Seguidores

27 de out. de 2011

Buraco na camada de ozônio na Antártida é tão grande quanto a América do Norte

ostado em 26/10/2011 às 08h55

O primeiro buraco de ozônio significativo sobre a Antártida está revelando um talho na camada protetora da atmosfera tão grande quanto a América do Norte, afirmam cientistas. Abrangendo cerca de 25 milhões de quilômetros quadrados, o buraco sobre o Pólo Sul atingiu seu tamanho máximo anual em 14 de setembro, tornando-se o quinto maior já registrado.

O maior buraco de ozônio na Antártica já registrado ocorreu em 2006, com um tamanho de 27,5 milhões de quilômetros quadrados, documentado por observação pelo Earth-observing Aura satellite, conforme informado pelo LiveScience

O buraco na camada de ozônio na Antártica foi descoberto no final de 1970, durante a primeira missão do satélite que podia medir o ozônio - uma nave espacial chamada POES, gerida pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). O buraco continuou crescendo de forma constante durante 1980 e 90, embora desde o início de 2000, o crescimento tenha sido estabilizado. Mesmo assim os cientistas viram uma grande variabilidade no tamanho de ano para ano.

Na superfície da Terra, o ozônio é um poluente, mas na estratosfera forma uma camada protetora que reflete a radiação ultravioleta de volta ao espaço, protegendo-nos dos raios ultravioletas prejudiciais.

Para os cientistas, os grandes buracos na camada de ozônio estão mais associados com invernos muito frios sobre a Antártida e de ventos polares que impedem a mistura do ar rico em ozônio de fora da circulação polar com o esgotamento do ozônio do ar interior.

Há uma grande variação de ano para ano, em 2007, o buraco de ozônio diminuiu 30% desde o recorde de inverno de 2006.

Em 2007, Ronald van der A - cientista sênior do projeto do Instituto de Meteorologia Royal Dutch, na Holanda, disse que "Embora o buraco seja um pouco menor do que o habitual, não podemos concluir que a camada de ozônio já esteja se recuperando".

Este ano, a região de ozônio sobre a Antártica caiu 30,5 milhões de toneladas, em comparação com o recorde de 2006, com perda de 44,1 milhões de toneladas. Van der A disse que variações naturais nas mudanças de temperatura e na atmosfera são responsáveis ​​pela diminuição da perda de ozônio, e isso não é indicativo de uma recuperação em longo prazo.

Ao longo de dois a três meses, aproximadamente 50% do valor da coluna total de ozônio na atmosfera desaparece. Em alguns níveis, as perdas chegam a 90%. Na primavera, as temperaturas começam a subir, o gelo evapora e a camada de ozônio começa a se recuperar.

O frio intenso na alta atmosfera do último inverno ártico criou reações químicas nas superfícies dos cristais de gelo nas nuvens, liberando formas ativas de CFCs e criando o primeiro buraco de ozônio significativo já registrado sobre as regiões setentrionais, segundo relataram os cientistas na revista Nature.

Este ano, pela primeira vez, os cientistas também encontraram um esgotamento de ozônio sobre o Ártico, que se assemelhava a sua contraparte, o pólo sul.

Os dados mostram uma grande variabilidade, mesmo após a proibição do uso de CFCs. Inicialmente os cientistas previram uma recuperação parcial. Mais tarde eles ajustaram os modelos e pronunciaram que a recuperação levaria décadas. Com informações do ICECAP.

+ Aumenta destruição da camada de ozônio, adv

 

24 de out. de 2011

SOCIEDADE ORGANIZADA QUER PROTAGONISMO DO BRASIL NA RIO+20

A sociedade organizada brasileira acredita que o país deve exercer papel de protagonista na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro. A conclusão faz parte do Relatório Final de uma consulta pública promovida pelo Ministério do Meio Ambiente para coletar subsídios à elaboração do documento que o Brasil submeterá à ONU em 1º de novembro, contendo suas propostas e visões para a Rio+20.

 

A consulta foi realizada entre os dias 5 e 25 de setembro, por meio de questionário online disponibilizado no endereço http://hotsite.mma.gov.br/rio20. As 11 questões trataram do progresso da agenda do desenvolvimento sustentável nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, e sobre os temas da conferência: (1) economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e do combate à pobreza e (2) estrutura de governança institucional para o desenvolvimento sustentável.

 

No total, o ministério recebeu 139 questionários, de todas as cinco regiões do Brasil, sendo 103 da sociedade civil, 16 de empresas, 9 da comunidade acadêmica e 11 de governos locais. As respostas foram compiladas pela equipe da Assessoria Extraordinária do MMA para a Rio+20 (ASRIO). O resultado (Relatório Final) será levado à Comissão Nacional Organizadora da Rio+20 em reunião no próximo dia 26.

 

Tendo em vista o pouco tempo que a consulta ficou aberta, o resultado superou nossas expectativas â€" tanto em termos de quantidade quanto de qualidade das propostas”, diz Yana Dumaresq Sobral, assessora extraordinária adjunta da ASRIO. Além disso, segundo ela, foi possível notar uma série de convergências em relação ao posicionamento que o Brasil deve apresentar à ONU. A maior parte dos temas levantados pelos participantes já vêm sendo discutidas pelo Governo, como os que envolvem segurança alimentar e nutricional, empregos verdes e energia conta.

 

Liderança

 

Todos os setores que participaram da consulta pública requerem um papel de liderança do Brasil na Rio+20, quer seja por sua riqueza natural e cultural, quer seja pelos êxitos alcançados, desde 1992, nos três pilares do desenvolvimento sustentável: econômico, social e ambiental.

 

“Há um forte alinhamento de todos os setores ouvidos no sentido de que o Brasil proponha um novo modelo de desenvolvimento global, monitorado por meio de indicadores de sustentabilidade, informa o Relatório Final da consulta pública. Ainda de acordo com o documento, um grande número de participantes sugeriu que a liderança internacional do Brasil seja acompanhada de coerência no trato das questões socioambientais internas.

 

Com relação ao legado da conferência para o Brasil, os participantes da consulta pública acreditam que a Rio+20 deve criar uma plataforma de diálogo permanente entre governos, sociedade e setor privado que perdure após 2012. Os setores também apontaram a criação de indicadores mensuráveis como forma de renovar o compromisso internacional com o desenvolvimento sustentável.

