Seguidores

18 de jun. de 2011

CENTRAL QUE SUBSTITUIRÁ LIXÕES NA BAIXADA TERÁ TRABALHO DE 100 CATADORES

CENTRAL QUE SUBSTITUIRÁ LIXÕES NA BAIXADA TERÁ TRABALHO DE 100 CATADORES

RIO - A Caixa Econômica Federal vai financiar, com cerca de R$ 400 milhões, a Central de Tratamento de Resíduos Santa Rosa (CTR) de Seropédica, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O projeto prevê o encerramento dos lixões de Seropédica e Itaguaí e a implantação de um programa de assistência para cerca de 100 catadores da região.

As negociações para a concessão do financiamento estão em fase conclusiva, disse à Agência Brasil a gerente de Clientes e Negócios da Caixa, Denise Seabra.

A CTR de Seropédica começou a funcionar em abril deste ano. A unidade é uma concessão da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) à Ciclus, empresa responsável por sua operação. Além dos resíduos do Rio de Janeiro, a central receberá o lixo dos municípios de Itaguaí e Seropédica, transformando o biogás, que é um dos principais poluentes gerados pela decomposição do lixo, em ativo econômico.

Para fazer o monitoramento do empreendimento, a Caixa desenvolveu um conjunto de diretrizes sociais e ambientais que vai aplicar em todos os projetos de aterros sanitários e de crédito de carbono que financia. “Sob esse escopo, uma das questões que a gente tinha que desenvolver era o plano para os catadores”, disse Denise Seabra. Com isso, foi criado o Plano de Inserção Social de Catadores (Pisca), fruto de parceria com o Banco Mundial (Bird). A organização multilateral está transferindo a sua experiência de atuação no mercado de carbono à Caixa.

A Caixa está negociando com a Ciclus a comercialização dos créditos de carbono que forem gerados pela central de resíduos. Monitorado pela Caixa e pelo Bird, o projeto deverá ser replicado em outras regiões brasileiras.

 

16 de jun. de 2011

COMISSÃO APROVA SISTEMA NACIONAL DE REDD

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 195/11, da deputada Rebecca Garcia (PP-AM), que institui o sistema nacional de redução de emissões por desmatamento e degradação, conservação, manejo florestal sustentável, manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal (REDD+).

 

O relator, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), foi favorável à proposta, com emendas.  “O desmatamento e as queimadas respondem por mais de metade do total de emissões brasileiras de gases de efeito estufa, cifra que sobe para cerca de 3/4 quando se considera apenas o gás carbônico”, explicou.  Segundo ele, o sistema ajudará a conter a perda das florestas e contribuirá para reduzir o impacto da mudança do clima.

 

Na prática, o sistema REDD+ vai criar uma espécie de mercado de carbono interno, que pode gerar créditos para a obtenção de financiamentos, ou gerar certificados para serem usados na compensação de emissões de gases de efeito estufa no território nacional ou em outros países.

 

Além da redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal, a proposta tem como objetivo a conservação da biodiversidade; a manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal; a valoração dos produtos e serviços ambientais relacionados ao carbono florestal; e o reconhecimento e repartição dos benefícios decorrentes da implementação do sistema.

Áreas florestais A proposta considera como possíveis beneficiadas pelas políticas, programas e projetos de REDD+, individual ou conjuntamente, áreas florestais em:

- terras indígenas;

- unidades de conservação legalmente instituídas no âmbito dos sistemas nacional, estaduais ou municipais de unidades de conservação;

- áreas legitimamente ocupadas por populações tradicionais, no interior ou fora de unidades de conservação e outras áreas públicas;

- territórios quilombolas;

- assentamentos rurais da reforma agrária;

- propriedades privadas.

- outros imóveis de domínio da União, de estados ou de municípios.

Entre as propriedades privadas, o texto original incluía as áreas de reserva legal, preservação permanente (APPs) e servidão florestal, previstas na Lei 4.771/65, e de servidão ambiental, de que trata a Lei 6.938/981. Porém, emenda do relator estabelece que regulamento irá dispor sobre a inclusão dessas áreas.

Instrumentos


Outra emenda acrescenta, aos instrumentos previstos para a implementação do sistema REDD +, os planos nacional e estaduais de recursos hídricos; e o zoneamento ecológico-econômico.  Outros instrumentos previstos são o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187/09); e os planos nacionais ou por bioma de prevenção e controle do desmatamento e de controle e prevenção de queimadas e incêndios florestais, assim como os planos estaduais e outras políticas e programas desenvolvidos com a mesma finalidade, em âmbito federal, estadual e municipal.

Financiamento


O sistema REDD+ poderá ser financiado por fundos nacionais como o de Mudança do Clima; o da Amazônia; o do Meio Ambiente; e de Desenvolvimento Florestal.  Os recursos também podem ser provenientes de acordos bilaterais ou multilaterais sobre clima; acordos decorrentes de ajustes, contratos de gestão e convênios celebrados com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual ou municipal; doações; comercialização de créditos de carbono e, ainda, verbas do Orçamento da União ou privadas.

