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26 de out. de 2010

Prefeitura lança programa para reciclagem do óleo de cozinha

http://www.inteligenciaambiental.com.br/img/noticias/menor_8937.jpgO prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, lançou na manhã deste sábado no Mercadão Municipal o Recol (Programa de Coleta e Reciclagem de Óleos Residuais de Cozinha).

 

Com o programa, o objetivo do programa é dar uma destinação final, ambientalmente adequada, para o óleo de cozinha usado que é jogado na pia, no lixo, no vaso sanitário, nos ralos ou no solo e causa danos ao meio ambiente. De acordo com o prefeito, aumenta em 40% o tratamento da rede de esgoto quando nela é jogado o óleo de cozinha. “Nós queremos conscientizar a população para a preservação do meio ambiente. Isso é a modernidade, quem não acompanha está atrasado”, destacou o prefeito.

 

Para a implantação do programa, a prefeitura instalou ecopontos – tambores para a colocação do óleo de cozinha – em quatro locais da cidade: um Mercadão Municipal, na Feira Central, no bairro São Conrado e no Jardim Balsamo. De acordo com o secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Marcos Cristaldo, só Mercadão produz diariamente 200 litros de óleo por dia.

 

Além destes quatro locais, a prefeitura está firmando parcerias com condomínios e restaurantes para que também destinem corretamente o óleo de cozinha. Projeto de lei de autoria do vereador Paulo Siufi, pretende transformar em obrigação a destinação correta desses resíduos. “Com essa lei, esses locais serão obrigados a destinar de forma ambientalmente correta esse óleo de cozinha”, afirmou Cristaldo.

 

Três empresas estão cadastradas pela prefeitura para fazer a coleta desses resíduos no ecopontos, condomínios e restaurantes. Com o reaproveitamento do óleo, pode ser feito graxa, biodiesel, sabão, biogás e até ração. “Nós estamos dando a destinação final para o óleo de cozinha”, explicou Elias Alves, representante da Kardol Indústria Química, que é uma das empresas que fará a coleta dos resíduos.

 

De acordo com o presidente da Associação do Mercadão Municipal, Ronald Kanashiro, a separação do óleo de cozinha utilizado para fritar pastel já é feito no Mercadão, mas “agora temos a certeza que terá uma destinação correta”.

 

Segundo o secretário da Semadur, Campo Grande é a primeira Capital a dar está destinação a este tipo de resíduo, e este programa é o primeiro entre as ações que a prefeitura irá fazer para a destinação correta do lixo urbano. “Nós vamos fazer o programa para a coleta de pilhas e baterias, para coleta de lâmpadas e lixo eletrônico. Nós queremos trazer a educação ambiental para a população de Campo Grande”, disse.

 

Fonte: Capital News- 25/10/2010

25 de out. de 2010

Projeto vai acabar com lixões e gerar energia

Projeto de engenheiro mecânico faz a coleta de resíduos sólidos, recicla-os e os transforma em carvão para gerar luz em termelétrica. Produção comercial deve começar em três meses

 

Um projeto inovador pode revolucionar o tratamento dos resíduos sólidos do país e acabar com os indesejáveis lixões, como o da Estrutural. Em uma usina em Unaí (MG), o lixo, além de ser reciclado, será usado para gerar energia. A tecnologia, 100% brasileira, mais precisamente sergipana, está sendo testada no município mineiro a 200 quilômetros da capital federal. A termelétrica tem capacidade de produzir 1 MW/h (megawatt/hora), o que, segundo o inventor do projeto, daria para levar luz a até 10 mil famílias. A expectativa é de que a produção comercial comece em três meses.

 

Antes de virar energia, o lixo é transformado em carvão vegetal. Todo o processo começa nas ruas de Unaí. Parte dos resíduos sólidos coletada é levada no caminhão até a usina. O lixo é despejado num silo, do jeito que foi retirado pelos lixeiros. Ele é transportado em uma esteira até o autoforno, onde é carbonizado a uma temperatura que pode chegar a 800ºC — tudo é mecanizado, sem contato manual.