 

Avanços e lacunas

 

Quando questionados sobre os avanços e lacunas na implementação de documentos resultantes de conferências anteriores sobre desenvolvimento sustentável (Rio de Janeiro em 1992 e Joanesburgo em 2002), os participantes da consulta pública destacaram, como avanços, a maior conscientização entre os diversos setores da sociedade sobre os temas de sustentabilidade, a participação da sociedade civil nos processos decisórios e a inclusão de novos temas na agenda global de sustentabilidade. Entre as principais lacunas, os setores apontaram o déficit de implementação da Agenda 21. Outra lacuna apontada foi a questão do financiamento para o desenvolvimento sustentável: como mobilizar os recursos e como fazê-los fluir de forma eficiente, conta a assessora extraordinária adjunta da ASRIO.

 

Economia verde

 

" No quesito economia verde™, uma dos temas da Rio+20, os participantes acreditam que ela pode ser compatível com as estratégias de crescimento econômico e de combate à pobreza, e deve integrar as estratégias governamentais. O tema das compras públicas (estatais) sustentáveis como vetor de mudança nos padrões de produção e consumo foi citado por número relevante de consultados.

 

Todos os setores consultados se sentem parte da mudança pretendida rumo à sustentabilidade, articulando-se entre si em torno de temas como segurança alimentar, empregos verdes, energias renováveis, educação ambiental, planejamento urbano, novas métricas de riqueza, recursos hídricos etc. A consulta revelou que a sociedade acredita ser possível a integração dos três pilares da sustentabilidade. Ou seja, que é possível se ter uma estratégia de crescimento econômico calcada na inclusão social e no uso racional dos ativos ambientais, comenta Yana.

 

Em relação ao modelo de governança internacional para o desenvolvimento sustentável, outro tema a ser debatido durante a conferência, a consulta pública registrou percepções diversas. Os participantes apontaram, porém, que a estrutura das Nações Unidas, em especial o PNUMA [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], não corresponde ao nível de efetividade esperado. As propostas apresentadas transitaram desde uma reestruturação do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) até a criação de organismo com poderes equiparados aos do Conselho de Segurança, informa o Relatório.

 

Uma importante mensagem que a consulta pública deixa é que a sociedade organizada brasileira, de forma geral, espera que os ganhos oriundos da Rio+20 não se restrinjam aos avanços internacionais, mas, principalmente, sejam traduzidas na construção de um legado nacional espelhado em melhores práticas públicas e privadas”, conclui Yana Dumaresq Sobral.

 

Fonte  MMA: Leia aqui o Relatório Final da Consulta Pública Rio+20. 

http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/relatorio_consulta_publica_final_revisado2010_182.pdf

19 de out. de 2011

Cientistas em rede: compartilhando informação acadêmica

É possível combinar as características das redes sociais da Internet, como Orkut e Facebook, com pesquisa científica? Alguns programas vem provando que sim.

Embora as redes científicas não sejam uma coisa nova (termos como gatekeepers ou "colégios invisíveis" já fazem parte da literatura sobre comunicação científica há bastante tempo), o fato de existirem sites específicos para o compartilhamento de informação acadêmica aponta para uma tentativa de reforçar os laços de cooperação entre pares. Por meio desses sites, os próprios autores podem divulgar seus trabalhos, inclusive os que ainda não passaram pelo longo processo de aprovação de um periódico científico. Também significa que algumas editoras acadêmicas encontraram nessas redes um caminho para divulgar seus próprios serviços.

É o caso, por exemplo, da Social Science Research Network. O site é administrado pela Social Science Eletronic Publishing, Inc., e tem como objetivo encorajar os leitores a compartilhar informações diretamente com outros usuários que tenham tópicos de pesquisa semelhantes. A rede é focada na área de Ciências Sociais, e por meio dela autores podem divulgar seus artigos, optando por postar os resumos de seus trabalhos (atualmente o banco de resumos possui cerca de 250.100 registros) ou mesmo incluir o trabalho completo na biblioteca eletrônica da rede (já são cerca de 206.000).

O princípio de compartilhamento também fica claro em redes como a Sermo, voltada para a área médica. Trata-se de uma rede direcionada não apenas a dividir informação acadêmica, como também divulgar outras informações relevantes a profissionais da área, como oportunidades de trabalho, dados sobre remédios e legislação médica. A ferramenta mistura elementos de blogs (é possível fazer postagens relacionadas a diversos assuntos da área médica) e microblogs, já que também é possível acompanhar postagens em tempo real.

Há também outras redes interessantes e de domínio geral. Uma delas é a Research Gate Scientific Network, que permite a conexão com colegas de pesquisa, possibilitando ao pesquisador criar sua própria rede. Também permite ferramentas de colaboração, como postagens sobre um determinado tópico e comentários sobre artigos. De acordo com a própria rede, a intenção é divulgar informação científica tendo como princípio a "Ciência 2.0″, uma junção da comunicação científica tradicional com ferramentas de Web 2.0 como blogs e outras redes sociais.

A NatureNetwork (o nome indica tratar-se de uma rede administrada pela revista Nature) e a CiteULike (patrocinada pela editora Springer) também se baseiam no mesmo princípio: conectar-se com outros pesquisadores, discutir tópicos comuns de pesquisa, explorar o que já foi publicado ou está prestes a ser divulgado e fazer pesquisas sobre assuntos de interesse, formando uma biblioteca particular que pode ser compartilhada com outros usuários.

Mais do que sites de compartilhamento, portanto, as redes científicas também possibilitam formas alternativas de buscar material bibliográfico interessante, já previamente avaliado por aqueles que investigam assuntos relacionados. Colaborar, afinal, tornou-se a principal forma de construir conhecimento.

Publicado em Serviços, Tecnologia | Tagged informação científica, periódicos online, pesquisa acadêmica, redes científicas, redes de pesquisa, redes sociais | Deixe um comentário

Fonte: bibliofflch

NOTICIAS MDL Logística Reversa: editais passam a ser publicados

Logística Reversa: editais passam a ser publicados (Ecodesenvolvimento)

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançará este mês os dois primeiros editais para criação de acordos setoriais com orientações estratégicas para a implementação da logística reversa de lâmpadas fluorescentes e de embalagens e resíduos de óleos lubrificantes. A iniciativa é mais um passo rumo à implantação da lei. (Leia mais...)

 

Apenas 11% dos brasileiros sabem o que é a Rio+20 (Ecodesenvolvimento)

Segundo o estudo, realizado pelo Instituto Vitae Civilis em parceria com a Market Analysis, a divulgação da conferência está mais acessível às classes mais altas e aos consumidores com elevada escolaridade. A população mais informada sobre a Rio+20 está concentrada em Recife. O evento será realizado em junho de 2012. (Leia mais...)

