrio entre nossas necessidades e a capacidade da renovação da Terra”.

“O principal benefício do relatório é servir de ferramenta para os tomadores de decisão estimularem uma economia de baixo carbono, uma economia verde, criando novas oportunidades de crescimento para o país e protegendo os serviços ecossistêmicos que são a base de nosso desenvolvimento econômico”, afirma Hamú.

 

20 de ago. de 2010

MIT questiona modelos climáticos do IPCC

Morgan Bettex - MIT - 20/08/2010
MIT questiona modelos climáticos do IPCC
Os modelos do IPCC calculam que a Terra deveria estar mais quente do que está na realidade e atribui a diferença aos aerossóis, que resfriariam o planeta. Pesquisadores do MIT invertem o argumento e afirmam que eles aquecem.[Imagem: NASA]

Papel dos aerossóis

Novas pesquisas mostram que os aerossóis não apenas esfriam, mas também aquecem o planeta - uma descoberta que pode ofuscar a validade dos modelos de mudança climática.

Exatamente o quanto a Terra se tornará mais quente como resultado das emissões de gases de efeito de estufa - e o quanto ela se aqueceu desde os tempos pré-industriais - são alvos de debates intensos.

Em seu relatório de 2007, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) órgão formado pela ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar as mudanças climáticas, afirma que a temperatura da superfície do planeta subirá entre 1,8 e 4,0 graus Celsius até 2100, com uma melhor estimativa situando-se entre 1,1 e 6,4 graus, compreendendo os dois cenários avaliados.

Tendência para o aquecimento

No entanto, os modelos computadorizados do IPCC têm uma tendência de superestimar o aquecimento: se os modelos do IPCC estivessem corretos, hoje o planeta deveria ser mais quente do que é de fato.

O IPCC atribui a discrepância aos aerossóis - partículas microscópicas na atmosfera que são criadas tanto naturalmente (poeira soprada pelos ventos do deserto) como pela atividade humana (gotículas de líquido produzidos pela queima de combustíveis).

Como os aerossóis ajudam as gotículas das nuvens a se transformar em partículas de gelo, que refletem a luz solar de volta para o espaço, eles ajudam a esfriar a Terra e, possivelmente, reduzir o aquecimento causado pelas emissões.

Mas Richard Lindzen, professor de meteorologia do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, está entre aqueles que questionam a precisão dos modelos do IPCC, criticando sobretudo o argumento dos aerossóis.

Em um artigo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences, Lindzen e seu colega Choi Yong-Sang sugerem que os aerossóis não apenas refrigeram o sistema Terra-atmosfera - o sistema pelo qual a atmosfera e os oceanos interagem e afetam o clima global -, mas também aquecem esse sistema.

Problema dos aerossóis

Ao descrever os potenciais efeitos antagônicos dos aerossóis a pesquisa questiona os modelos do IPCC porque, se os aerossóis de fato aquecem o planeta, eles não podem ser usados como explicação para um pretenso resfriamento real em relação ao aquecimento que os modelos estipulam. Os modelos do IPCC dizem que a Terra deveria ser mais quente do que é na realidade hoje - a explicação, diz o IPCC, deve-se aos aerossóis, que esfriam o planeta. A pesquisa do MIT afirma que os aerossóis na verdade aquecem o planeta, o que deixa os modelos do IPCC com problemas em má situação.

"Os modelos climáticos atuais geralmente superestimam o aquecimento atual e assumem que o aquecimento excessivo é cancelado pelos aerossóis", dizem os pesquisadores em seu artigo. "[Nossa pesquisa] oferece um exemplo potencialmente importante de que o efeito secundário é de aquecimento, reduzindo assim a capacidade dos aerossóis para compensar o aquecimento excessivo nos modelos atuais." Ou seja, o grau em que os aerossóis podem compensar as superestimativas dos modelos de aquecimento permanece em aberto, sugere a pesquisa.

Thomas Stocker, copresidente do Grupo de Trabalho I do IPCC, que está examinando os aspectos científicos físicos do sistema climático e das alterações climáticas, não quis comentar o estudo, mas disse que a pesquisa de Lindzen e Choi é parte relevante do trabalho revisado pelos pares que o grupo irá avaliar no seu Quinto Relatório de Avaliação das mudanças climáticas, a ser publicado em 2013.

Aerossóis e a formação das nuvens

Em sua pesquisa, Lindzen e Choi analisaram dados sobre a formação das

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10 de ago. de 2010

Israelenses e palestinos vão fabricar turbinas de energia eólica

Uma empresa israelense e uma palestina anunciaram a intenção de fabricar conjuntamente turbinas eólicas para serem comercializadas na região da Cisjordânia. As duas empresas são a Israel Wind Power, sediada em Ramat Gan, perto de Tel Aviv, e a Brothers Engineering Group, que fica em Belém, na Cisjordânia.

“A cooperação entre empresas na área de energia eólica trará benefícios para todos. Ela poderá servir como uma ponte para a paz entre palestinos e israelenses”, diz Mohamed Salem, CEO da Brothers Engineering Group.