 

Transformação

 

O lixo não entra em contato com o fogo, ficando isolado em um tanque de aço. Por isso, não há combustão durante o processo de carbonização. É possível carbonizar três toneladas de resíduos por hora. “O lixo não é queimado, é aquecido”, explica o inventor da usina, o engenheiro mecânico Railton Lima. Um destilador acoplado ao forno dá forma líquida ao gás que sai do lixo carbonizado. Do líquido, é possível extrair: óleo vegetal, alcatrão, lignina e água ácida. Todas essas substâncias podem ser aproveitadas pelo mercado — desde a indústria química à de cosméticos. O óleo vegetal, uma vez limpo, mais 10% de álcool, já é o biodiesel, que pode ser utilizado em automóveis.

 

Resíduos de origem animal e vegetal são desidratados e depois se desintegram para formar uma massa de carvão. Essa massa é compactada em toras, que servem de combustível para o próprio forno. O que não vira um novo produto dentro da usina, pode virar fora dela. É o caso de produtos de origem mineral. Objetos de vidro, ferro, lata, alumínio saem limpos e sem os rótulos de origem. Prontos para serem transformados em novos bens de consumo.

“Toda vez que eu venho aqui eu me emociono ao perceber o benefício que nós estamos dando ao meio ambiente. A grande vantagem é que tudo é feito a baixo custo”, afirma o investidor Mário Martins, 50 anos, dono da usina.

Energia
O lixo é transformado em carvão, que pode gerar energia. Uma termelétrica está sendo montada ao lado da usina de carbonização. Daqui a três meses, ela estará levando eletricidade a milhares de famílias do município de menos de 90 mil habitantes. Segundo Mário, a parceria já foi selada com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), responsável por fornecer luz ao município. “Faltam apenas alguns ajustes.”

 

Na termelétrica de Unaí, é preciso 350 quilos de carvão para produzir 1MW/h, enquanto em outras convencionais para gerar essa mesma energia seriam necessárias de 3,5 toneladas a 4 toneladas de carvão, de acordo com o idealizador do projeto, Railton Lima. O megawatt produzido será vendido a R$ 130, valor abaixo do praticado no mercado. “É a primeira tecnologia do mundo que pega 100% do lixo e transforma em energia térmica ou em outros produtos, sem nenhum desperdício e sem nenhum retorno ao meio ambiente”, garante.

 

A ideia inovadora e ambientalmente louvável despertou o interesse de outros empreendedores. O investidor Paulo Chiu Taniguchi, 55 anos, pretende estender o projeto, intitulado Natureza limpa, para a grande Belo Horizonte. “É uma iniciativa surpreendente”, elogia ele, que será o primeiro parceiro do paranaense Mário Martins.

 

Antes de começar a colher os louros do investimento, Mário enfrentou obstáculos financeiros e venceu a torcida do contra. Quatro anos se foram entre as fases de análise e desenvolvimento do projeto. “Alguns diziam que eu era doido, que iria perder tudo. Fui atrás de empréstimos em banco, patrocínio do governo, mas não acreditaram no projeto. Não desisti. Vendi imóveis e contei com a ajuda de dois amigos”, lembra. Passadas as dificuldades, o telefone de Mário não para de tocar. É gente o tempo todo oferecendo parcerias e querendo saber mais sobre a usina e a termelétrica.

 

Lixão da Estrutural

 

A maioria do lixo coletado no DF (80%) é conduzida diretamente para o Aterro do Jóquei , o Lixão da Estrutural, a apenas 15 quilômetros do Congresso Nacional. Todos os dias são levados para lá cerca de 2,5 mil toneladas de resíduos, segundo informações do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU). Tecnicamente chamado de Aterro Controlado, o Lixão da Estrutural é uma ameaça ambiental aos recursos hídricos, já escassos, do Distrito Federal. O depósito fica ao lado do Parque Nacional de Brasília, onde está localizada a barragem de Santa Maria, que abastece parte da população da capital federal. A desativação do Lixão da Estrutural depende da construção do Aterro Sanitário de Samambaia. A licitação do novo depósito de lixo, ambientalmente mais viável, no entanto, ainda não saiu.