17 de out. de 2011

CHAMADA DA CAPES E CNPQ INCENTIVA EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÃO DE PERIÓDICOS CIENTÍFICOS BRASILEIROS

Inscrições estão abertas até o dia 23 de novembro.

Estão abertas as inscrições para a chamada MCTI/CNPq/MEC/Capes Nº 15/2011, que tem por objetivo selecionar propostas para apoio financeiro a projetos que visem incentivar a editoração e publicação de periódicos científicos brasileiros de alta especialização em todas as áreas do conhecimento de forma a contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e inovação do país.

 

As propostas devem ser acompanhadas de arquivo contendo o projeto e devem ser encaminhadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), exclusivamente via internet, por meio do formulário de propostas online disponível na Plataforma Carlos Chagas. A relação das propostas aprovadas será divulgada na página eletrônica do CNPq e publicada no Diário Oficial da União a partir da segunda quinzena de dezembro.

 

Benefícios - As propostas aprovadas serão financiadas no valor global estimado de R$ 6 milhões, sendo 50% provenientes do CNPq e 50% da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a serem liberados em uma parcela, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira das agências, sendo os recursos oriundos do Tesouro Nacional.

 

Os recursos serão destinados ao financiamento de itens de custeio, compreendendo aquisição de material de consumo, componentes e/ou peças de reposição de equipamentos, software, instalação, recuperação e manutenção de equipamentos; serviços de terceiros; contratação de serviços gráficos de arte-final e impressão do periódico por empresas especializadas; e prestação de serviços para a preparação, geração e manutenção da página hospedeira da publicação eletrônica.

 

As propostas deverão ter seu prazo máximo de execução estabelecido em doze meses.

Mais informações pelo e-mail editoracao@cnpq.br. Dúvidas com relação ao formulário de propostas on-line devem ser esclarecidas pelo e-mail suporte@cnpq.br ou pelos telefones (61) 3211-4566 ou 3211-9354.

 

Fonte: Ascom da Capes

15 de out. de 2011

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CRIA POSTE SOLAR AO CUSTO DE R$ 2 MIL E INTENSIFICA ESTUDOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

O Poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas

 

A busca por fontes alternativas e limpas de energia, que liberam menos gases e resíduos no meio ambiente, tem sido uma aposta do governo e das instituições de pesquisa para evitar impactos negativos na natureza. A luz do sol, fonte de energia limpa em abundância, tem despertado o desenvolvimento de uma série de pesquisas para a obtenção de materiais mais eficientes que convertam a energia da luz solar em energia elétrica, processo conhecido como efeito fotovoltaico.

 

Recentemente, a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) instalou na entrada principal da entidade um poste de iluminação pública que funciona com energia solar. O projeto foi elaborado pela instituição em parceria com alunos do departamento de engenharia de energia do Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais (IPUC/PUC Minas).

Segundo do Cetec, trata-se do primeiro passo de uma série de ações que visam torná-lo referência em tecnologias para a cadeia de energia solar. “Queremos estabelecer na fundação uma plataforma para apoiar pesquisas nessa área”, aposta José Roberto Branco, coordenador do Setor de Materiais Ópticos e Eletrônicos (SDO), unidade responsável pelo projeto.

As atividades do grupo começaram em agosto deste ano. A instalação de postes em áreas pouco iluminadas da fundação foi a primeira proposta para testar a aplicabilidade da tecnologia. O “poste solar” instalado no Cetec, explica Branco, é um exemplo de sistema fotovoltaico, constituído por células ou módulos que convertem a luz solar em energia elétrica, mas também por outros elementos, como bateria (acumulador de energia); inversores de frequência; controlador de carga (responsável pela durabilidade da bateria e controle de energia) e carga (lâmpadas).

Durante o dia, explica Branco, a energia solar incide sobre o módulo fotovoltaico presente no poste, que converte a radiação do sol em eletricidade. Esta, por sua vez, é armazenada na bateria do sistema por meio de um processo eletroquímico. No início da noite, quando surge a necessidade de iluminação, a energia acumulada na bateria é disponibilizada para as lâmpadas.

O poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas, período que pode ser redimensionado, além de ter autonomia de dois dias sem incidência de raios solares. Ele possui duas lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, acionadas automaticamente por um interruptor fotossensível, que identifica a presença de luminosidade. Essas lâmpadas, além de serem mais eficientes em relação às incandescentes são de alta durabilidade, com preços mais acessíveis.

Toda a estrutura do poste custou aproximadamente R$ 2 mil. Os recursos para a realização do projeto são provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Segundo Branco, algumas empresas sinalizaram interesse em levar o potencial desse tipo de energia para o mercado. “As ações do Cetec nesta área estarão integradas com o governo de Minas Gerais, sob a liderança da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que almeja desenvolver e promover o uso de energia renovável no Estado”.

O pesquisador ressalta que a energia solar possui uma série de aplicações potenciais, que vão desde a energização de brinquedos e eletroeletrônicos até o atendimento a pequenas comunidades isoladas ou distantes da rede elétrica. A tecnologia também atende usinas geradoras de energia fotovoltaica, com dezenas de mega-watts de potência.

Mas, cada uma dessas aplicações, dispostas em regiões diversas em termos climáticos, explica, impõe condições de uso distintas. “Nesse projeto iniciamos o estudo de relações entre variáveis dos sistemas fotovoltaicos. A abordagem verticalizada que existe na fundação, por meio do exame de materiais, dispositivos e processos em toda a cadeia de valores da energia solar fotovoltaica é única no Brasil”, informa.

As vantagens econômicas do uso da energia solar vão depender de alguns fatores como distância da rede elétrica, confiabilidade e portabilidade necessárias. Para o pesquisador, em breve a certificação verde será fator de competitividade entre as organizações e de preferência dos consumidores. “O custo benefício de um poste de energia solar pode ser bem mais baixo do que um comum. A mesma linha de raciocínio vale para outras aplicações”.

Entre outros projetos de energia solar desenvolvidos no Cetec, destaque para a implantação de sistemas de carregamento de baterias variadas na instituição, com disponibilização de pontos de recarga de acumuladores de energia gratuita. O grupo também estuda o uso de módulos fotovoltaicos em processos de bombeamento de água e irrigação para comunidades carentes e tratamento de efluentes.