As duas empresas estão planejando cooperação em marketing, fabricação e instalação de turbinas eólicas de geração de eletricidade, numa escala de 50 kW, para alimentar fábricas, escritórios e residências.

Mais informações, clique aqui.

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Clima descontrolado

O clima planetário mostra perturbações graves enquanto as discussões políticas para adotar um acordo contra o aquecimento global navegam à deriva, alertam especialistas.

Bonn, Alemanha, 9 de agosto (Terramérica).- Calor incomum, inundações, secas e furacões cada vez mais frequentes e intensos. Já ouvimos estas notícias? Quando se estreitam as opções para negociar um pacto mundial contra a mudança climática, a Organização das Nações Unidas (ONU) insiste em assinalar a emergência de “condições extremas”. Um olhar sobre o clima global dá sinais dessas “condições extremas”.

Nos Andes sul-americanos, as nevadas deste inverno foram tão intensas que mataram centenas pessoas. Ao mesmo tempo, as geleiras peruanas e bolivianas derretem irremediavelmente. No Paquistão e em outras regiões da Ásia central, prolongadas chuvas torrenciais causaram inundações igualmente mortais. Em toda a Europa e na América do Norte, o verão deste ano assola com temperaturas elevadas, de mais de 35 graus, que se mantêm constantes.

Na Rússia, o prolongado calor, com jornadas de até 40 graus, junto com uma seca extrema, provocou, no final de julho e começo deste mês, incêndios gigantescos ao redor da capital e em outras seis regiões do país, obrigando o governo a declarar o estado de emergência. O calor, a seca e o fogo mataram cerca de duas mil pessoas, destruíram milhares de casas e aproximadamente dez milhões de hectares de plantações.

“O teto da casa da humanidade está queimando”, disse um ativista ambiental que participou em Bonn da terceira rodada de negociações preparatórias para a 16ª Conferência das Partes (COP-16) da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que acontecerá em novembro e dezembro no México. Nos corredores do gigante Hotel Maritim desta cidade alemã, onde aconteceu o encontro, de 2 a 6 deste mês, proliferam cartazes sobre os efeitos do aquecimento global.

Segundo a agência espacial norte-americana (Nasa), as altas temperaturas médias registradas entre março e junho no planeta fizeram história: foi o período mais quente dos últimos 130 anos. Além das catástrofes, o aquecimento global tem outras consequências desastrosas. Na Europa, governos e empresários temem que o calor e a seca causem enormes perdas agrícolas.

“A colheita de grãos e cereais deste ano vai diminuir cerca de 10%, ou 25 milhões de toneladas”, disse ao Terramérica um dos mais importantes comerciantes de produtos da Alemanha, Ludwig Höchstetter, diretor da BayWa. Estas perdas representam escassez de alimentos, alta de preços e insegurança alimentar.

A nova secretária-executiva da Convenção Marco, Christiana Figueres, recordou novamente aos governos dos países industrializados sua “responsabilidade este ano de dar o passo essencial na luta contra a mudança climática”. Na COP-16, que acontecerá no balneário mexicano de Cancún, os governos devem aprovar um acordo vinculante que regule a redução de emissões de gases-estufa responsáveis pelo aquecimento global a partir de 2012, quando expirar o primeiro período de obrigações do Protocolo de Kyoto.

“Precisamos estabilizar as emissões antes de 2030 e reduzi-las em 50% antes de 2050”, para limitar o aumento médio da temperatura global a dois graus em relação às medições da era pré-industrial, disse Christiana ao Terramérica. Contudo, o mundo enfrenta um paradoxo. De um lado, vai precisar atender a crescente demanda por energia, especialmente nos países em desenvolvimento. Por outro, deve evitar o aumento das emissões provocadas pela queima de combustíveis fósseis, como o petróleo.

Para gerar energia limpa e criar uma economia de baixa intensidade de carbono, a Secretaria da Convenção considera necessários investimentos de US$ 20 bilhões. Mais da metade desse dinheiro deveria favorecer os países em desenvolvimento. A quantia é relativamente baixa, comparada com o que custará a mitigação da mudança climática. “Para cada dólar investido

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Alter do chão: um aquífero de 84 quadrilhões de litros de água.

Há cerca de 50 anos se tem conhecimento da existência do Aquífero Alter do chão. No entanto, a partir da sua tese, o professor André Montenegro Duarte descobriu que este reservatório tem, aproximadamente, 84 quadrilhões de litros de água, duas vezes o volume do Aquífero Guarani, no sul do Brasil. Na entrevista que concedeu, por telefone, à IHU On-Line, Duarte aponta as diferenças entre esses dois reservatórios: “O Guarani está localizado numa região mais cristalina, uma área mais rochosa, por isso a água fica armazenada mais nas fraturas, embora lá também existam depósitos de água nos pacotes sedimentares. Já o Alter do Chão é todo sedimentar, ou seja, é uma área muito grande, onde a porosidade é muito maior e, consequentemente, o volume de água também”, explicou.