 

 

CAMPANHA DE COLETA DO ÓLEO DE FRITURA USADO E AZEITE DE DENDÊ - COLETA NA BAHIA

O MAV coleta óleo proveniente de fritura usado e azeite de dendê e dá um destino ecologicamente correto.

O óleo de fritura e o azeite de dendê deve ser guardado em garrafas (PET), e entregues nos pontos de coletas.

O óleo reciclado poderá ser utilizado como matéria-prima na fabricação do biodiesel, detergente, e etc.

Fale conosco pelos fones: (75) 3491-1351ou 9173-3106 e informaremos o local mais próximo de você entregar sua coleta, e fornecemos gratuitamente coletores para condomínios, escolas, comércios, indústrias e eventos.

Pequenos atos podem fazer a diferença na preservação do Meio Ambiente. Faça a sua parte!

colabore com o projeto "ÁGUA VIVA",

Estamos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos. Fale conosco.

 

15 de out. de 2010

Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetal

Bioasfalto: asfalto verde substitui petróleo por óleo vegetalOs ganhos do asfalto verde começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.[Imagem: Mike Krapfl/Iowa State University]

Ao estudar os efeitos da adição de óleo vegetal ao asfalto comum, um engenheiro norte-americano pode ter descoberto um asfalto verde, um possível substituto para o asfalto à base de petróleo.

O professor Christopher Williams, da Universidade do Estado de Iowa, estava testando composições capazes de aguentar melhor as intensas variações de temperatura a que os asfaltos estão sujeitos, sobretudo no Hemisfério Norte, com nevascas severas onde não nevava há anos, e verões que batem recordes de temperatura ano após ano.

Mas o resultado foi muito melhor do que o esperado - o asfalto não apenas assimila uma parcela maior de bio-óleo do que o esperado, como também sua qualidade aumenta muito, em condições de rodagem e em durabilidade.

Bioasfalto

Nasceu então o bioasfalto, cujos primeiros testes começaram a ser feitos neste mês. Os ganhos começaram a ser verificados já na aplicação, uma vez que o bioasfalto pode ser aplicado a uma temperatura menor do que o asfalto tradicional de petróleo.

Como esses primeiros testes serão focados na durabilidade e na resistência às variações de temperatura, os pesquisadores escolheram uma ciclovia na própria universidade como laboratório.

O monitoramento sobre o bioasfalto será feito durante um ano, para cobrir todas as estações.

O professor Williams afirma que o bioasfalto permite que a mistura à base de petróleo seja substituída parcialmente por óleos derivados da biomassa de diversas plantas e árvores.

Pirólise rápida

O bio-óleo utilizado no bioasfalto é criado por um processo termoquímico chamado pirólise rápida, no qual talos de milho, resíduos de madeira ou outros tipos de biomassa são aquecidos rapidamente em um ambiente sem oxigênio.

O processo produz um óleo vegetal líquido que pode ser usado para a fabricação de combustíveis, produtos químicos e asfalto.

O processo gera ainda um produto sólido chamado biocarvão - um carvão vegetal - que pode ser usado para enriquecer os solos e para remover gases de efeito estufa da atmosfera.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/10/2010

Relatório da WWF diz que humanidade já consome 50% mais recursos do que a Terra consegue oferecer

Perda, alteração e fragmentação de habitats, exploração de espécies selvagens, poluição e mudança do clima são as principais ameaças

RELATORIO_WWF

Nos últimos 40 anos, o consumo excessivo dos recursos naturais cresceu a um ritmo acelerado e hoje já consumimos 50% mais do que a capacidade de renovação do planeta, seja em ar limpo, água potável, terra ou recursos naturais e agrícolas. O resultado desse excesso é a perda da biodiversidade mundial, que chegou a 30% no período.

Os dados são da edição de 2010 do Relatório do Planeta Vivo, da Rede WWF, publicada mundialmente na quarta-feira (13/10). Produzido a cada dois anos, o levantamento mede a saúde de quase 8.000 populações de mais de 2.500
espécies.