Potencial brasileiro

A tecnologia fotovoltaica está em uso em diversos países, como a Alemanha, por exemplo, onde foram realizadas várias ações de mobilização da sociedade e do setor acadêmico, com grande investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de políticas públicas de incentivo. O setor industrial alemão visualizou a oportunidade de negócio e investiu massivamente para produzir em grande escala matérias-primas, células, módulos fotovoltaicos e equipamentos eletroeletrônicos.

O Brasil, afirma Branco, possui todos os meios para criar e desenvolver um mercado fotovoltaico. Além do potencial de energia solar disponível e comprovado em todo território nacional, há grande conhecimento de toda a cadeia de produção pertinente. Todo esse conhecimento está localizado em instituições de pesquisas e universidades. “Sendo o Brasil um dos dez países que mais consomem energia no mundo, só ele e a Rússia ainda tem um uso inexpressivo de energia solar fotovoltaica”, ressalta.

Fonte: Revista Responsabilidade Social.com

 

14 de out. de 2011

NOTICIAS AMERICA LATINA SOSTENIBLE

INDICADORES RELEVANTES PARA LOS PUEBLOS INDÍGENAS: UN TEXTO DE REFERENCIA  (InfoAndina)

 

Tanto los gobiernos como las agencias internacionales recopilan datos que les sirven para tener una visión, en términos cuantificables, del estado de la sociedad y el medio ambiente. La información que recogen depende de los indicadores que hayan seleccionado para medir y monitorear los avances en los temas que consideran importantes. Sin embargo, relativamente pocas instituciones recopilan información estadística sobre los pueblos indígenas. En gran medida, la situación de los pueblos indígenas no se refleja en las estadísticas o queda oculta en las medias nacionales. Pese a ello, se siguen elaborando políticas y se siguen implementando programas que tienen un enorme impacto en los pueblos indígenas. Es necesario que se recojan datos para medir este impacto. Desarrollar indicadores relevantes para los pueblos indígenas significa desarrollar modos de expresar su situación y problemas en términos numéricos. Esto puede hacerse a través de la creación de nuevos indicadores, que requieren nuevas formas de recolección de datos o, simplemente, del desglose de datos para garantizar que se refleja claramente la situación de los pueblos indígenas. En el nivel más básico, el simple desglose de algunos de los datos recogidos en el nivel nacional puede ayudar para detectar la discriminación, la desigualdad y la exclusión. Permite también comparaciones directas entre los pueblos indígenas y otros grupos sociales. Pero, sea cual sea el enfoque que se adopte, es crucial que los pueblos indígenas participen en la definición de los temas a tratar y de los indicadores a utilizar y que se tengan en cuenta sus propios conceptos de bienestar.

 

ISBN: 978-971-93566-5-3 ‘ Número de páginas: 604 p.

Editorial: Centro para la Autonomía y Desarrollo de los Pueblos Indígenas (CADPI)

Año de edición: 2008 - Lugar de edición: Nicaragua ‘ Instituciones relacionadas: España. Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo.   ‘ Autor: Mairena, Dennis (ed)

 

 

NIMA ORGANIZA GRUPO DE ESTUDOS PARA DISCUTIR OS TEMAS QUE SERÃO OBJETO DA RIO + 20

O Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA) está organizando um Grupo de Estudo interdisciplinar de alunos e professores, destinado a estudar o tema: Mudança Climática e Planejamento Urbano, no contexto dos temas que serão objeto da Rio + 20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá no próximo ano no Rio de Janeiro). Os encontros ocorrem às 15h30 no NIMA, nos dias 25/10, 01/11, 08/11, 22/11, 06/12, 20/12.

 

Esse grupo de estudos é parte das ações da PUC para o Climate Change Initiatice (CCI) da UN-Habitat. O Grupo será coordenado pela Professora Maria Fernanda Lemos do departamento de Arquitetura e Urbanismo. A primeira reunião ocorrerá no dia 25 de outubro as 15h30 no NIMA. As reuniões são abertas a todos os interessados.

 

O CCI-NIMA está conectado com o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat), que é a agência da ONU responsável por garantir a Sustentabilidade Ambiental nos assentamentos urbanos e facilitar a troca de experiências e informações sobre moradia e desenvolvimento urbano-ambiental em nível mundial.

 

A meta do CCI-NIMA é criar uma rede de universidades na América Latina comprometida com as mudanças climáticas. O CCI-NIMA pretende desenvolver uma cultura na universidade que seja capaz de gerar projetos, pesquisas e produtos para a mitigação das mudanças climáticas. Os compromissos firmados para adequar a Universidade às diretrizes estabelecidas pelo UN-HABITAT são:

 

* Implementar nos Domínios Adicionais disciplinas de meio ambiente que tratem das mudanças climáticas e seus impactos nas cidades e na sociedade como um todo.

* Estimular a criação de disciplinas que tratem da questão das mudanças climáticas em temáticas específicas.

* Fomentar a médio prazo a criação de linhas de pesquisa e cursos de mestrado e doutorado em diferentes áreas do conhecimento na questão das mudanças climáticas.

* Estimular projetos multidisciplinares em parceria com o poder público na área de mudanças climáticas.

* Criação pelo NIMA de um grupo multidisciplinar de pesquisa visando estudar as ações de adaptação e mitigação que as cidades do Estado do Rio de Janeiro devem implementar para se adequar as conseqüências dos processos das mudanças climáticas.

* Organização de eventos regionais para integração das universidades do Brasil em torno das diretrizes.

 

13 de out. de 2011

LINK UTEIS PARA OS PESQUISADORES DA BIODIVERSIDADE NA AMERICA LATINA E CARIBE

EL ACUERDO PARA LA CONSERVACIÓN DE BOSQUES TROPICALES - ACBT (TROPICAL FOREST CONSERVATION ACT - TFCA)  - http://www.tfcaperu.org/esp/index.html

Un fondo de canje de deuda por naturaleza entre el Perú y los Estados Unidos, suscrito el 26 de junio del 2002, en el marco de la Ley de Conservación de Bosques Tropicales (Ley Portman), promulgada en el Congreso de los Estados Unidos en el año 1998. Mediante este acuerdo, el gobierno peruano realiza desembolsos parciales en un plazo de 12 años por un total de 10.6 millones de dólares para destinarlo al financiamiento de proyectos que contribuyan a la conservación de bosques tropicales.