André também falou do conceito de valor do “não uso” que, segundo ele, deve ser aplicado na gestão da água do aquífero localizado sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. “Nós estamos fazendo alguns estudos que são uma tentativa de gestão e utilização dessa água de forma estacional e inteligente dando valor para a ideia de ‘não uso’”, analisou.

André Montenegro Duarte é graduado em Engenharia Civil Universidade Federal do Pará – UFPA. Na Universidad Politecnica de Valencia realizou o mestrado na área de Engenharia e, na UFPA, onde atualmente é professor, fez o doutorado em Geologia e Geoquímica, intitulado O Valor Econômico e Estratégico das Águas da Amazônia.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como se caracteriza o Aquífero Alter do chão?

André Montenegro Duarte – O Aquífero Alter do Chão é uma formação geológica no interior do solo que armazena a água nos poros ou nos vazios. São espaços nos quais, durante milhões de anos, foi armazenada água. Tem grande extensão territorial e abrange os estados do Pará, Amapá e do Amazonas.

IHU On-Line – Quais as diferenças entre este e o Aquífero Guarani?

André Montenegro Duarte – São bem diferentes. A principal diferença é o volume. O Alter do chão tem uma capacidade de armazenamento de água muito maior. O Guarani está localizado numa região mais cristalina, uma área mais rochosa, por isso a água fica armazenada mais nas fraturas, embora lá também existam depósitos de água nos pacotes sedimentares. Já o Alter do Chão é todo sedimentar, ou seja, é uma área muito grande, onde a porosidade é muito maior e, consequentemente, o volume de água também.

IHU On-Line – O Aquífero Alter do chão é conhecido há pelo menos 50 anos, mas não se sabiam sua extensão e seu volume de água, por exemplo. Que dados permitiram o senhor chegar a esses valores?

André Montenegro Duarte – Ele foi identificado na década de 1950 pelos poços de pesquisa de petróleo da Petrobras. Entretanto, não havia interesse econômico maior na exploração ou na codificação dessa água. A quantidade foi definida, ainda de maneira preliminar, pois existem alguns estudos complementares, de uns cinco anos para cá com os estudos que têm sido feitos aqui na universidade. Utilizamos dados cedidos pela Petrobrás e de outras pesquisas realizadas ao longo dos anos na região. A cidade de Manaus, por exemplo, é abastecida por este aquífero, assim como Santarém, outro município grande no oeste do Pará. Existem alguns poços perfurados operando e isso permite que tenhamos essas informações.

IHU On-Line – As obras que estão sendo projetadas para a Amazônia podem ameaçar o Aquífero Alter do chão?

André Montenegro Duarte – A água que está armazenada no Alter do Chão, com aproximadamente 84 quadrilhões de litros, duas vezes o volume do Aquífero Guarani, não será alterada por obras como uma barragem, hidrovia, pois está no subsolo. O que acontece em algumas obras com grandes áreas de desmatamento, é que provocam uma mudança no ciclo da água, que é o responsável pela recarga e manutenção do Aquífero ao longo desses milhões de anos. Em algum momento essa água será explorada, d

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RJ investirá no mínimo R$1,1 bi em Ciência e Tecnologia até dezembro, diz secretário

A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro deve terminar 2010 com um investimento acumulado em quatro anos de no mínimo R$1,1 bilhão em projetos de ciência, tecnologia e inovação, disse o secretário Alexandre Cardoso durante o evento de 30 anos de atuação da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) no final de março.
Faperj dobra o investimento do programa de apoio à inovação
Rio de Janeiro regulamenta política de inovação e meio ambiente

Cardoso, no entanto, disse que vai buscar recursos extras para poder elevar este investimento para um total de R$2 bilhões.

"Se os municípios inicialmente assistidos pelos programas de inovação e tecnologia para micro e pequenas empresas eram 12, no começo da atual gestão, e, hoje, passaram a ser 76, nossa meta é a de atingir todas as cidades fluminenses", afirmou Cardoso.

A Feira Faperj 30 anos, apresentou os resultados da sua atuação da fundação no fomento à C,T&I à sociedade científica fluminense.

Em sua fala, o secretário de Ciência e Tecnologia do estado, Alexandre Cardoso, destacou a importância aproximar as diversas instituições de pesquisa entre si e com as empresas e afirmou que o evento foi uma forma clara de mostrar onde estão sendo empregados os recursos do governo do estado.

Segundo o secretário, a regulamentação da lei de inovação no início de 2010 deve não só ajudar a expandir o sistema de fomento ciência e tecnologia, mas vai também abrir espaço para novas iniciativas.

"Temos que criar programas estaduais de C,T&I, criar um conselho de C,T&I, e tornar as empresas inovadoras", disse o secretário. "E a Faperj tem esse papel."

A decisão do governador Sérgio Cabral de repassar os 2% da arrecadação tributária liquida do estado para a fundação foi elogiada pelo secretário, pois, segundo ele, administração anteriores não repassavam o total exigido pela lei.