A pegada ecológica, um dos indicadores da devastação ambiental utilizados no relatório, mostra que a demanda da humanidade por recursos naturais duplicou desde 1996 e, atualmente, utilizamos o equivalente a um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida. Se continuarmos a viver além da capacidade do planeta, aponta o relatório, até 2030 precisaremos de uma capacidade produtiva equivalente à exploração de dois planetas. 

Segundo o relatório, os ricos demandam mais recursos, mas a degradação e a conseqüente perda da biodiversidade são mais acentuadas nas regiões tropicais – como o Brasil –, que também são as mais pobres, onde houve uma queda de 60% das espécies de plantas e animais.

Segundo o relatório, nas regiões temperadas (e mais ricas), houve uma recuperação de 29% das espécies, graças, em parte, ao aumento dos esforços de conservação da natureza e a um melhor controle da poluição e do lixo.
 
“É alarmante o ritmo da perda de biodiversidade que se verifica nos países de baixa renda, em sua maioria situados  nos trópicos, enquanto o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado pelo consumo excessivo e elevadas emissões de carbono”, alerta Jim Leape, diretor geral da Rede WWF.

O documento aponta a perda, alteração e fragmentação de habitats, a exploração excessiva de espécies selvagens, a poluição e a mudança do clima como os principais fatores que ameaçam a biodiversidade.

CLIQUE AQUI E BAIXE GRATUITAMENTE O RELATORIO COMPLETO

Consumo desigual
O relatório reafirma um dado que já é conhecido: além de excessivo, o consumo é desigual. O excesso é predominante em nações mais ricas. Apenas os 32 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – grupo das economias mais ricas e industrializadas do planeta – são responsáveis pelo consumo de 40% dos recursos disponíveis. 

Brasil, Rússia, índia e China não fazem parte da OCDE, mas, somados, têm o dobro dos habitantes dos países do grupo. E o relatório alerta que, mantido o atual modelo de desenvolvimento, os chamados países emergentes seguirão a mesma trajetória de degradação ambiental dos ricos.

“Seriam necessários quatro planetas e meio para atender a uma população mundial (6,8 bilhões de pessoas) com um estilo de vida equiparável ao de quem vive hoje nos Emirados Árabes ou nos Estados Unidos", alerta Leape.

Mudanças climáticas
Segundo o documento, devido ao aumento da geração e emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e processos industriais, o planeta entrou em uma espécie de “cheque sem fundo” ecológico.

Nossa pegada de gás carbônico, principal causador do efeito estufa, aumentou em 35% nos últimos 20 anos e atualmente é responsável por mais da metade da pegada ecológica global.

Segundo o documento, os dez países com a maior pegada ecológica per capita são: Emirados Árabes Unidos, Catar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estônia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda.  O Brasil ocupa a 56º posição neste ranking.

Mais uma vez, a maior pegada é a dos países de alta renda. Em média, a pegada desses países é cinco vezes maior do que a dos países de baixa renda. 

“As espécies são a base dos ecossistemas,” afirmou Jonathan Baillie, diretor do Programa de Conservação da Sociedade Zoológica de Londres, entidade que participou do levantamento.  “Ecossistemas saudáveis constituem as fundações de tudo o que nós temos – se perdemos isso, destruímos o sistema do qual depende a vida”, completou Baillie.

Brasil

O Brasil possui uma alta biocapacidade – relação entre a área disponível para agricultura, pastagem, pesca e florestas e o potencial de produtividade –, mas isso não nos coloca em uma situação confortável.

“A redução da desigualdade com aumento do poder aquisitivo da população brasileira é uma conquista positiva. No entanto, também nos coloca frente a um grande desafio que é o de crescer sem esgotar nossos recursos naturais”, destaca a Secretária-Geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, o consumo das riquezas naturais é indispensável para a vida no planeta e é fator determinante do crescimento econômico. “O que precisamos é consumir menos e diferente. Ou seja, consumir de forma mais responsável, buscando um equilíbrio entre nossas necessidades e a capacidade da renovação da Terra”.

“O principal benefício do relatório é servir de ferramenta para os tomadores de decisão estimularem uma economia de baixo carbono, uma economia verde, criando novas oportunidades de crescimento para o país e protegendo os serviços ecossistêmicos que são a base de nosso desenvolvimento econômico”, afirma Hamú.