Adicionalmente, Conservation Internacional - CI, The Nature Conservancy – TNC, World Wildlife Fund - WWF y el Gobierno de los EEUU suscribieron un acuerdo donde éstas se comprometieron a contribuir con US$ 1,1 millones con el fin de que el Gobierno de los EEUU autorice la cancelación de US$ 5,5 millones de la deuda del Gobierno del Perú. Posteriormente, el Gobierno de Perú, CI, TNC, WWF y Profonanpe (como administrador del fondo) suscribieron el Acuerdo para la Conservación de Bosques Tropicales con el fin de especificar la manera en que los pagos efectuados por el Gobierno peruano serían usados.

 

 

LA REDE DE FONDOS AMBIENTALES DE LATINOAMÉRICA Y EL CARIBE –  REDLAC

http://www.redlac.org/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=59&Itemid=237&lang=es

 

En diciembre de 1997 se reunieron en Mérida, México, los Fondos Ambientales establecidos en la región de Latinoamérica y el Caribe, con la finalidad de diseñar un mecanismo de integración para crear una red de cooperación, capacitación y fortalecimiento institucional. Durante este Taller se incorporó un comité promotor

encargado de dar forma a lo que sería la agenda de trabajo de la Red de 1999 a 2001.

En octubre de 1999 se creó la Red de Fondos Ambientales de Latinoamérica y el Caribe, RedLAC, llevándose a cabo la primera Asamblea de RedLAC, donde se realizaron diferentes actividades que tenían como objetivo apoyar el concepto de fortalecimiento de los miembros en capacidades estratégicas para su operación. Posteriormente se definió la Misión de RedLAC como: Construir un sistema efectivo de aprendizaje, fortalecimiento, capacitación y cooperación, a través de una Red de Fondos Ambientales con el fin de lograr una gestión ambiental sustentable y conservar el patrimonio natural de América Latina y El Caribe para beneficio de su población.

 

 

Bolsas para pesquisadores (Ver REDCal)

 

Taller 5 sobre Esquemas de Compensación y Offset abre inscripciones. El Proyecto de Capacitación de RedLAC abre inscripciones para el quinto taller sobre Oportunidades para los Fondos Ambientales en Esquemas de Compensación y Offset. El taller tendrá lugar en los días 11 a 13 de noviembre, justo después de la XIII Asamblea General de RedLAC en Paramaribo, Suriname. El taller será coordinado por el equipo de BBOP.

 

FIAES - FONDO DE LA INICIATIVA  PARA LAS AMÉRICAS (http://www.fiaes.org.sv/esp/enlaces.php )

 

Se origina en un Convenio Bilateral entre los Gobiernos de El Salvador y los Estados Unidos de América para condonar aproximadamente $464 millones de deuda externa, quedando pendientes $150 millones para ser repagados.  La propuesta fue ratificada en 1993, estableciendo que El Salvador pagaría unos $41.2 millones de los intereses de esa deuda durante 20 años, generando un fondo extinguible para financiar proyectos ambientales y de supervivencia infantil, bajo la administración de FIAES.

En reconocimiento a la labor del Fondo, fueron otorgados nuevos fondos en 2001 para apoyar proyectos en Bosques Tropicales por $14.4 millones para ser invertidos en un período de 25 años.

Es conducido por un Consejo de Administración integrado por ocho miembros: dos representantes designados por el Gobierno de El Salvador; un representante del Gobierno de los Estados Unidos de América y cinco representantes seleccionados por sus pares en la comunidad de Organizaciones No Gubernamentales (ONG) y Asociaciones de Desarrollo Comunal (ADESCOS).}}}

 

http://www.fiaes.org.sv/esp/ejecutoras.php => Varias agencias de fomento e financiamento de projetos sociais e ambientais na America Latina e Caribe=

*       Instituto Interamericano para la Agricultura- IICA  - http://www.iica.org.sv

IUCN –INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE -

Contribui para ajudar o mundo a encontrar soluções pragmáticas para o nosso ambiente mais prementes e desafios do desenvolvimento. Ele apoia a investigação científica, gerencia projetos de campo em todo o mundo e reúne governos, organizações não-governamentais, agências das Nações Unidas, empresas e comunidades locais em conjunto para desenvolver e implementar políticas, leis e melhores práticas.

 

PRONANPE - http://www.profonanpe.org.pe/experiencia03.html

La experiencia de PROFONANPE durante los últimos quince años ha permitido validar los aspectos fundamentales de su diseño institucional. Contar con un capital semilla inicial orientado tanto a darle un soporte institucional y al financiamiento de actividades de conservación en áreas protegidas ha constituido un mecanismo sumamente positivo.

La sostenibilidad ganada con este aporte ha sido clave para consolidar el proceso de desarrollo institucional de PROFONANPE y convertirlo en un mecanismo atractivo para la intermediación de fondos no reembolsables provenientes de diversas fuentes de cooperación internacional

11 de out. de 2011

INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CRIA POSTE SOLAR AO CUSTO DE R$ 2 MIL E INTENSIFICA ESTUDOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

A busca por fontes alternativas e limpas de energia, que liberam menos gases e resíduos no meio ambiente, tem sido uma aposta do governo e das instituições de pesquisa para evitar impactos negativos na natureza. A luz do sol, fonte de energia limpa em abundância, tem despertado o desenvolvimento de uma série de pesquisas para a obtenção de materiais mais eficientes que convertam a energia da luz solar em energia elétrica, processo conhecido como efeito fotovoltaicoRecentemente, a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) instalou na entrada principal da entidade um poste de iluminação pública que funciona com energia solar. O projeto foi elaborado pela instituição em parceria com alunos do departamento de engenharia de energia do Instituto Politécnico da Universidade Católica de Minas Gerais (IPUC/PUC Minas).

Segundo do Cetec, trata-se do primeiro passo de uma série de ações que visam torná-lo referência em tecnologias para a cadeia de energia solar. “Queremos estabelecer na fundação uma plataforma para apoiar pesquisas nessa área”, aposta José Roberto Branco, coordenador do Setor de Materiais Ópticos e Eletrônicos (SDO), unidade responsável pelo projeto.

As atividades do grupo começaram em agosto deste ano. A instalação de postes em áreas pouco iluminadas da fundação foi a primeira proposta para testar a aplicabilidade da tecnologia. O “poste solar” instalado no Cetec, explica Branco, é um exemplo de sistema fotovoltaico, constituído por células ou módulos que convertem a luz solar em energia elétrica, mas também por outros elementos, como bateria (acumulador de energia); inversores de frequência; controlador de carga (responsável pela durabilidade da bateria e controle de energia) e carga (lâmpadas).