Marques, atribuiu os bons resultados atingidos pela Faperj à comunidade científica e tecnológica e aos recursos estaduais, que são oriundos da arrecadação tributária líquida, o que mudou a capacidade de fomento da instituição.

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Plano nacional de eficiência energética volta à pauta

Voltou à pauta do governo federal a discussão do Plano Nacional de Eficiência Energética. Segundo informação confirmada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) o plano vai sair ainda este ano.

Ufa! Já era tempo. A Revista Sustentabilidade tem falado sobre a iminência deste plano desde meados de 2007, quando surgimos.

Várias ideias já foram veiculadas, inclusive um leilão de eficiência energética pelo qual as empresas que reduzem o consumo podem vender o excedente.

Agora se fala em incentivo fiscal para eletroeletrônicos, pegando como base a experiência da isenção/redução de IPI implementada pelo governo no ano passado para enfrentar a crise financeira internacional.

A Empresas de Planejamento Energético (EPE), apesar de ter funcionários especializados, acredita que não haja uma necessidade de um plano, e sim apenas a inclusão de ações nos planejamentos energéticas decenais (PNDE). No PNDE do ano passado, abrangendo o período 2009 a 2018, foi projetada uma economia de 3% por meio de ganhos em eficiência energética.

Segundo matéria do Valor Econômico, o plano de eficiência energética, deve projetar 10% de economia até 2030. Ou seja, algo como 106TWh que deixarão de ser consumidos. Além disso, o plano estará alinhado com as metas de redução de emissão de gases efeito estufa no plano nacional de combate às mudanças climáticas.

Para a Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco) isto é pífio, um resultado que será conquistado apenas com a evolução natural da inovação dos equipamentos eletroeletrônicos, iluminação, informática, bens de capital e melhoria nas redes elétricas.

Os relatórios da EPE mostram que é isso mesmo.

Até agora, o governo brasileiro não tem ido além de algumas ações pontuais, descoordenadas, de eficiência energética sem levar em conta o potencial que um planejamento estratégico possa gerar.

No elenco destas ações estão o Procel, Procel Edifica, Programas de Eficiência Energética da Aneel, o Conpet e, principalmente, o 'apagão' de 2001-02, que reduziu, e muito, o consumo e mostrou o potencial dos incentivos.

Além de incentivos fiscais e o leilão de eficiência energética, o governo deveria pensar bem em geração distribuída, em descontos progressivos nas contas, em subsídios e financiamento subsidiado para estes programas, principalmente para projetos retrofit de edifícios e casas (de onde vem uma grande parte do desperdício de energia) e apoio para a inovação nesta área.

É muita coisa? Na verdade não, basta apenas pensar um pouco nos benfícios, pois o investimento em eficiência energética é sempre uma fração do investimento para construir novas usinas de geração. A UHE Belo Monte, com os seus 11 mil MW, vai custar R$19 bilhões, e vai levar cinco anos para ser construía, ou seja R43,8 bilhões por ano.

Imagina o que poderíamos economizar de energia se forem investidos o mesmo montante em programas de eficiência energética ou P,D&I dentro de um programa coordenado. Talvez nem precisaríamos de Belo Monte.

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Empresa quer lançar biocombustível de microalgas no Brasil até 2015

por Fernanda Dalla Costa — última modificação Jul 29, 2010 07:21 PM
tags: biocombustível de microalgas, Pesquisa & Desenvolvimento, inovação, tecnologia verde, pesquisa & desenvolvimento, ciência, tecnologia & inovação, biocombustíveis, Ministério da Ciência e da Tecnologia, ciência e tecnologia, biocombustível

A empresa Algae Biotecnologia anunciou que pretende lançar comercialmente no Brasil, dentro de 5 anos, um biocombustível a base microalgas, destinado ao mercado da aviação. O projeto piloto está sendo preparado para ter início em 2013.
>Cervejarias dos EUA apostam em combustível caseiro para destinar >Algas podem ser a chave para uma ultra-fina bateria biodegradáve >São Carlos, governo federal e Abimaq investem R$87 mi em centro

O anúncio foi feito no 1° Seminário Microalgas, que aconteceu recentemente em São Paulo, realizado pela própria Algae Biotecnologia, empresa que cultiva microalgas no Brasil. A Algae integra o Grupo Ecogeo, que inclui empresas de remediação ambiental, mercado de carbono e energias renováveis.

Ainda não existe um indústria de biocombustíveis a base de microalgas no Brasil e a Algae está reunindo conhecimentos e tecnologias para iniciar um projeto piloto dentro de três anos.

Segundo o engenheiro agrônomo Sérgio Goldemberg, gerente técnico da empresa, a expectativa é que o biocombustível esteja pronto para entrar no mercado em cinco anos.

As microalgas são microorganismos cultivados inicialmente em reatores onde são alimentadas por nutrientes e CO2 para que sua população dobre a cada dois dias. O resultado é uma grande quantidade de biomassa rica em óleo que pode ser extraído e transformado em biodiesel e bioquerosene para aviação.