Tramitação

A proposta, de caráter conclusivo, seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

14 de jun. de 2011

UE ESTUDA ESTENDER SOZINHA O PROTOCOLO DE QUIOTO

Universidad Privada del Norte: La importancia de la Marca Personal e Institucional

Descrição: Descrição: http://limanorte.files.wordpress.com/2011/06/upn_ines_temple.jpg?w=400&h=228#038;h=228
- Profesionales deben aplicar nuevas estrategias para garantizar empleo
- Frente al bajo nivel de crecimiento del empleo, una forma de asegurar su permanencia en el mercado es crear su marca personal con nuevos valores agregados. -
Leer más de este artículo

UE ESTUDA ESTENDER SOZINHA O PROTOCOLO DE QUIOTO

Pela primeira vez o bloco estaria considerando dar continuidade ao tratado, que termina em dezembro de 2012, mesmo sem a participação dos Estados Unidos e com o abandono de outros países desenvolvidos, como Japão e Canadá - Leia mais

 

LANÇAMENTO DO COMITÊ NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO DA RIO+20

 

Brasília, 09 jun (RV) - Lançado, nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, o Comitê Nacional de Organização da Conferência das Nações Unidas “Rio+20”, encontro de líderes mundiais a ser realizado durante a Semana do Meio Ambiente, em junho de 2012, no Rio de Janeiro. O lançamento contou com a presença da Presidente da República, Dilma Rousseff, e do Subsecretário Geral para Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), Sha Zukang.

7 de jun. de 2011

COLETA SELETIVA É FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL NO BRASIL" - AGÊNCIA USP

A coleta seletiva de materiais recicláveis pode ser, além de uma solução ambiental para reduzir os resíduos produzidos e dispostos em aterros sanitários nas cidades, uma eficaz ferramenta de inclusão social, de acordo com a tese de doutorado de Gina Rizpah Besen da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. A pesquisa da psicóloga e consultora socioambiental avalia as parcerias de municípios com organizações de catadores como uma forma de resolver problemas ambientais e sociais das cidades brasileiras.

Atualmente, apenas 18% dos municípios brasileiros realizam a coleta seletiva, sendo que 66% deles a praticam em parceria com organizações de catadores, mesmo que de forma não remunerada. O estudo de Gina desenvolveu 14 indicadores de sustentabilidade para avaliar a gestão sustentável da coleta seletiva das prefeituras em parceria com organizações de catadores e 21 indicadores para avaliar a gestão sustentável das organizações de catadores.

Entre os indicadores de gestão das prefeituras estão fatores como sustentabilidade econômica, taxas de cobertura de coleta seletiva, parcerias e taxa de recuperação de materiais recicláveis. Já a avaliação de gestão das organizações de catadores estão componentes como atendimento e adesão da população, condições de trabalho, inclusão de catadores avulsos, auto financiamento, entre outros.

O método de construção dos indicadores foi participativo. Realizou duas rodadas de questionários por meio da técnica Delphi – com especialistas – intercaladas e complementadas por oficinas regionais e específicas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte. Para dinamizar e simplificar os dados obtidos foram elaborados dois “Radares de Sustentabilidade” que indicam visualmente o grau de sustentabilidade da coleta seletiva e das organizações de catadores.

 

Descrição: http://www.usp.br/agen/wp-content/uploads/Radar.gif

Radar de sustentabilidade para os municípios, com dados provenientes da avaliação dos indicadores


Segundo Gina esses instrumentos possibilitarão planejar e monitorar a prestação de serviço da coleta seletiva.“A coleta seletiva pode melhorar indiretamente a qualidade de vida da população e diretamente a dos catadores”, afirma. Atualmente, os indicadores de sustentabilidade desenvolvidos já estão sendo aplicados em municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Para conhecer melhor a evolução da coleta seletiva também foi realizada uma pesquisa nos 39 municípios da região metropolitana de São Paulo. De acordo com o estudo houve aumento da quantidade de municípios com coleta seletiva e de organizações de catadores no período entre 2004 e 2010. Enquanto em 2004, 23 municípios tinham coleta seletiva, 19 deles em parceria com catadores organizados em associações / cooperativas, em 2010, passou para 29 municípios com coleta seletiva dos quais 28 com catadores. Outros seis municípios possuem projetos de implantação em parceria com catadores em 2011.

“Mesmo com a crise global de 2008 que provocou a queda dos preços dos materiais recicláveis e levou diversas cooperativas nacionais à falência, o setor continua crescendo principalmente devido aos investimentos do governo federal”, verificou a pesquisadora. Nos últimos sete anos, o governo federal vem investindo em infraestrutura e na capacitação de organizações de catadores, juntamente com a criação do Movimento Nacional dos Catadores, o que contribuiu para o crescimento da coleta seletiva no país.

Outro fator que contribui para o crescimento do setor, segundo a pesquisadora, é a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). “Por meio desta medida podem ser criados mecanismos para incrementar a coleta seletiva, e a remuneração das organizações de catadores pela prestação de serviço”, diz.