Durante o dia, explica Branco, a energia solar incide sobre o módulo fotovoltaico presente no poste, que converte a radiação do sol em eletricidade. Esta, por sua vez, é armazenada na bateria do sistema por meio de um processo eletroquímico. No início da noite, quando surge a necessidade de iluminação, a energia acumulada na bateria é disponibilizada para as lâmpadas.

O poste tem a capacidade de manter a iluminação durante um período de seis horas, período que pode ser redimensionado, além de ter autonomia de dois dias sem incidência de raios solares. Ele possui duas lâmpadas fluorescentes compactas de 15W, acionadas automaticamente por um interruptor fotossensível, que identifica a presença de luminosidade. Essas lâmpadas, além de serem mais eficientes em relação às incandescentes são de alta durabilidade, com preços mais acessíveis.

Toda a estrutura do poste custou aproximadamente R$ 2 mil. Os recursos para a realização do projeto são provenientes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Segundo Branco, algumas empresas sinalizaram interesse em levar o potencial desse tipo de energia para o mercado. “As ações do Cetec nesta área estarão integradas com o governo de Minas Gerais, sob a liderança da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), que almeja desenvolver e promover o uso de energia renovável no Estado”.

O pesquisador ressalta que a energia solar possui uma série de aplicações potenciais, que vão desde a energização de brinquedos e eletroeletrônicos até o atendimento a pequenas comunidades isoladas ou distantes da rede elétrica. A tecnologia também atende usinas geradoras de energia fotovoltaica, com dezenas de mega-watts de potência.

Mas, cada uma dessas aplicações, dispostas em regiões diversas em termos climáticos, explica, impõe condições de uso distintas. “Nesse projeto iniciamos o estudo de relações entre variáveis dos sistemas fotovoltaicos. A abordagem verticalizada que existe na fundação, por meio do exame de materiais, dispositivos e processos em toda a cadeia de valores da energia solar fotovoltaica é única no Brasil”, informa.

As vantagens econômicas do uso da energia solar vão depender de alguns fatores como distância da rede elétrica, confiabilidade e portabilidade necessárias. Para o pesquisador, em breve a certificação verde será fator de competitividade entre as organizações e de preferência dos consumidores. “O custo benefício de um poste de energia solar pode ser bem mais baixo do que um comum. A mesma linha de raciocínio vale para outras aplicações”.

Entre outros projetos de energia solar desenvolvidos no Cetec, destaque para a implantação de sistemas de carregamento de baterias variadas na instituição, com disponibilização de pontos de recarga de acumuladores de energia gratuita. O grupo também estuda o uso de módulos fotovoltaicos em processos de bombeamento de água e irrigação para comunidades carentes e tratamento de efluentes.

Potencial brasileiro

A tecnologia fotovoltaica está em uso em diversos países, como a Alemanha, por exemplo, onde foram realizadas várias ações de mobilização da sociedade e do setor acadêmico, com grande investimento em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de políticas públicas de incentivo. O setor industrial alemão visualizou a oportunidade de negócio e investiu massivamente para produzir em grande escala matérias-primas, células, módulos fotovoltaicos e equipamentos eletroeletrônicos.

O Brasil, afirma Branco, possui todos os meios para criar e desenvolver um mercado fotovoltaico. Além do potencial de energia solar disponível e comprovado em todo território nacional, há grande conhecimento de toda a cadeia de produção pertinente. Todo esse conhecimento está localizado em instituições de pesquisas e universidades. “Sendo o Brasil um dos dez países que mais consomem energia no mundo, só ele e a Rússia ainda tem um uso inexpressivo de energia solar fotovoltaica”, ressalta.

Cristiane Rosa
Especial para a revista Responsabilidade Social.com

 

6 de out. de 2011

GHG PROTOCOL LANÇA NOVOS PADRÕES PARA CARBONO

Considerando a necessidade de se conhecer as emissões de gases do efeito estufa de toda a cadeia de valor de uma empresa, líderes empresariais se reuniram nesta terça-feira (4) para a apresentação de novos padrões GHG Protocol

 

Em um mundo cada vez mais globalizado, onde até mesmo ínfimas partes de produtos e processos podem viajar milhares de quilômetros desde a sua fabricação até deposição, o conhecimento de todo este ciclo é vital para a saúde ambiental, social e financeira das empresas.

Na terça-feira (4), líderes empresariais do mundo todo se reuniram para a apresentação dos novos padrões GHG Protocol (GHGP), que estabelecem a primeira abordagem internacionalmente harmonizada para a mensuração e relato de inventários de gases do efeito estufa (GEEs) da cadeia de valor corporativa (Escopo 3) e ciclo de vida de produtos.

As empresas que aplicarem os padrões poderão mensurar e gerenciar todo o escopo de emissões, possibilitando melhorias de eficiência em suas cadeias de valor e o aperfeiçoamento de produtos.

“Os novos padrões foram uma resposta à demanda de nossos parceiros ao redor do mundo. Na Nova Zelândia, exportadores de laticínios estavam sendo pressionados a contabilizar as milhas (distância de viagem) dos produtos. Nos Estados Unidos, o Wall Street Journal enfatizou as dificuldades que uma empresa multinacional estava enfrentando em avançar em direção à neutralidade em carbono sem contabilizar os impactos da cadeira de fornecedores”, explicou Pankaj Bhatia, diretor do GHGP no World Resources Institute.

O ‘GHGP Corporate Value Chain’ (Escopo 3) revela oportunidades para as empresas tomarem decisões mais sustentáveis sobre suas atividades e sobre os produtos que compram e vendem, assumindo uma abrangência em nível corporativo.

O ‘Product Life Cycle Standard’ permite a mensuração das emissões de GEEs de um determinado produto, incluindo materiais, fabricação, uso e disposição.

Em conjunto com o GHG Protocol Corporate Standard, lançado em 2001, os três oferecem uma abordagem abrangente para a mensuração e gerenciamento das emissões da cadeia de valor, afirmam as entidades que criaram os padrões.

"Este conhecimento pode nos trazer economia tanto em termos de carbono como em custos, mas também é excitante pensar no que isto pode significar para o futuro na educação dos clientes e compras", comentou o vice-presidente e chefe de sustentabilidade da Alcoa, Kevin Anton.

As emissões do escopo 3 (cadeia de valor) são como um “tesouro” escondido do gerenciamento de GEEs, comentou a vice-presidente para Ciência e Pesquisas do World Resources Institute Janet Ranganathan, “é onde as surpresas e maiores oportunidades de redução geralmente são encontradas”.