Além de serem matéria-prima para a fabricação de biocombustíveis, esses microorganismos pode contribuir para a mitigação do efeito estufa, já que assimilam o CO2 da atmosfera por meio da fotossíntese e seu cultivo pode aproveitar os subprodutos de atividades agrícolas como substrato.

Atualmente, seis pessoas trabalham nos laboratórios da empresa, e em breve mais seis realizarão pesquisas no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos (CCA- UFSCar), buscando maneiras de integrar o cultivo de microalgas com usinas de açúcar e álcool.

“O cultivo de microalgas pode ser integrado a usinas de açúcar e álcool, com a utilização de subprodutos da produção do etanol, como a vinhaça. Esta integração permite a economia de insumos fósseis para a produção de biodiesel de microalgas”, destaca Reinaldo Bastos, professor do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de São Carlos.

A biomassa bruta originada nos cultivos de microalgas pode ser utilizada como substrato para biodigestores gerando biogás e biofertilizantes ou na alimentação animal, já que o material contém proteínas, explicou Sérgio Goldemberg, gerente técnico da Algae Biotecnologia.

Esses microorganismos também podem ser usados no tratamento de águas residuais de processos industriais, como a desintoxicação biológica e remoção de metais pesados.

“O cultivo de microalgas integrado às Estações de Tratamento de Efluentes ajuda na despoluição”, afirmou o pesquisador Paulo Vagner dos Santos, da Universidade de São Paulo (USP).

A Algae Biotecnologia nasceu em 2007 e participou do Programa New Ventures, do World Resources Institute em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas, que possibilitou a sua fusão ao Grupo EcoGeo.

Com a fusão, que aconteceu em 2009, a Algae Biotecnologia registrou um investimento de R$6 milhões, sendo que desse montante 20% foram recursos da própria empresa, 40% do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os outros 40% da Agência Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

1° Seminário Microalgas

O 1° Seminário Microalgas teve como propósito reunir pesquisadores e divulgar as possibilidades tecnológica

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RECICLAGEM - COLETA ÓLEO DE FRITURA E MINHOCAS NO DF - BRASIL

MINHOCASA [Lixo Orgânico / Sistemas]: SHIS QL 28 conj. 06 casa 02 CEP: 71665-265 - Lagao Sul / Brasília (DF) >< Tel. (61) 9966-8967 (61) 9966-8967

ATIVIDADES: O sistema Minhocasa de minhocultura é um sistema vivo balanceado, auto-regulável e sem mau cheiro projetado para ajudar as pessoas a reduzirem, reutilizarem e reciclarem o seu lixo orgânico no local aonde este é gerado. >< www.minhocasa.com

- : ECOLIMP [Óleo Vegetal]: Avenida Buriti Quadra 404 Lote 04 / Recanto das Emas (DF) >< Tel. (61) 3333-3591 (61) 3333-3591

www.ecolimpdf.com.br

ATIVIDADES: A Ecolimp faz a coleta e recicla o óleo vegetal usado. Trabalha na sua purificação e envia para setores da indústria que utilizam uma série de recursos e tecnologias para transformar resíduos em matéria prima.

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2 de ago. de 2010

Proprietários de terra de 92 municípios do Rio de Janeiro podem participar do Programa de Incentivo às RPPNs da Mata Atlântica

Oportunidades

No estado são 90 reservas apoiadas pelo Programa, que acaba de abrir inscrições para o IX edital.

O Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) da Mata Atlântica, coordenado pelas ONGs Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica e The Nature Conservancy (TNC), está com inscrições abertas para seu IX Edital de Projetos até o dia 31 de agosto (data da postagem no correio). Um total de R$ 350 mil será destinado ao apoio de criação de RPPNs e à elaboração de planos de manejo. Proprietários de terra de toda a Mata Atlântica e ONGs podem participar da seleção. A iniciativa visa contribuir para o aumento da área protegida da floresta, fortalecendo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, as RPPNs existentes e fomentando a criação de novas Reservas Particulares no Bioma.

Atualmente o Rio de Janeiro tem 97 RPPNs na Mata Atlântica apoiadas pelo Programa, sendo 90 em processo de criação e sete reservas apoiadas em gestão. “No IX Edital queremos colaborar com a criação de mais reservas no Rio de Janeiro, já que 80% do Bioma está em propriedades particulares. TaAmbém queremos colaborar com a gestão das RPPNs já existentes”, explica Mariana Machado, coordenadora do Programa.

O IX Edital conta com recursos do Bradesco Capitalização e do projeto Proteção da Mata Atlântica II, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), por meio do AFCoF II (sigla em inglês para Fundo de Conservação da Mata Atlântica), co-financiado pela Alemanha através de seu Banco de Desenvolvimento (KfW). “As RPPNs contribuem diretamente para o aumento da área protegida e são fundamentais para a conservação de espécies ameaçadas e de importantes trechos de Mata Atlântica, aumentando a conectividade da paisagem”, afirma Mariana Machado, coordenadora do Programa, que também conta com o patrocínio do Bradesco Cartões, da Fundação Toyota do Brasil e do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês).