A finalização dos padrões levou três anos e incluiu cerca de 2,5 mil parceiros ao redor do mundo. Os testes foram realizados por 60 empresas de 17 países.

Os próximos passos são o desenvolvimento de diretrizes específicas para cada setor e de programas de capacitação para apoiar o uso dos padrões. Além disso, Pankaj já enxerga as próximas áreas onde é necessário o estabelecimento de protocolos para a contabilização dos GEEs, como agricultura e produção de alimentos, cidades e políticas climáticas de países.

Pegada Ecológica

A reunião de informações sobre as emissões de GEEs, muito úteis para a correlação com outros fatores como o uso de energia, é apenas o começo de todo o inventário que uma empresa pode fazer para verificar o impacto que impõe sobre o meio ambiente.

Ao redor do mundo, outros padrões e iniciativas estão tentando lidar com este desafio, como o caso brasileiro da certificação Life, que visa orientar, qualificar e reconhecer organizações comprometidas com a realização de ações efetivas para a conservação da biodiversidade. Uma das ferramentas do Life é a mensuração do valor estimado de impacto à biodiversidade de cada organização.

Outra iniciativa, da ONG WWF, é a Pegada Ecológica, que nos mostra até que ponto a nossa forma de viver está de acordo com a capacidade do planeta de oferecer, renovar seus recursos naturais e absorver os resíduos que geramos por muitos e muitos anos.

GHG Protocol

Lançado em 2001, o GHG Protocol é um conjunto de padrões e diretrizes para a contabilização e relato das emissões de GEEs, desenvolvidos por atores de diversos setores liderados pelo World Resources Institute e World Business Council for Sustainable Development (cujo representante no Brasil é o CEBDS).

Segundo Janet , quase 85% das 2.487 empresas que participaram do Carbon Disclosure Project em 2010 usaram diretamente o GHGP ou o fizeram através da participação em algum programa de mudanças climáticas.

O padrão ISO 14.064-1, da Organização Internacional para Padronização, é consistente com o GHGP Corporate Standard, primeiro protocolo lançado.

“Em particular, duas características tornam o GHGP único e bem sucedido: o processo com múltiplos stakeholders e os testes rigorosos da minuta dos padrões”, enfatizou Janet.

O GHGP Corporate Standard classifica as emissões de uma empresa em três escopos. As emissões do Escopo 1 são as diretas, de fontes próprias e controláveis; do Escopo 2 são indiretas, da geração de energia comprada; do Escopo 3 são todas as emissões indiretas não incluídas no anterior, que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa.

A maioria das empresas grandes atualmente contabiliza e relata suas emissões dos escopos 1  e 2, porém as emissões ao longo da cadeia de valor geralmente representam os maiores impactos das empresas. Por exemplo, a empresa KraftFoods descobriu que as emissões da sua cadeia de valor compreendem mais de 90% do total.

 

Fonte: Fernanda B. Muller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/GHG

 

5 de out. de 2011

737 donos do mundo controlam 80% do valor das empresas mundiais

Um estudo publicado na Suíça revela que um pequeno grupo de sociedades financeiras ou grupos industriais domina a grande maioria do capital de dezenas de milhares de empresas no mundo.

 

Um estudo de economistas e estatísticos(1), publicado na Suíça neste verão, dá a conhecer as interligações entre as multinacionais mundiais. E revela que um pequeno grupo de atores econômicos – sociedades financeiras ou grupos industriais – domina a grande maioria do capital de dezenas de milhares de empresas no mundo.

 

O seu estudo, na fronteira da economia, da finança, das matemáticas e da estatística, é arrepiante. Três jovens investigadores do instituto federal de tecnologia de Zurique examinaram as interações financeiras entre multinacionais do mundo inteiro. O seu trabalho The network of global corporate control (A rede de controle global das transnacionais) examina um painel de 43 mil empresas transnacionais (transnacional corporations) selecionadas na lista da OCDE. Eles dão a conhecer as interligações financeiras complexas entre estas “entidades” econômicas: parte do capital detido, inclusive nas filiais ou nas holdings, participação cruzada, participação indireta no capital…

Resultado: 80% do valor do conjunto das 43 mil multinacionais estudadas é controlado por 737 “entidades”: bancos, companhias de seguros ou grandes grupos industriais. O monopólio da posse capital não fica por aí. “Por uma rede complexa de participações”, 147 multinacionais, controlando-se entre si, possuem 40% do valor econômico e financeiro de todas as multinacionais do mundo inteiro.

 

Uma super entidade de 50 grandes detentores de capitais

 

Por fim, neste grupo de 147 multinacionais, 50 grandes detentores de capital formam o que os autores chamam uma “superentidade”. Nela encontram-se principalmente bancos: o britânico Barclays encabeça, assim como as stars de Wall Street (JP Morgan, Merrill Lynch, Goldman Sachs, Morgan Stanley…). Mas também seguradoras e grupos bancários franceses: Axa, Natixis, Société Générale, o grupo Banque Populaire-Caisse d’Épargne ou BNP Paribas. Os principais clientes dos hedge funds e outras carteiras de investimentos geridos por estas instituições são, por conseguinte, mecanicamente, os donos do mundo.

 

Esta concentração levanta questões sérias. Para os autores, “uma rede financeira densamente ligada torna-se muito sensível ao risco sistêmico”. Alguns recuam perante esta “superentidade”, e é o mundo que treme, como o provou a crise do subprime. Por outro lado, os autores levantam o problema das graves consequências decorrentes de tal concentração. Que um punhado de fundos de investimento e de detentores de capital, situados no coração destas interligações, decidam, por via das assembleias gerais de acionistas ou pela sua presença nos conselhos de administração, impor reestruturações nas empresas que eles controlam… E os efeitos poderão ser devastadores. Por fim, que influência poderão exercer sobre os Estados e as políticas públicas se adotarem uma estratégia comum? A resposta encontra-se provavelmente nos atuais planos de austeridade.

O estudo em inglês pode ser visto aqui.

 

Nota

1 O italiano Stefano Battiston, que passou pelo laboratório de física estatística da École Normale Supérieure, o suíço James B. Glattfelder, especialista em redes complexas, e a economista italiana Stefania Vitali.

Tradução: Carlos Santos para esquerda.net.

Fontes: Publicado originalmente no Basta! e retirado do site da Revista Fórum.

 

3 de out. de 2011

PRIMEIRO PROGRAMA DE ATIVIDADES É REGISTRADO SOB O PADRÃO CARBONFIX PARA PROJETO PERUANO

Com 58 parcelas de terra e cerca de 2 mil agricultores envolvidos, o projeto Sierra Piura, nos Andes peruanos, conquistou a certificação da auditora independente do CarbonFix, a Rainforest Alliance.