O Brasil tem 930 reservas particulares que abrigam uma área de 670 mil hectares, sendo 67% delas na Mata Atlântica, protegendo 130 mil hectares. Até hoje o Programa de Incentivo às RPPNs já colaborou com a criação e gestão de mais de 450 reservas consolidando a proteção de 43 mil hectares no Bioma, entre as reservas apoiadas em criação no Rio de Janeiro estão a RPPN Estações 4x4, em Engenheiro Paulo Frontin; a RPPN dos Aymorés e a RPPN Sítio Peito de Pomba, em Macaé; a RPPN Madeleine Colaço, em Maricá; a RPPN Terra Verde, em Paracambi; a RPPN Dois Peões, em Resende e as RPPNs Chácara Bela Vista, Fazenda Glória e Fazenda Minas Gerais, em Santa Maria Madalena. A RPPN Fazenda São Benedito, em Rio Claro, elaborou seu plano de manejo com o apoio do Programa.

Neste edital, os projetos de criação receberão até R$ 10 mil por RPPN e as propostas para elaboração de plano de manejo até R$ 30 mil. Para ambos os casos, podem ser proponentes pessoas físicas ou jurídicas, que sejam os proprietários das áreas, assim como seus representantes (pesquisadores, técnicos, consultores, ONG, OSCIP, empresa etc.).

As Inscrições feitas por terceiros deverão apresentar cópia do instrumento de acordo formal entre as partes. As propriedades devem estar localizadas dentro dos limites da Mata Atlântica definidos pela legislação vigente, que hoje conta com mais de três mil municípios, em 17 estados.


As RPPNs possuem um papel fundamental na conservação da biodiversidade in situ. Essa importância é comprovada por um estudo elaborado recentemente pelo Programa com o objetivo de verificar o impacto e a contribuição que as RPPNs oferecem para a conservação das espécies da Mata Atlântica. Foram analisadas 127 reservas, de 88 municípios de todos os Estados do Bioma, totalizando uma área de 58 mil hectares. Entre elas 18 são do Rio de Janeiro, que possuem 17 estudos realizados. A pesquisa mostra

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29 de jul. de 2010

Basic acusa falta de compromisso de desenvolvidos contra mudança climática

Mudanças climáticas
Após fracasso da cúpula em Copenhague, ministros reunidos no Rio se mostraram realistas sobre acordo

RIO DE JANEIRO - Em reunião no Rio de Janeiro, os ministros do Meio Ambiente de Brasil, África do Sul, Índia e China, países que formam o grupo Basic, apontaram na última segunda-feira que a falta de compromisso das nações desenvolvidas é uma das causas do fracasso das negociações sobre as mudanças climáticas.

Após o fracasso da cúpula em Copenhague sobre aquecimento global, no final do ano passado, os ministros se mostraram realistas sobre as possibilidades de chegarem a um acordo para combater a mudança climática.

"Será difícil alcançar um acordo satisfatório para todos e a razão é a incapacidade dos países desenvolvidos de especificar seu compromisso econômico com os acordos ambientais", disse Jairam Ramesh, ministro do Meio Ambiente da Índia.

O ministro indiano afirmou que, dos US$ 30 bilhões prometidos pelos países desenvolvidos em Copenhague e que seriam destinados a ajudar os países mais pobres de forma imediata para combater os efeitos da mudança climática, apenas US$ 6 bilhões foram realmente desembolsados.

A IV Reunião Ministerial do Basic terminou na segunda no Rio de Janeiro sem um acordo para definir uma estratégia comum na redução da emissão de gases que agravam o efeito estufa.

Durante quatro dias, especialistas e negociadores dos quatro países debateram propostas para adotar uma atuação conjunta na luta contra o aquecimento global, mas admitiram que não avançaram o suficiente.

Os quatro representantes ressaltaram que as reuniões desses países "fazem parte de um processo" que ficará definido na próxima cúpula das Nações Unidas sobre a mudança climática, que acontecerá de 29 de novembro a 10 de dezembro, em Cancún, no México.

A equidade foi uma das principais questões tratadas pelos países do Basic, que defende a necessidade de tratar o problema do aquecimento global de uma perspectiva igualitária, que equipare os países desenvolvidos aos em desenvolvimento.

Nesse sentido, os quatro ministros concordaram em que os primeiros devem reforçar sua agenda ambiental para alcançar um acordo comum, sem obstaculizar o desenvolvimento dos países emergentes.

"Participaremos de um acordo internacional, mas não em um acordo que deixe de lado as expectativas de progresso dos países em vias de desenvolvimento", afirmou Ramesh, que disse que o acordo definido na cúpula em Cancún "não pode ser ditado por um determinado grupo de nações".

Por sua parte, a ministra do Meio Ambiente brasileira, Izabella Teixeira, disse que, apesar da falta de acordos específicos, a reunião no Rio representou "um avanço", pela participação de especialistas e negociadores na reunião.

"Avançamos em termos técnicos e foram definidas estratégias comuns", disse Teixeira, que acrescentou que o grupo de trabalho também tratou a questão das emissões de dióxido de carbono "com uma base científica".