Ao contrário de outros padrões para projetos florestais no mercado voluntário de carbono, sob o Carbon Fix, a certificação agrupada, também conhecida como Programa de Atividades (PoAs), funciona nos mesmos moldes que projetos tradicionais. De fato, um projeto certificado sob o CF sempre é um grupo de parcelas de terra.

“O uso do CF nos permite adicionar novas áreas ao longo do tempo quando com outros padrões, teríamos que registrar projetos completamente novos”, comentou o coordenador do projeto Sierra Piurra Edmond Muller.

“O CF é muito prático, especialmente em combinação com a plataforma virtual ‘Climate Projects’, que nos permite calcular o número de créditos para cada agricultor”.

Para 2012, mais três PoAs estão buscando o registro sob o CF.

Registrada na Alemanha, a CF é uma organização sem fins lucrativos que visa fomentar projetos florestais no âmbito das mudanças climáticas.

O padrão visa atingir um meio termo em relação aos padrões dominantes no mercado voluntário, Voluntary Carbon Standard (VCS) e Community Climate and Biodiversity Standard (CCB), levando em conta impactos sociais e ambientais dos projetos de carbono (ao contrário do VCS) e emitindo créditos de carbono (ao contrário do CCB).

Saiba mais sobre os padrões florestais no mercado de carbono. 

29/09/2011   -   Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: InstitutoCarbonoBrasil/CarbonFix

 

NOTICIAS MDL SUSTENTAVEL - Brasil terá seguro para créditos de carbono

Oportunidade verde (Revista AE)

 

Se algumas empresas trabalham para se adequar a nova realidade que se desenha no mundo dos negócios, outras já saem na frente porque estão nascendo com um novo olhar incorporado e aproveitando as novas oportunidades que se abrem com o engajamento de pessoas, governos e do setor privado. Leia mais

 

Bioenergia: impactos sobre o clima (Revista AE)

 

Expansão sustentável da produção de etanol exige avaliações precisas sobre as mudanças no uso do solo em áreas que passam a ser ocupadas por culturas voltadas à geração de bioenergia, avaliam especialistas. Leia mais

 

Brasil terá seguro para créditos de carbono (Valor Econômico)

Em parceria com a Munich Re, maior resseguradora do mundo, a Fator Seguradora está lançando um seguro para projetos de crédito de carbono e instrumentos de redução de gases de efeito estufa.

A apólice cobre a perda de receita caso o projeto não gere os créditos de carbono previstos e comercializados.

O Brasil é o terceiro país com o maior número de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento criado pelo Protocolo de Kyoto que traz a possibilidade de utilização de mecanismos de mercado para que os países desenvolvidos possam cumprir seus compromissos de

Cidades sustentáveis serão uma das principais discussões na Rio+20 (Jornal do Brasil)

 

O presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável da prefeitura do Rio de Janeiro, o economista Sergio Besserman, quer estimular a mobilização e participação da cidade, principalmente dos jovens, na Conferência das Nações Unidas sobre ...Leia mais...

 

 

EVENTOS

Mudanças Climáticas: na agenda da economia (Revista AE)

Synergia Editora lança na terça-feira, 4 de outubro, no Rio de Janeiro, livro que avalia o grau de influência das mudanças do clima na agenda de desenvolvimento do Brasil. Estudo é inspirado no Relatório Stern

Mudanças climáticas em questão (Ambiente&Energia)

 

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2011, que acontecerá de 17 a 23 de outubro, vai colocar em debate o tema "Mudanças climáticas, desatres naturais e prevenção de risco" para difundir conhecimentos sobre a questão. Leia mais

 

 

Seminário discute como créditos de carbono podem ajudar reserva Tembé (PA)

 

Créditos de carbono garantem preservação da floresta – Há dois anos, o Poema discute com os indígenas mecanismos de promoção do desenvolvimento local a partir da redução da degradação ou a partir da preservação da floresta.  Leia mais

 

 

MIT APRESENTA PROTÓTIPO DE CASA DE US$ 6.000

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) apresentou, em meados de setembro, um protótipo de uma casa que pode ser construída a um custo de US$ 6.000 (cerca de R$ 10.000). Apelidado de “Pinwheel House” (Casa Cata-Vento), o projeto ainda está acima da meta do instituto, que é criar uma casa de US$ 1.000 (R$ 1.800). Desenvolvida por Ying chee Chui, pós-graduada pelo Departamento de Arquitetura do MIT, a Casa Cata-Vento tem uma estrutura modular, com aposentos retangulares cercando um pátio interno. O objetivo do desafio da “Casa 1K” é criar habitações de baixo custo para áreas de desastres naturais. Feita de paredes ocas de tijolo com barras de ferro para reforço e vigas de baixas de madeira, espera-se que seja capaz de resistir a terremotos de magnitude 8,0.

 

A inspiração do projeto foi outro desafio lançado previamente pelo MIT, da criação de um laptop de US$ 100. A casa projetada por Chui foi uma de 13 criadas no workshop original do programa, realizado em 2009. O protótipo ficou mais caro que o previsto no projeto original de 2009 – que estava orçado em US$ 4.000 – por conta da área, de 74,3 metros quadrados. O plano inicial era de uma casa de 46,4 metros quadrados. A arquiteta diz que a construção de um grande número de Casas Cata-Vento simultaneamente poderia reduzir bastante o custo unitário.

 

Em nota distribuída pelo MIT, Chui destaca o caráter modular de seu projeto. “O módulo pode ser duplicado e girado, e então temos uma casa”, disse. “A construção é fácil, porque sabendo fazer um só módulo, sabe-se fazer toda a casa”.

 

O professor de design arquitetônico do MIT Yung Ho Chang disse que o protótipo ficou à altura do projeto, “com boa iluminação e ventilação”. Chang destaca a utilidade do conceito para áreas atingidas por catástrofes, em situações como logo após um terremoto ou um tusnami.

 

Ele diz que o período imediatamente posterior a um grande desastre costuma ser marcado por grandes desperdícios, enquanto as autoridades buscam a melhor forma de acolher os desabrigados. Casa simples e baratas construídas segundo um gabarito pré-existente poderiam permitir uma reconstrução mais rápida e barata, acredita. O desafio de chegar a uma casa de US$ 1.000 continua em aberto, no entanto.

(Fonte: Redação TN)