Fonte: Estadão

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28 de jul. de 2010

Selos verdes e os seus desafios para mercados, consumidores e governos

Uma análise dos selos verdes mais bem-sucedidos em todo o mundo revela que eles vieram para ficar. E em muitos mercados, estão efetivamente se transformando em regra para fazer negócios, variável de competitividade para produtos e critério relevante para consumo responsável.

A expansão dos selos se deve a três fontes de pressão. A primeira emana dos próprios mercados e dos protocolos estabelecidos entre seus atores para definir as regras do jogo. Até há algum tempo, as regras eram, basicamente, de natureza comercial cobrindo as questões de custo, qualidade e entrega. Mas desde a década de 1990, com a consolidação de uma economia globalizada e, a partir deste novo século, com a intensificação do debate sobre impactos da produção ao meio ambiente e o crescente senso de urgência associado ás mudanças climáticas, os critérios socioambientais vem ganhando força como elemento novo, de natureza ética, na mesa de negociação.

Esse cenário decorre do sentimento crescente entre os agentes de mercado de que a escassez potencial de recursos, consequência dos limites do planeta – que, no período pós-Revolução Industrial e até os anos 1990 nunca foram devidamente reconhecidos e/ou valorizados– afetará os mercados a ponto de redesenhá-los em futuro já não mais tão longínquo. Os selos verdes refletem essa preocupação. E os seus critérios têm avançado conforme o ritmo de evolução da percepção pública a respeito dos impactos do atual modelo de produção e consumo ao planeta.

Quando os primeiros selos foram lançados, na década de 1940, eles se preocupavam em informar o consumidor sobre os efeitos do produto para a saúde e segurança. Evoluíram, a partir dos anos 1970, com a pressão dos movimentos ambientalistas, para discriminar os produtos com menor impacto geral para o meio ambiente. E a tendência hoje é enfatizar questões específicas, que interessam cada vez mais ao consumidor contemporâneo, como as pegadas de carbono e de água, os alimentos orgânicos, a presença ou não de transgênicos e o comércio justo.

Em movimento acelerado a partir dos anos 1990, a maioria das sociedades passou a querer de empresas mais do que fabricar produtos, pagar salários e gerar impostos. Houve uma importante mudança de atitude em relação ao seu papel. A empresa deixou de ser percebida como uma entidade meramente econômica para assumir também, como define Denis Donaire, autor de Gestão Ambiental na Empresa, uma “dimensão sociopolítica”. Segundo o autor, essa nova dimensão seria influenciada pelas seguintes sete novas variáveis: (1) aumento da influência de grupos sociais externos; (2) elevação do padrão ético exigido para a atuação empresarial; (3) mudança importante nos valores e ideologias sociais; (4) fortalecimento dos sindicatos e associações de classe; (5) intervenção crescente do Estado na economia; (6) aumento na velocidade de transmissão de informações e da importância das comunicações; e (7) atuação em um ambiente globalizado.

Atuando em um cenário extremamente mais complexo, com mais focos possíveis de tensão, as empresas reagiram ás demandas socioambientais primeiro com indiferença, tratando a nova lógica como algo dissociado do negócio (externalidades) e, portanto, responsabilidade de terceiros (governos); depois com um comportamento defensivo, baseado na ideia de assumir os “custos” da redução de impactos ambientais menos por convicção e mais para minimizar os riscos perceptíveis (de imagem e reputação e de ambiente para operar e fazer negócios); e mais recentemente, caso específico das companhias líderes, com uma atitude pró-ativa, escorada no propósito de tratar a questão socioambiental como um campo de oportunidades de inovação, de antecipar-se ás tendências e de obter vantagens de negócio comparativas.

Não por outra razão, um dos argumentos de defesa dos selos verdes tem sido, por parte dos agentes de mercado, o de que eles representam um diferencial competitivo para o produto e, port

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25 de jul. de 2010

Resende, no estado do Rio de Janeiro, tem tudo para dar certo

Resende é um município que reúne todas as condições para conciliar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente. Possui legislação própria, órgão gestor (Agência do Meio Ambiente - Amar), conselho municipal, fundo municipal, equipe técnica e de fiscalização. Realiza licenciamento ambiental, em convênio com o órgão estadual – Inea, mas mesmo antes do convênio já exercitava sua competência institucional. Sua Guarda Municipal tem um Grupamento Ambiental especializado, experiente, com atribuição legal para apoiar a Amar e a sociedade no controle das infrações ambientais. O horto, batizado de Oficina de Florestas, pode produzir dezenas de milhares de mudas de árvores anualmente. Funcionários públicos municipais qualificados atuam em todos os setores. Educadores competentes e comprometidos integram a rede de ensino, municipal e estadual, e se articulam através do Crear - Centro de Referência em Educação Ambiental.

 

Ao longo das últimas décadas iniciativas pioneiras projetam o município além de suas fronteiras, com destaque para: a luta pela recuperação do Rio Paraíba do Sul, bem representada pela sede da Agevap nas dependências da Associação Educacional Dom Bosco - AEDB; o projeto de Ecodesenvolvimento do Maciço do Itatiaia; a criação de uma das primeiras Áreas de Proteção Ambiental (APA) municipais do Brasil, na Serrinha, com Plano Diretor, Conselho, Plano de Gestão e sede do Grupamento Ambiental da Guarda Municipal; criação de legislação específica para a porção de seu território abrangido pela APA Federal da Serra da Mantiqueira, região de Visconde de Mauá, que também conta com um conselho gestor representativo. Some-se ainda a presença do primeiro parque nacional do País, criado em 1937 e ampliado em 1982, compartilhado com os municípios de Itatiaia e Itamonte, que impõe possibilidades, méritos e responsabilidades adicionais.

 

Todo esse contexto histórico e institucional tem sua densidade reforçada pela diversidade social, cultural e geográfica de Resende. Planície, morros, montanhas, campo, cidade, floresta, um rio majestoso e dezenas de rios encachoeirados; indústria, comércio, turismo e agricultura; mineiros, cariocas, paulistas, alternativos, funcionários e executivos de grandes empresas.

 

As boas condições existentes permitem a plena continuidade e até o aprimoramento dos bons resultados, revertendo, por consequência, na manutenção de uma posição de destaque no que se refere à gestão ambiental. Mas a necessária continuidade e aprimoramento não é inercial. Não é automática. A complexidade e a visão sistêmica devem nortear cada passo na busca da evolução para uma sociedade sustentável. Para isso, cabe aos gestores públicos honrarem a história e as condições existentes; defenderem com firmeza o interesse público em todo momento; promoverem entendimento e respeito entre os diversos setores da sociedade; fortalecerem órgãos colegiados; valorizarem as instâncias de controle social; e, sobretudo, mediarem os processos de participação e decisão a fim de, todos juntos, construirmos um futuro de justiça, digno de ser esperado embora não nos pertença, mas pelo qual somos responsáveis e protagonistas.

 

Fonte: Ambiente Regional Agulhas Negras

 

21 de jul. de 2010

Crédito de carbono: mercado em alta

Economia Verde

Por Júlio Santos, da Agência Ambiente Energia - O Conselho Executivo das Organizações das Nações Unidas (ONU) totalizou, no mês de maio, 2.171 projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), resultado que gera, por ano, 357 milhões em créditos de carbono. Segundo informações do Unep Risoe Centre, de 1º de maio deste ano, a China continua na liderança, como 820 registros, seguida da Índia (502), Brasil (171) e Mèxico (120).

Ainda de acordo com o Unep, estes quatro países respondem por 74% dos projetos de MDL, gerando cerca de 285 mihões de RCEs (Reduções Certificadas de Emissões), por ano. O país asiático fica com 60% das RCEs. Na soma de projetos em validação, em processo de registro e registrados, a China chegou à marca de 2.055 projeto, vindo depois a Índia (1.280), o Brasil (352) e o México (166).

O setor energético está na frente em números de projetos brasileiros registrados, com 86. A atividade de redução de gás metano tem 69 projetos, subdivididos em suinocultura (41), aterro sanitário (26) e emissões fugitivas (2). Segundo o boletim, 49% dos projetos de MDL do Brasil estão na região Sudeste, com São Paulo na liderança.

Em termos percentuais, a distribuição mostra que o segmento de energia renovável representa 51,4%, vindo depois a atividade de redução de CH4 (40,4%), redução de HFCs, PFCs e N2O (4,1%), substituição de combustível fóssil (2,9%) e eficiência energética (1,2%).

Veja a íntegra do Boletim do Escritório do Carbono, edição nº 19, de maio de 2010

referente a: .::CNDA::. Conselho Nacional de Defesa Ambiental - Certificações Ambientais (ver no Google Sidewiki)

29 de jun. de 2010

Copel fecha contrato inédito de compra de energia por biodigestão

São seis contratos que totalizam potência de até 524 quilowatts

A Copel (Companhia Paranaense de Energia) comunicou hoje que firmou em 3 de fevereiro os primeiros contratos no setor elétrico brasileiro para compra de energia produzida a partir da biodigestão de resíduos orgânicos. São seis contratos que totalizam potência de até 524 quilowatts (kW), energia suficiente para atender uma centena de moradias de padrão médio, que será fornecida por quatro produtores: Sanepar, Cooperativa Lar, Granja Colombari e Star Milk. Os contratos têm vigência até o fim de 2012.

A iniciativa tem respaldo em autorização concedida no fim de julho de 2008 pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), como resultado de testes bem sucedidos feitos pela Copel em parceria com a Itaipu. Os ensaios e experiências tiveram início em 2007 com o propósito de reduzir impactos ambientais e estudar a viabilidade técnica e econômica de instalação de biodigestores em propriedades rurais dedicadas à suinocultura para, com o gás metano produzido pela decomposição da matéria orgânica coletada, gerar eletricidade para consumo na própria instalação e para venda de excedentes à Copel Distribuição por meio da geração distribuída.
Fonte: http://www.camponews.com.br/noticia.asp?codigo=3152

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